Acordo com a minha mãe a chamar-me. Abro os olhos lentamente, para me acostumar à quantidade de luz alojada no meu quarto, e depois pego no telemóvel para ver as horas. 11h. Sim, calculava que fosse tarde, uma vez que ontem chegámos tarde, muito tarde casa. Nem foi propriamente ontem, uma vez que chegámos às 5h30 da madrugada de hoje.
“Veste-te. Quero que me ajudes a preparar as coisas para o almoço.” – a minha mãe disse e eu assenti, começando a levantar-me.
Caminhei até à casa de banho do meu quarto e lavei a cara, retirando os restos da maquilhagem de ontem que ficaram no meu rosto. Coloco creme para hidratar e depois lavo os dentes. Quando a minha higiene matinal está feita, volto ao quarto, ainda de pijama e tiro alguma roupa leve e fresca do armário. Visto uns calções curtos desportivos, em tons de cinzento e com uma barrinha preta, um top branco com um círculo preenchido por flores no centro e com a palavra SMILE inscrita. Calço as minhas sapatilhas de corrida vermelhas da Nike e apanho o cabelo num rabo e cavalo. Quando estou pronta, abandono o meu quarto e desço para comer qualquer coisa e começar a ajudar a minha mãe.
“A que horas é que vocês combinaram com eles?” – a minha mãe pergunta-nos, a mim e à minha irmã, enquanto montamos as mesas no jardim.
“Às 12h30. Está bem?” – eu informo e ela assente.
Começamos a por nas mesas tudo o que já está pronto e não se estraga e começamos a preparar as outras coisas. Entretanto, a Madalena e a Nonô chegam com as respetivas mães e com mais comida.
Normalmente, costumamos fazer um almoço destes no inicio do verão e outro no final, antes do começo das aulas, mas como a minha mãe quer conhecer os rapazes, vamos fazer outro. É sempre super divertido, aproveitamos para estar todos juntos e é como se fossemos todos uma só família e não três famílias distintas.
Quando estava quase tudo pronto, eu e as raparigas sentámo-nos no jardim a conversar. Desde ontem que me andam a chatear sobre a conversa que tive com Louis, ontem, no quarto. Querem saber do que falámos e sobre o quão próximos, supostamente, estamos. Elas têm a mania de ver coisas onde elas não existem.
“Nós estivemos a desabafar sobre os nossos falhanços amorosos, okay? Eu falei sobre o Gonçalo e ele sobre a Eleanor. Nenhum de nós se sentia à vontade de falar sobre isso à frente de todos, então fomos falar sozinhos.” – eu contei-lhes – “Nós conseguimos conversar imenso um com o outro e ele disse-me que consegui algo que os rapazes raramente conseguem, que ele desabafasse comigo sobre os seus sentimentos. Mas foi só isso.”
“Hum-hum.” – elas responderam, rindo-se.
“Isso ainda vai dar coisa.” – a Nonô disse e eu dei-lhe uma cotovelada.
“Parem de fazer filmes, okay?” – eu pedi e elas riram, ao que eu apenas revirei os olhos.
A campainha soa e eu praticamente corro para lá, enquanto grito que vou abrir. Chego à porta e abro-a, encontrando os cinco rapazes mais bonitos de todo o mundo do outro lado da porta. Eu ainda acho que estes dias têm sido um sonho autêntico, mas eu não quero, de todo, acordar. Cumprimento-os e peço-os que me sigam até ao jardim, onde estávamos sentadas. Eles ficaram lá e eu fui avisar que eles já tinham chegado, por isso quando quisessem começar o almoço, podíamos. Voltei para junto deles e sentei-me no meu lugar, entre a Nonô e a Raquel. Pouco depois, a minha mãe apareceu junto a nós.
“Mãe, quero apresentar-te os rapazes.” – eu disse – “Mãe, é o Harry, o Liam, o Louis, o Niall e o Zayn. Rapazes, esta é a minha mãe, Sofia.”
“Olá, senhora Sofia.” – eles todos disseram, educadamente.
“Oh, por amor de Deus, rapazes não me chamem senhora, só me fazem sentir mais velha. Apenas Sofia.” – eles assentiram, sorrindo – “Venham, vamos começar agora a almoçar.”
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Dream | l.t. ☑
FanfictionNem sempre as coisas são como queremos. Nem sempre as coisas são como sonhamos. Na verdade, raramente as coisas são como queremos e sonhamos. E, às vezes, a vida resume-se só e apenas a isso: a um sonho, mesmo que ele nunca se tenha chegado a realiz...