Dream | l.t. ☑

Capítulo 11 - Chegada a Toronto

Acordo com o despertador e levanto-me rapidamente. Só o pensamento da quantidade de coisas que tenho a fazer hoje me deixa a mil, mas eu gosto de adrenalina, especialmente nesta situação. Levanto-me da cama e caminho até à casa de banho, para tomar um duche rápido. Depois do duche, visto uns calções de ganga e uma t-shirt branca dos Ramones, que prendo dentro dos calções. Calço umas Vans vermelhas e depois prendo o cabelo com alguns ganchos. Esta é a roupa que já vou levar logo, para depois não andar a trocar de roupa e a por e tirar das malas. Regresso ao quarto e começo a organizar tudo para depois meter nas malas. Pouco antes de almoço já tenho tudo arranjado e tenho finalmente algum tempo de descanso.

From: Louis ♥

Estou a caminho de tua casa.

Respondo rapidamente à sua mensagem e encaminho-me para o andar inferior da minha casa. Aviso os meus pais de que ele está a chegar para falar com eles e saio de casa, ficando à espera dele no jardim. Pouco tempo depois, ele está a aproximar-se de mim. Cumprimenta-me com um beijo nos lábios e eu não consigo evitar sorrir. Isto ainda é tão estranho para mim, mas tão bom ao mesmo tempo.

“Estou mais nervoso do que quando fiz a audição para o The X-Factor.” – ele comenta, enquanto nos encaminhamos para o interior da minha casa, e eu gargalho – “Não te rias, não tem piada nenhuma.”

Balanço a cabeça, não contendo o riso, e pego na sua mão, entrando no interior da minha casa. Os meus pais estão na sala e eu aviso-os assim que chegamos. O meu pai pede para falar com o Louis no escritório e eu fico bastante preocupada. Não que eu ache que o meu pai lhe vai fazer mal, mas tenho medo que ele lhe possa dizer algo que o faça querer desistir de mim, de nós.

“Não te preocupes querida, o teu pai só quer falar com ele de homem para homem.” – a minha mãe descansa-me, fazendo-me festas nas costas.

“Espero que sim, mãe.” – eu suspiro.

Dez minutos depois – que me pareceram horas – eles abandonam o escritório. Louis parece-me um pouco desconfortável e eu logo o puxo para o jardim, para que ele me conte tudo o que se passou.

“Então?” – pergunto.

“Hum… Eu quase que me senti ameaçado pelo teu pai.” – ele diz e eu suspiro em frustração – “Mas eu percebo-o, ele só te quer proteger de mim.”

“Mas ele não tinha de te dizer nada, percebes? Eu já não sou uma bebé e ele ainda não percebeu isso.” – respondo.

“Não te preocupes, a sério. Ele só me disse para não te fazer mal porque se isso acontecesse, poderíamos vir a ter problemas.” – ele explica e eu grunho em frustração de novo.

“O meu pai é tão exagerado…” – suspirei – “Enfim, já devia estar habituada.”

“Posso fazer-te uma pergunta?” – ele diz e eu assinto – “Ele sabe do que se passou entre ti e o teu ex-namorado?”

“Ele sabe que eu e ele andávamos, mas eu não lhe contei porque é que acabámos. Ele ia armar confusão e, por muito que o Gonçalo mereça um valente excerto de porrada, eu preferi que o meu pai não se metesse no assunto.” – expliquei.

“Pronto, não penses nisso.” – ele abraçou-me e depositou um beijo na testa – “Bem, eu tenho de voltar ao hotel. Tenho de ir terminar de arrumar as minhas coisas e depois tenho de ir almoçar. Nós passamos aqui depois com o autocarro da tour para vos apanhar.”

“A Madalena e a Nonô sempre vão?” – pergunto antes de ele ir embora, ao que ele me responde com um aceno afirmativo. Deposita um suave beijo nos meus lábios e depois vai embora.