Interessante Shivani

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Bailey May

Eram quase sete da manhã e eu ainda estava em casa, lidar com o fuso horário é horrível, pior é se atrasar para o primeiro dia de trabalho, em uma cidade completamente nova e que você não conhece ninguém.

Correr pela neve escorregadia, não passar a camiseta, mal ter tempo para enfrentar uma fila de padaria e por fim roubar o café de alguém.

Esses foram os fatos que me levaram a fazer o que fiz e mesmo assim ainda consegui me atrasar.

Porém não sei se por uma brincadeira boba do destino ou uma armação, a mesma pessoa de quem roubei o café está agora na minha frente.

E ela é uma garota do colegial raivosa e sem paciência.

— Era tão importante? — pergunto a observando.

Ela bufa tão baixinho que quase não escuto.

— Sim, cara é o meu primeiro dia de aula do último ano e eu só precisava de um café pela manhã.

— Entendo e peço desculpas — normalmente não sou de pedir desculpas, mas sinto que se não me retratar esse ser humano vai me matar.

Shivani suspira e no fim sorri fraco, como eu pensei que faria.

— Tudo bem, mas por favor não faça mais isso — sua cabeça se inclina novamente a fazendo parecer inteligente.

Antes de chama-la até a sua sala o senhor Ardakani falou muito sobre ela e suas incansáveis notas boas.

Mas tudo o que conheci até agora foi uma garota zangada e com a ponta do nariz rosada.

— Que tal irmos até no laboratório? — ela sugere e eu assinto.

O lugar não parece muito grande, é discreto, uma simples escola de bairro.

O que realmente me ajuda.

Sigo a garota enquanto ela sai da biblioteca com sua mochila e um casaco pendurado, ela usa um gorro na cabeça.

Anda de um jeito tão dono de si que parece conhecer este lugar a sua vida toda, e talvez conheça.

— Então o senhor veio da Califórnia? — ela pergunta.

Pelo visto não consegue ficar calada por muito tempo.

— Exatamente.

— Está gostando daqui?

— Conheço pouco — puxo meu cabelo para trás — Ainda não tive tempo para aproveitar a cidade.

— Claro — ela sorri me olhando enquanto andamos lado a lado.

Tem facilidade para sorrir e é boa de contato visual, seu cabelo vai até o meio de suas costas e está pouco brilhoso, provavelmente pelo tempo gelado.

Mas seu perfume, ela cheira a essência de amora e seu cabelo parece ter um óleo de maçã ou algo parecido.

— Tem filhos? — ela pergunta novamente.

— Não senhorita Paliwal...

— Shivani — sou interrompido — Apenas Shivani — Sorri.

— Ainda sou muito novo, não acha? — pergunto.

— Pode ser — ela da de ombros observando a frente.

— Pretende se candidatar novamente?

— Ao corpo estudantil? — seus olhos estão confuso — Porque novamente?

Querido Amor Sombrio /:Shivley Onde histórias criam vida. Descubra agora