Carol's P.O.V.
Depois de o Louis e a sua mãe conversarem um pouco, ele decide ir ter com o padrasto ao jardim e deixar-nos a ambas a sós, o que me deixa nervosa. Não é que não me esteja a dar bem com a mãe dele, muito pelo contrário. Ela está a ser super querida, simpática e atenciosa, mas o facto de ele nos deixar sozinhas quando acabámos de nos conhecer deixa-me com alguns receios de que algo possa correr mal.
"Tu e o meu filho parecem dar-se muito bem." – Jay diz, sorrindo.
"Sim." – eu respondo, sorrindo também mas sem saber o que mais dizer.
"Estou muito feliz por vocês." – ela retoma, sorrindo genuinamente – "Eu não achei que depois da Eleanor, o meu filho encontrasse outra pessoa ou embarcasse noutro relacionamento, mas agora que vos vejo juntos... É impossível não perceber a química que há entre vocês. É fácil de perceber que se amam."
"Fico feliz por ouvir isso." – eu respondo, fazendo uma pequena pausa antes de continuar – "Eu posso confessar-lhe que tinha um pouco de medo que pensasse que estou com o seu filho por causa da fama e do dinheiro ou para ocupar o lugar da Eleanor. Nenhuma das duas hipóteses corresponde à verdade, porque eu apaixonei-me pela verdadeira pessoa que o seu filho é e não pelo Louis Tomlinson que a media e as pessoas que não o conhecem vêem. E eu nunca esperei nem espero ocupar o lugar que a Eleanor tomou, porque eu entendo que aquilo que houve entre ela e o Louis tenha sido único e especial."
"Carolina... Tu ainda não te apercebeste disto, mas eu vou-te contar uma espécie de segredo." – Jay diz, aproximando-se de mim – "A relação do Louis e da Eleanor não era um mar de rosas e eu nunca os vi tão apaixonados como tu e o Louis estão. Eu não sei, mas vocês são muito especiais e eu creio que ele gosta muito mais de ti do que alguma vez gostou dela."
"Eu... Eu não sei o que dizer." – eu falo, gaguejando por estar completamente surpresa com a afirmação da Jay.
"Não digas nada, apenas confia no que te digo." – ela diz, sorrindo e eu sorrio-lhe de volta.
Acabo por ir ajudá-la a terminar o jantar, enquanto Ernie vai dormir para junto da irmã. Pouco depois, ouvimos a porta de casa bater e Jay anuncia que as filhas chegaram. Ela vai até lá, mas eu fico um pouco reticente.
Durante o caminho para cá, Louis falou-me que as irmãs dele poderiam aceitar menos bem o nosso relacionamento. Ele falou-me do quão próximas elas eram com Eleanor e isso está a deixar-me preocupada, neste momento. E se elas me odiarem? E se elas não me aceitarem? O que é suposto eu fazer? Como é suposto eu reagir?
"Babe?" – Louis chama-me, entrando na cozinha – "Anda conhecer as minhas irmãs."
Eu aceno afirmativamente, forçando um sorriso e caminho com ele até à sala. Pelo caminho, ele entrelaça as nossas mãos e faz um pouco de força, quase como se tivesse adivinhado que eu precisava de sentir que ele estava realmente comigo e que tudo iria correr bem. As irmãs de Louis estavam a contar à mãe como tinha sido o seu dia e eu e Louis ficámos apenas a ouvi-las. Todas elas eram realmente bonitas e pareciam bastante queridas.
"Meninas..." – Louis fala, captando a atenção delas – "Eu queria apresentar-vos a Carolina, a minha namorada."
Pelas expressões de surpresa nas caras delas eu consigo perceber que elas ainda não sabiam do meu relacionamento com o Louis. O meu coração aperta um pouco. Cada uma delas se dirige a mim para me cumprimentar. Lottie e Fizzy, as mais velhas, procuram conhecer-me e conversar um pouco comigo – Lottie até me conta que irá passar a acompanhar os rapazes nas tours, pois tirou um curso de maquilhagem e irá ajudar a Lou – mas as gémeas nem se quer me dirigem a palavra e, de certo modo, isso deixa-me triste. Durante o jantar, eu sinto que Jay me tenta integrar na família, mas não posso deixar de pensar na atitude das gémeas. Eu sei que elas são miúdas, mas aquilo que elas podem pensar de mim também me importa e neste momento está a preocupar-me.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Dream | l.t. ☑
FanfictionNem sempre as coisas são como queremos. Nem sempre as coisas são como sonhamos. Na verdade, raramente as coisas são como queremos e sonhamos. E, às vezes, a vida resume-se só e apenas a isso: a um sonho, mesmo que ele nunca se tenha chegado a realiz...