S1E15

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RICHARD

Porra Amy, tu quer me causar dor de cabeça né.

Aquela desgraça tentou fugir. O que eu normalmente faria, seria dar um tiro direto na cabeça, mas por algum motivo, eu não tive essa coragem. Havia algo nela que mexia comigo.

Desci as escadas e fui até a sala, onde estavam todos com Amy enquanto ela gemia de dor deitada no chão.

-Essa filha da puta me nocauteou e fugiu.- falou Chris.

-Eu só não acredito como vocês três dementes caíram no papinho de banheiro dela.- falei.

-Perdão, Chefe. Não vai mais acontecer.-respondeu Joel.

-Levem ela pro meu quarto, eu mesmo vou consertar essa perna.- disse com um tom afrontoso.

Eu sempre soube como remover balas e cuidar de feridos, eu tinha um primo que não controlava a raiva e sempre machucava alguém, e no fim, eu tinha que limpar a bagunça.

Eles a deixaram lá e ela começou:

-Você é louco! Já devia ter me matado! Pra que isso?

-Você começou.-respondi calmamente.- Agora tira a calça pra eu arrumar isso.

-Pode deixar que eu me cuido.-ela respondeu dificultando.

-Cuida porra nenhuma! Eu que mando aqui escutou?! Você não sabe fazer isso porque você sempre é quem atira, então ou você deixa eu cuidar ou vou deixar morrer de dor sem comida nenhuma.- respondi perdendo a paciencia.

Ela cedeu e comecei a tratar da ferida, foi sem anestesia, mas ela era muito forte e aguentou até o fim mesmo morrendo de dor, aquela mulher era realmente preciosa, e por mais que eu sentisse raiva, eu também gostava dela.

Eu terminei de limpar o local e fiz o curativo, ela ainda não teria forças para andar, afinal a perna estava muito dolorida como de costume.

-Melhor você ficar aqui no quarto mesmo.-disse.

-Aham, mas aonde você vai dormir? Porque honestamente Richard, eu que vou dormir nessa cama. -ela respondeu dando uma risadinha que já mostrava que estava melhorzinha.

-Vamos dormir juntos, afinal, não seria a primeira vez.

A minha cabeça estava estranha, eu começava bravo com ela mas terminava um amor. Não entendia nada, aquela mulher mexia comigo de uma forma diferente, por mais que eu soubesse todo mal que ela havia me causado, eu sabia que ela se sentia da mesma forma, não sei como, mas sabia.

-Mesmo estando aqui juntos, isso não significa que eu me esqueci do que você aprontou. E como o Chris disse, não vai ficar tão barato.- eu falei.

-E já não ficou? Você fez um buraco na minha perna, Richard. Eu não vou andar por mais de uma semana.

-Então não poderá ser minha acompanhante sabádo a noite? Pois vai sim. Com dor ou sem dor você vai, então se prepare.

Ainda era meio-dia e seria a hora do almoço, mas eu não podia dar o que comer a Amy, já que ela quase fugiu. Talvez depois, mas agora não.

Eu saí do quarto, mas tranquei a porta.

AMY

Eu havia me acostumado ao fato de que não comeria, mas isso não era nada ao fato da minha perna estar tão dolorosa, ele cuidou de mim, e não foi atoa. Eu sentia que ele gostava de mim e isso no fundo era bom, porque eu também gostava dele.

Haviam se passado uns dez minutos que Richard saiu do quarto, enquanto isso eu só tentava achar uma posição confortável naquela cama, minha perna estava doendo tanto que nem uma pilha de travesseiros ajudaria, mas do nada, ouvi o barulho da tranca sendo aberta, mas não era Richard.

-Yashua?! O que você tá fazendo aqui?- perguntei vendo quem era.

-Eu? Eu vim te esclarecer algumas coisinhas.-ele disse andando em minha direção e sentando na cama ao meu lado.

-Tá bom, eu acho.

-Escuta aqui madame, não é porque você ganhou o coração do meu irmão que eu vou gostar de você.-ele disse pressionando a mão em minha perna, me fazendo sentir uma dor insuportável.- Hoje você quase nos entregou, e se eu ver isso de novo, eu te mato. Não estou nem aí para o que meu irmão vai pensar.

-Aaah. Por favor!- eu pedi que ele tirasse a mão de minha perna dolorida.

-Só quando você terminar de me escutar. - ele falou começando a ficar bravo, e eu com medo, pois estava fraca demais para fazer alguma coisa.- Desde que você chegou, mexeu com meu irmão, e agora ele tá doido por você, mas você sempre ferra com tudo.

Assim que ele ia começar a falar de novo, eu escutei a porta abrir e agora sim, era Richard.



FALLING - RICHARD CAMACHOOnde histórias criam vida. Descubra agora