Capítulo 30 - Viver Juntos?

240 18 4
                                    

Quando acordo, o corpo de Louis já não se encontra a abraçar o meu, como quando adormeci ontem à noite. Espreguiço-me e só depois me levanto da cama. Troco o meu pijama por umas jeans de ganga escura, uma camisa aos quadrados em tons de azul e branco e um casaco de malha cinzento, que me dá até um pouco mais abaixo das coxas. Prendo o meu cabelo num rabo de cavalo, coloco só algum corretor de olheiras e calço uns botins pretos com um bocadinho de salto. Depois de dar um jeito no quarto, desço para tomar o pequeno-almoço. Apenas Jay se encontra na cozinha, pelo que junto a ela.

"Bom dia." – eu cumprimento-a.

"Bom dia, minha querida." – ela sorri – "Como estás?"

"Bem, obrigada." – sirvo-me de café e tiro uma torrada – "Jay, peço imensa desculpa pela cena de ontem. Eu não sei o que me passou pela cabeça. Eu nem costumo ser uma pessoa ciumenta..."

"Querida, é perfeitamente compreensível. Também foi um erro nosso. Sabendo que vocês estavam aqui, devíamos ter tido o cuidado de vos avisar de que a traríamos connosco." – ela diz.

"Eu é que não tinha de me comportar como uma criança."

"E parares de pensar nisso?" – Jay diz-me – "Já está tudo bem, por isso esquece isto, sim?"

"Obrigada." – eu sorrio – "O Louis?"

"Foi dar uma volta pelo parque com as irmãs. Não deve tardar." – ela explica e eu ajudo-a a arrumar a louça do pequeno-almoço que sujei.

Pouco depois, a porta da rua abre-se e eu ouço a voz do meu namorado. Ele caminha com as irmãs até à sala e logo me cumprimenta, deixando um beijo carinhoso na minha testa. Senta-se ao meu lado no sofá e junta-se à minha conversa com a sua mãe.

"Carol?" – uma voz feminina capta a minha atenção e eu viro o olhar para encontrar Daisy e Phoebe – "Achas que podias vir a um sitio connosco?"

Eu assinto sorrindo e lanço um olhar a Louis. Não é normal as suas irmãs mais novas pedirem-me este tipo de coisas. Ele sorri-me e acena, como que a dizer-me para ir. Levanto-me do sofá e caminho com elas através do jardim. Elas indicam-me uma pequena casinha de madeira, ao fundo do terreno e pedem-me que vá até lá com elas. Entramos na pequena casinha e eu sento-me numa almofada, junto às gémeas.

"Nós queremos pedir-te desculpa." – Daisy diz – "Não temos tido a melhor atitude contigo."

"E o Louis já nos provou que gosta muito de ti." – Phoebe diz – "Nós fomos infantis ao não percebermos isso logo."

"Não faz mal, meninas. É completamente normal." – eu sorrio.

"Mas nós fizemos-te ficar triste, o mano contou-nos." – Daisy diz e eu baixo o olhar.

"Isso já passou, não importa mais." – sorrio-lhes e puxo ambas para um abraço – "Já está tudo bem."

(...)

"Tu falaste com as tuas irmãs sobre mim, não falaste?" – eu pergunto a Louis, quando subimos ao quarto depois de almoço.

"Sim. Resultou, não resultou?" – ele pergunta-me, pegando-me pela cintura e puxando-me consigo para a cama.

"Sim, mas não era preciso." – eu digo.

"Claro que era. Como bom irmão mais velho que sou, tenho o dever de lhes abrir os olhos." – Louis diz – "Além disso, eu quero que essas tuas inseguranças desapareçam e tinha de começar por algum lado."

"Obrigada." – eu sorrio e colo os nossos lábios – "És o melhor de mim."

Ele beija-me fortemente, abraçando o meu corpo bem perto do seu. E, mais uma vez, eu tive a certeza que eu não precisava de mais nada nem ninguém na minha vida para ser feliz. Eu tinha-o a ele, alguém que realmente me amava e se preocupava comigo. Do que é que eu precisava mais?

Dream | l.t. ☑Onde histórias criam vida. Descubra agora