A palavra proferida por Louis para mim antes de adormecer, ficou a ecoar na minha cabeça durante toda a noite. Nunca ninguém ma tinha dito de forma tão intensa e intima, ao mesmo tempo. Contudo, o choque não me deixou dizer nada. É como se tivesse sido a primeira vez que alguém me dizia algo assim e eu não fui capaz de reagir. Não é que eu não ame o Louis; pelo contrário, eu amo-o imenso, mas não fui capaz de processar que ele estava mesmo a dizer-me aquilo. Por esse mesmo motivo, hoje levantei-me mais cedo e pedi que nos trouxessem o pequeno-almoço ao quarto, para podermos conversar.
"Bom dia." - eu sussurro ao ouvido do Louis, quando já tenho o pequeno-almoço aqui. Os seus olhos abrem lentamente, revelando os diamantes azuis que as suas pálpebras escondiam.
"Bom dia." - ele murmura, num tom rouco de quem acabou de acordar. Os seus braços agarram a minha cintura e puxam-me para si, colando os nossos lábios num beijo lento e suave - "Não consigo imaginar uma melhor maneira de acordar."
"Trouxe-te o pequeno-almoço." - eu anunciei, puxando o tabuleiro para si e sentando-me ao seu lado.
"És uma tonta, não era preciso. Podíamos perfeitamente ir até à sala de refeições." - Louis diz, colocando o seu braço por cima dos meus ombros ao mesmo tempo que me puxa para mais perto de si.
"Era preciso porque eu preciso de falar contigo. De te dizer algo bastante importante." - eu falo, num tom mais sério desta vez, e encaro aqueles olhos azuis pelos quais me apaixonei.
"O que é que se passa? Estás a preocupar-me." - Louis diz, encarando-me também.
"Eu amo-te, Louis. E ontem fiquei a sentir-me muito mal por não to ter dito também, mas eu fiquei sem reação. Nunca ninguém me tinha dito nada tão simples, mas de forma tão intensa." - eu faço uma pausa - "Mas eu percebi que eu não tinha duvidas quanto ao que sentia. Eu amo-te mais do que alguma vez achei que seria capaz de amar alguém e..."
O meu discurso romântico e lamechas é interrompido no momento em que o Louis quebra o espaço entre nós e junta os nossos lábios de forma desesperada. As suas mãos descem até ao fundo das minhas costas, puxando-me mais para si de forma a que quase não haja espaço livre nenhum entre nós.
"Eu sei disso tudo, Carol." - ele diz, quando o beijo termina - "Eu já te conheço e eu sei que nem sempre falas abertamente dos teus sentimentos. Eu entendo isso, a sério que sim. Até há muito pouco tempo eu era assim. Na verdade, até ao dia em que te conheci. Eu não dizia o que sentia, mesmo quando namorava com a Eleanor. Ela era reservada também em relação a isso, por isso é que as coisas entre nós se tornaram monótonas. Mas contigo é diferente. Tu tornas-me numa pessoa cem vezes melhor e eu não tenho medo de dizer aquilo que sinto, porque eu não tenho dúvidas e eu di-lo-ia para o mundo, se pudesse."
"Eu sei disso, Louis, eu também já te conheço." - eu sorrio levemente. Um silêncio agradável instala-se entre nós quando começamos a tomar o pequeno-almoço por entre brincadeiras - "Quais são os planos da banda para hoje?"
"Temos uma entrevista ao inicio da tarde, depois o soundcheck e depois o concerto." - ele explica, enquanto despenteia o seu cabelo, agora um pouco mais comprido do que é normal - "E tu? O que é tens planeado com as raparigas?"
"Vamos às compras." - eu sorrio, animada - "Estamos a planear ir ao cinema também, mas como ainda não decidimos o que queremos ir ver essa ideia está pendente."
"Raparigas..." - ele revira os olhos, rindo, e eu dou-lhe um murro no ombro, murmurando o insulto que profiro mais vezes para este ser: idiota.
***
Vesti os meus calções pretos de cabedal, um top verde-água que prendi dentro dos mesmos e vesti o meu kimono beje com um padrão em tons de azul e salmão. As minhas Vans verde-água foram calçadas, bem como um colar com um pendente em forma de coração foi colocado no meu pescoço. Quando estava pronta, peguei na minha mala e sai do quarto de hotel, dirigindo-me à receção onde combinei encontrar-me com as raparigas. Apenas a Gemma e a Sophia lá estavam, pelo que me juntei a elas e nos fomos sentar nos sofás da entrada. Pouco depois, o resto das raparigas juntaram-se a nós e nós fomos para a carrinha, onde a Lou já estava à nossa espera.
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Dream | l.t. ☑
FanficNem sempre as coisas são como queremos. Nem sempre as coisas são como sonhamos. Na verdade, raramente as coisas são como queremos e sonhamos. E, às vezes, a vida resume-se só e apenas a isso: a um sonho, mesmo que ele nunca se tenha chegado a realiz...