Maldito Noah

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Mini Maratona Qas 3/4

°Shivani Paliwal

— Desde quando conhecia a senhorita Nour? — Jorge pergunta após retornarmos da pausa.

Disse que o senhor Village teve um imprevisto e não poderá continuar conosco, então ele terminará essa fase.

Que ótimo, porque aquele outro homem me matava de medo com seu jeito simples de persuadir e vencer.

— Desde a quarta série — ajeito o óculos e ele assente, puxando um papel de sua pasta.

— Esse aqui é um laudo enviado pela sua antiga psicóloga da Virgínia — eu me espanto, eles já foram tão longe assim — Ela confirma que você não tem problemas mentais e que nem é descontrolada ou agressiva.

— Eu falei — reviro os olhos e minha advogada me olha feio.

— O que aconteceu com seu avô? — minhas mãos começam a tremer.

— Senhor Jorge essa não é a questão que está em discussão — a senhora Whilli interfere.

— Tudo bem — ele suspira — Onde estava na noite do crime?

— Em minha casa — começo a me lembrar de dias atrás — Estava montando minhas propostas para o corpo estudantil...

— E alguém pode provar isso? — ele me interrompe.

— Claro — olho em volta — Meus pais estavam comigo.

— Seus pais? Isso é meio suspeito — suspiro pesado.

E então me lembro que ainda falava com as meninas  nessa semana.

— Eu fiz uma ligação para uma de minhas amigas, Hina, ficamos conversando por horas e...

— Ligação gravada? — ele me interrompe novamente.

— Provavelmente o sistema de segurança gravou —  ele assente, um pouco incomodado.

Parece mesmo que queria me ter como culpada.

— Certo, como soube do acontecido? Que ela estava morta? E porque Sofya plotnikova a amiga mais próxima dela é tão agressiva quando se trata de você? — ele se levanta enquanto fala.

— Como descobri? Isso não é um segredo — dou de ombros — Quando cheguei ao colégio todos apontaram seus dedos em minha cara, confirmando que eu era uma assassina — jogo minha cabeça para trás — E Sofya não vai com minha cara, não me pergunte o porque — Me apresso antes que ele me interrompa novamente.

— E qual sua relação com o professor Bailey May?

— O que isso tem haver? — ajeito minha postura.

— Você não é a secretária assitente dele? — concordo com a cabeça — Soube que Nour também queria este cargo, mas ele te escolheu.

— Contraditório não? — ergo minha sobrancelha em um tom de deboche e ele me encara — Neste caso então, ela quem teria um ótimo motivo para querer se livrar de mim. 

Ele examina meu rosto, como se tivesse batido de cara com uma verdade nada boa.

Abro um sorrisinho de lado.

— Tem alguma coisa com seu instrutor?

Gargalho alto, impedindo minha advogada de cortar o inspetor.

— Não — nego com a cabeça — Mas Nour bem que queria.

O rosto do homem se transforma em um fio de pensamento sem fim.

Querido Amor Sombrio /:Shivley Onde histórias criam vida. Descubra agora