থ►Capítulo 4◄থ

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Me deixar louca é o seu propósito?
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Terça, quarta, quinta, sexta, sábado.

Não, não estou simplesmente contando alguns dias da semana, acredite, queria eu!

Assim, quando eu era pequena eu tinha mania de conversa sozinha ou até com as paredes mesmo, mas é muito bizarro você tá falando sozinha com alguém a sua frente, dá a entender que a louca ali é eu!
Mas é, é isso aí, no total foram 5 dias já, 5 dias eu tentando me comunicar com ele, mas a única coisa que recebo é silêncio. Juro, eu tenho sido paciente todos esses dias, eu tenho sido gentil, e olha, isso eu sou de sobra! Mas nada muda. Porém, ontem eu tenho certeza que ele sorriu.

flashback(on)

- Bom, o silêncio às vezes é bem satisfatório, não nego, nos trás paz e hum, as vezes precisamos dele para pensar, refletir e...

Ok, que merda eu tô falando?

- Bom, mas o silêncio em excesso pode ser um pouco problemático - dou um sorriso forçado.

Engraçado que ele não muda nem um pouco a expressão, me encara como se eu fosse uma parede(no caso uma parede falante) fiquei o encarando, só que desviei o olhar pois meu celular começou a tocar, o tirei da bolsa, vendo o seguinte nome na tela:

Guilherme

Parece que eu não tenho sossego nessa vida. Desliguei o celular com raiva e pus novamente na bolsa. Voltei a olha-lo, ele tinha um olhar um tanto intimidador...

O que será que ele tá pensando? Deve tá me achando uma idiota, com certeza!

- Josh -  falei com calma, suspirando - Por favor, por que você não coopera um pouquinho? Seria bom para ambas partes. - gesticulei com as mãos - e então? - dei um sorrisinho.

NADA!

- Argh! - resmunguei frustrada esfregando de leve minhas mãos em meu rosto - você está me deixando louca! - soltei sem pensar.

Quando levantei olhar para ele, vi em uma velocidade recorde o canto da sua boca se enrugar, formando um pequeno sorriso, mas que logo foi barrado.

Não foi alucinação... Ele sorriu mesmo!

- Qual é o seu jogo? - estreitei os olhos para ele que voltou a me olhar sério, logo o alarme soou pela sala e o vieram o buscar.

Flashback (off)

Essa situação está quase me fazendo surtar, porque não é uma besteira que está em jogo, e sim o meu futuro! Isso, o meu futuro, eu preciso disso, eu estou buscando isso! E poxa.... Colaboração é o mínimo que peço.

♖̸̸ོ۪࣪࣪͜ 16:35 da tarde de domingo♖̸̸ོ۪࣪࣪͜

Hoje é o dia da minha folga, por isso estou em um parque que não fica muito distante da minha casa, é um lugar bem bonito e sossegado, estou sentada em um dos bancos espalhados pela grama do lugar, sozinha, apenas sentindo a brisa leve do fim da tarde bater em meu rosto.

Decidi sair um pouco para espairecer. Eu estava precisando...

Normalmente eu saía com o Guilherme... Foram 2 anos de namoro, de certo foi o meu relacionamento mais duradouro, mas que também me custou bastante estresse. Bom, não vou deixar o Guilherme estraga meu momento.

SOME!

[...]

- Oi, desculpa incomodar - aparece uma garota do meu lado de repente - será que você poderia tirar umas fotos da gente? - pergunta ela, assim reparo um garoto ao seu lado.

- Ah, claro - sorrio gentil.

- Ah, muito obrigada! - diz ela contente e me entrega uma câmera fotográfica.

Eles se distanciam um pouco, e logo em seguida fazem uma pose bem casalzinho.

Me levantei do banco para tirar a foto de um ângulo melhor. A primeira foto foi tirada e eles mudaram a pose, o garoto a abraçou por trás, apoiando seu queixo na cabeça dela, achei bem fofo e tirei mais uma. Logo as próximas foram mais espontâneas, eles brincavam um com outro, o que me fez sorrir por trás da câmera. Era um casal bonito de se ver.

Diria que ganhei meu dia apenas por participar de um pequeno momento de felicidade de dois desconhecidos.

Passado um tempo.

Andava calmante pela rua, decidi ir andando para a casa, me parecia bom aproveitar o caminho. Me olhava no reflexo dos  espelhos dos carros estacionados. É, era Any Gabrielly ali, mas parecia que me faltava algo... Não sei se vocês já sentiram essa sensação, de algo incompleto, uma falta, um vazio talvez...

Assim que já estava quase em casa, avistei o Guilherme parado em frente a minha porta.

Ah, não! O desgraçado está me esperando? Ninguém merece...

Me escondi rápido atrás da casa vizinha, só que aí o seu cachorro que estava do lado de fora de casa começou a Latir com a minha presença.

- Xiii cachorrinho - falei baixinho para ele, mas só serviu para atiçar mais o cachorro - Cala boca, cachorro dos infernos!!! - disse irritada.

Esse cachorro vai acabar me entregando. Nunca gostei dele mesmo, ano passado ele mastigou meu tênis que eu havia deixado do lado de fora, a dona do próprio teve a coragem de dizer "Ah, sabe como são crianças"..... Minha senhora, isso aqui é um cão dos infernos(literalmente) e não uma criança, faça me o favor.

Dei uma olhada para trás, vendo o seu varal de roupas,  pude ver também um par de tênis secando.

É aquele ditado, né?

A vingança tarda, mas não falha.

Peguei um dos tênis da corda e balançei na frente do cão.

- Olha capetinha lindo - continuo balançando o tênis em sua frente, a esse momento ele havia parado de latir - lanchinho, olha - estendi o tênis pra cima e ele seguiu meu movimento com os olhos - Vai lá!! - rumei o mais distante possível e o cão saiu disparado atrás.

Suspirei aliviada. Praticamente fiz o túmulo do cachorro, com certeza ele vai fazer estralhaço daquele tênis, e hum, sua dona é surtada.

Olhei discretamente para a minha casa e o desgraçado ainda continuava ali parado, revirei os olhos de nervoso.

- Vou ter que pula a janela do meu quarto - murmurei para mim mesma.

Dei meia volta na casa sem ser vista pelo o Guilherme. Não, eu não deixo minha janela aberta, mas um tempo atrás quando fiquei presa do lado de fora, descobri um meio de abri-la por fora, pois é, já posso assaltar um banco.

Abri a janela, mas assim que pulei para dentro, meu pé se embolou no fio do carregador do meu notebook que estava na tomada da parede, perto da janela.

Resultado: Eu, carregador e notebook tudo ao chão!

Mas estou viva, e felizmente meu notebook também. Pus ele encima da cama e voltei a fechar a janela junto com a cortina. A casa está toda escura, pois minha mãe não está em casa, então não vou ligar nenhuma luz.

Que coisa feia Gabrielly, fugindo do ex...

Mas não é isso que as princesas fazem quando vêem um dragão?

Grandes Doses De Loucura(𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮í𝐝𝐨 ✓)Onde histórias criam vida. Descubra agora