S1E10

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AMY

Ele estava parado na porta observando eu e Chris.

-Os dois!

Nós o seguimos até seu escritório. Pareciamos duas crianças indo para a diretoria.

-Eu ouvi tudo. E sem mais nem menos. Chris, você tem que RESPEITAR A PORRA DA REBBECA! Ela tá no time agora você querendo ou não.

Chris só foi encolhendo e soltou um "unf" e saiu da sala. Eu fui o acompanhar porém Camacho disse para ficar.

-Eu nem sei se devo te pedir perdão pelo Chris, ele tá meio estressado esses últimos dias. Aguenta só mais um pouquinho.- ele falou dando uma leve risada.

-Tudo bem, mas posso te fazer algo? Trazer comida, não sei.- falei meio envergonhada.

-Na verdade eu te pedi para ficar porque hoje a noite eu darei uma festa aqui, para celebrar um troca que aconteceu e eu você será minha acompanhante.

-Alguma roupa chique ou coisas assim?- Falei bobinha pensando no sorrisinho dele quando me disse para acompanha-lo.

-Sim, e se você quiser, podemos passar novamente o dia na banheira, afinal você é minha "esposa" e temos que nos conhecer melhor.

-Não parece ruim.

Eu queria ser mimada de novo naquela banheira quente com champagne, e claro, eu gostava de passar tempo com ele, mas ainda estava com a investigação em mente.

Estava quase na hora do almoço.

-Eu vou lá buscar seu prato ou prefere descer e comer na sala de jantar mesmo? - perguntei cumprindo meu papel de assistente.

-Espere só um minuto. - ele disse e andou em direção a sua mesa, onde havia um botãozinho que se parecia com microfone. - O que você quer almoçar?

-E-eu? Não precisa se preocupar, eu me viro lá embaixo, minha prioridade nessa casa é você.

-Eu né? - ele soltou uma risadinha convencida- Então tá bom. Dois pratos de camarão. - ele falou no microfone.

Em minutos apareceu um dos mordomos segurando duas bandejas de camarão na porta do quarto. Eu fui atender e as trouxe para dentro.

-Onde quer que eu as-ponha?

-Deixe aqui na mesa central. Venha comer, para conversarmos.

Sentamos e começamos a comer, mas a comida de alguma forma acaba deixando a pessoa confortável e ela fala tudo, então soltei um:

-Lembra quando te perguntei sobre essa vida e porque está nela. Sua resposta não me convenceu, vamos diga a verdade.

-Aham, a verdade. Tudo bem, então. Eu só estou seguindo os passos da minha familia mesmo, nada demais.

-Aé? Então porque você é o irmão que está no topo. Se fosse isso mesmo, Yashua e seus outros irmãos estariam aqui também.

-Você é bem espertinha, não é mesmo? Vamos lá então, houve um teste na minha familia e eu acabei ganhando.

-Mas você não ficou meio mal pelos seus irmãos, não?-perguntei querendo ver aonde essa conversa levaria.

-Na verdade, não. Eu ganhei.

-Eu posso te fazer uma pergunta?

-Sim, mas não sei se posso responder.

-Quantas pessoas você já matou?

-Eu? Você não gostaria de saber...

Ele levantou da poltrona e tirou a blusa, mostrando aquele tanquinho dos sonhos.

-Tá olhando o que? Nunca viu uma gostosa, não?

Eu ri muito e ele também.

Ele já estava dentro daquela banheira e eu pensei comigo: "Por que não?".

E lá fiu eu, só de calcinha e sutiã, afinal não iria mostrar meu corpo para ele.

No fim, conversamos muito e eu percebi que ele não era aquele ser nojento que eu tinha ideia, ele era um doce. Eu não podia me apaixonar, tinha que focar na investigação.

Haviam passados 30 minutos e minha pele já estava começando a enrrugar, então resolvi sair.

Antes que eu colocasse minha mão para fora, justo quando inclinei meu corpo para sair, ele puxou meu braço e meu corpo para um beijo.

-Ri-Richard. É- é melhor não. Estou no trabalho. - eu disse com medo de me apaixonar

-Ninguém vai saber.

-Melhor não.- Eu saí da banheira e acabei deixando um clima tenso.

Burra Amy. Burra!

FALLING - RICHARD CAMACHOOnde histórias criam vida. Descubra agora