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RICHARD

Mas que porra havia acabado de acontecer? O fato de Amy e eu estarmos afastados não é passe livre para o Chris comer ela não.

Ele sempre viu ela de uma segunda forma, mas nunca pensei que fosse chegar a esse ponto.

Ve-la ali, quase nua no mesmo quarto que ele doeu, todos os sentimentos que já tive pela mesma voltaram a cabeça.

Quando ela saiu do quarto, hesitei em segui-la, iria me resolver com o Veléz., saquei a arma do casaco e mostrei ao mesmo.

-Você tava aqui com um propósito que eu sei. - Falei. - Seus amigos me contaram que veio aqui para achar Amy e leva-la de volta pra mim. Mas como é que eu posso confiar em uma pessoa de tão mal caráter como você, hein Chris?

Eu vi nessa hora que Erick se desculpava com o amigo por ter me dito a verdade. Assim que Chris saiu eu sabia que não ia ver seu irmão, afinal, eu sabia que o mesmo estava no Equador desde o mês passado, e não na França.

-Olha aqui, eu não tenho muito o que explicar. Eu tava quase comendo ela e foda-se, você não deu conta mesmo. - Ele falou totalmente perdendo a noção.

Todos meus nervos chegaram o ápice e acabei me descontrolando e apertando o gatilho da arma que estava em minha mão.

Eu havia me desfeito da promessa que fiz a mim mesmo há anos atrás. Nunca atirar em um amigo, mas naquele momento, Chris se demonstrou qualquer coisa, menos um amigo. Seu abdômen sangrava e ele estava nos braços de Zabdiel e Erick.

Eu não tinha tempo para pensar no acontecido, estava tomado pela raiva.

-Joel! Vem comigo! - Disse ainda bravo. - E vocês dois cuidem desse filha da puta!

Eu e Joel, que ainda estava com uma cara assustada, descíamos as escadas do hotel, para onde eu esperava que Amy estivesse, pelo menos era aonde meus instintos me mandavam seguir.

A avistamos sair pela porta da recepção indo atravessar a rua, eu queria segui-la o mais rápido o possível para não perde-la de vista, mas Joel me segurou.

-Espera! - Ele falou apontando. - Olha lá!

Um carro havia abortado Amy na calçada...mas não era um carro comum...ERA UM SEQUESTRO.

-Joel! VAMOS! - Quase gritei. Estávamos correndo em direção ao estacionamento com os números da placa do carro, agora visto, em mente.

Joel pegou o volante, e por um segundo me havia esquecido do pequeno acidente com Chris. Liguei para Zabdiel, expliquei a situação e mandei cuidarem do ferido. Eu ainda estava puto com ele, mas sua morte me causaria muitos prejuízos.

O carro estava em alta velocidade nas ruas apertadas de Oslo, logo avistamos o suposto veículo que Amy estaria e diminuimos a velocidade.

Em meio do trânsito o-seguíamos, porém mesmo que ele parasse não havia um jeito de intercepta-lo pois éramos apenas dois.

O motorista percebeu que alguém estava seguindo o carro e eu percebi seus próximos passos. Ele iria fazer uma curva muito arriscada. Era agora ou nunca.

Abri o porta-luvas e retirei um pequeno dispositivo do mesmo, peguei meu revolver e grudei o mesmo na bala que seria atirada. Minha chance.

Olhei para Joel que captou minha mensagem no primeiro momento, o motorista realizou a curva, e esse seria o momento onde estaria mais vulnerável, porém se algo desse errado a vida de Amy estaria em risco.

Joel o seguiu realizando a mesma curva que nos fez escutar a borracha do pneu queimando no asfalto fazendo um barulho horrível, mas em meio disso, meti minha cabeça para fora do vidro e com minha única chance, atirei no carro.

FALLING - RICHARD CAMACHOOnde histórias criam vida. Descubra agora