Grandes Doses De Loucura(𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮í𝐝𝐨 ✓)

থ►Capítulo 9◄থ

Tudo muda a partir de uma atitude
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- Não sei no que isso poderia ajudar - digo olhando para os dedos das minhas mãos.

- Isso pode ser libertador - acabei achando engraçado.

- Então a loucura liberta? - o olho com cautela.

- Descubra você mesma - diz dando de ombros, observando uma borboleta que voava sobre as flores.

- Josh - o chamo, o fazendo se virar para mim.

- Sim?

- É... Nada, não era nada.

- Tá - se mostra indiferente e vira o rosto.

- Você se machucou? - pergunto olhando a lesão em seu rosto.

- O quê? - se vira em minha direção.

- Você tá com um machucado no rosto - me aproximo dele com cautela e levo uma de minhas mãos até o local da lesão - bem aqui - toco com cuidado e ele fecha os olhos por uns segundos.

- Não foi nada - abriu os olhos, afastando o rosto da minha mão.

- Ah - passo a mão em meu cabelo - me parece que você não está muito afim de conversar hoje, quer que eu te libere? - pergunto.

- Não! - ele responde imediatamente, me deixando surpresa - quer dizer, isso pode te prejudicar, eu acho.

- Nada está acima do seu bem estar, Josh - falo com sinceridade e ele olha em meus olhos de um jeito diferente.

- É a primeira vez que ouço isso.

- Posso te fazer uma pergunta?

- Acho que seria justo.

- Há quanto tempo você está aqui? - a curiosidade falou mais alto.

- 5 anos - diz e arregalo os olhos surpresa e incrédula.

- 5 anos? - ele assenti com a cabeça - é tempo demais!

- Não diria isso - da de ombros - as vezes é como se o tempo não existisse aqui - diz pensativo.

- E nesses 5 anos, você já...

- Não, não saí - responde minha pergunta - nunca mais pisei lá fora.

Meu Deus.

- Você não sente saudades de estar lá fora?

- Sentir... - diz ele baixinho - eu não sei mais o que é isso, eu não sinto mais nada também. - falou como se fosse algo que não soubesse.

- Nada? - pergunto com um tom um pouco preocupado.

- Nada - confirma.

Olhando de um ângulo, até parece que o Josh está bem, mas vendo agora com calma, percebo que ele vive em uma constante guerra oculta, uma guerra que só está visível a ele.
Acho que no fundo todos nós enfrentamos guerras diariamente dentro de nós.

Mas a questão, é, qual é a dele?

- E isso? - levo minha mão esquerda até a sua mão direita, que estava repousada em seu colo ao lado da outra - você sente? - cubro sua mão com a minha, podendo ver o quão quente é sua pele.

O Josh por sua vez não tirava os olhos das nossas mãos juntas - você sente o toque humano? - comecei a fazer um leve carinho em sua mão, queria passar um pouco de conforto a ele, mostrando que poderia confiar e se apoiar em mim.