থ►Capítulo 31◄থ

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Por favor, me leia...

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- Foi um acidente, Sabina!

- Ah, claro. Poxa, sem querer minha boca esbarrou na sua, mil desculpas! - ironizou - Por Deus, Any! Um acidente é quando você esbarra em alguma pessoa, não quando sua boca esbarra na da pessoa.

- Mas foi na trave! Se fosse outro caso, seria um beijo válido, não?

- Any, meu amor do meu coração - ela sentou na cama e juntou os dedos das duas mãos - entenda! Você é a psicóloga dele, vocês estão em um Hospício, com dois seguranças na cola de vocês, é claro que ele não te daria o maior beijão devido a toda essas circunstâncias, ele não é louco - ela parou pra pensar - quer dizer... Ele pode até ser, mas...

- Sabina, não tem como isso ser possível! - neguei com a cabeça - nossa relação é totalmente diferente, as vezes eu até vejo ele como um filho, sabe? - e foi aí que ela riu da minha cara - Do que está rindo?

- Aí, Any, pára, né? - fez uma careta - filho?

- Por que não?

- Era pra eu ter gravado aquela noite, no Baile, vocês dançando juntos, o jeito que ele te olhava, o jeito como você o olhava! Tá tão na cara, não faz a múmia, Gabrielly.

- Amiga, é sério! Isso não tem o mínimo cabimento - falei com calma.

- Sabe o que eu acho?

- O quê?

- Que você propria tá tentando se convencer disso, você tá dando as costas para o óbvio e fantasiando, você não quer acreditar na possibilidade dele nutrir algum sentimento por você, ou até mesmo você.

- Como pode ter tanta certeza disso?

- Preciso esfregar meu diploma na sua cara? - jogou o travesseiro de leve em mim - eu também sou psicóloga, e pelo que estou analisando, é exatamente isso! - fiz biquinho.

- Você não entende... - murmurei baixo, abraçando o travesseiro.

Era noite, e eu estava no apartamento da Sabina.

- O que eu não entendo, amiga? - se sentou mais perto de mim - me conta.

- Por que ele faria questão de demonstrar tal sentimento por mim? - a olhei com calma.

- Porque é isso que as pessoas fazem quando gostam de alguém? Ou pelo menos 70%.

- Mas a questão Sabina, é que na situação do Josh, há um grande abismo.

- Como assim?

- Ele se nega a querer sair de lá, ele se nega a querer ser feliz de verdade, a ter uma vida de verdade, por que ele se permitiria a sentir algo por mim? - ela abaixou o olhar, piscando algumas vezes, percebendo talvez que o que eu dissera fazia sentindo - entendeu? Pra mim não tem sentindo!

- Na verdade tem muito sentido, Any - disse levantando seu olhar para mim e eu franzi o cenho - por um momento você parou para a pensar, que talvez esse sentimento pode ser a salvação dele? A esperança? Talvez ele enfim tenha achado algo do qual poderia se agarrar de verdade, talvez...

- Não, Sabina - neguei imediatamente - tudo isso não passa de especulações, não tem sentido algum. Acho que de fato aquele acontecimento não teve significado nenhum.

Eu ainda podia sentir o toque leve de seus lábios no canto de minha boca, a sua feição quando se afastou, o jeito como inclinou a cabeça e se despediu... Isso... Não, não pode ser!

Grandes Doses De Loucura(𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮í𝐝𝐨 ✓)Onde histórias criam vida. Descubra agora