Capítulo 31 - Suposta Gravidez e Namoro Desfeito

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Falta um mês para o Natal e eu e as raparigas estamos agora a comprar as nossas passagens para Portugal. Louis virá passar o Natal e o seu dia de anos comigo – o que vai ser fantástico – mas irá uns dias depois de nós, pelo que terá de comprar a sua passagem em separado.

Tenho andado bastante preocupada, nos últimos dias. A verdade é que eu tenho-me sentido bastante esquisita e, além disso, estou com um estranho atraso na minha menstruação. Normalmente, eu sou uma pessoa bastante regular, nunca tive um atraso maior que um ou dois dias, mas desta vez estou com um atraso de duas semanas e começo a ficar assustada. Eu acho que eu e o Louis sempre tivemos cuidado, mas depois penso que nos podemos ter descuidado uma ou outra vez.

"Carolina, tu ouviste alguma coisa do que nós dissemos?" – Nonô chama-me à atenção.

"Hã? Desculpem, estava a pensar noutra coisa." – desculpo-me – "O que estavam a dizer?"

"Isso pode ficar para depois." – Madalena diz – "Agora conta-nos o que é que se passa nessa cabecinha. Tens andado estranha, sobretudo, hoje."

"É que..." – suspiro – "Eu estou com um atraso."

"Tu estás grávida?" – Nonô diz.

"Não... Quer dizer, eu acho que não. Mas não sei. Estou assustada." – confesso.

"Tu tens de fazer o teste, Carol." – a Madalena aconselha-me – "Já disseste ao Louis?"

"Não... Eu não queria dizer nada sem ter certezas." – suspiro – "Eu já comprei o teste, mas não tenho coragem de o fazer. Se eu realmente estiver grávida, os meus pais vão matar-me! Eu não posso ter um filho agora."

"Calma, Carol! Isto é só uma desconfiança. Pode ser falso alarme!" – a Nonô tenta acalmar-me – "Agora vais fazer o teste, ouviste? Nós estamos aqui contigo e vamos apoiar-te, qualquer que seja o resultado."

"Se eu estiver grávida, eu não vou ter este filho." – respondo.

"Carol!" – Madalena repreende-me – "Primeiro, não sabes se estás ou não grávida. Depois, nenhuma de nós te iria deixar cometer esse erro. Ninguém tem direito de tirar a vida a ninguém, por isso tu não vais fazer aborto nenhum, ouviste? Além disso, tu podes não estar grávida! Deixa-te dessas coisas e vai, mas é, fazer o teste."

Suspirei. Ela tinha toda a razão do mundo. Eu estava a ser irracional. Primeiro, eu tinha de fazer o teste e depois logo pensava no resto consoante o resultado. Não valia a pena estar a por a carroça à frente dos bois, como dizemos em Portugal.

Fui até ao quarto e tirei o teste de gravidez que tinha guardado na gaveta da mesa-de-cabeceira. Voltei a ir ter com as raparigas à sala e depois elas foram comigo até à casa de banho. Entrei, enquanto elas ficaram lá fora à espera que fizesse o teste. Voltei para fora e entreguei-o às raparigas. Fechei os olhos e encostei-me à parede. Os nervos estavam a deixar-me tonta.

"Relaxa." – a Nonô disse-me e eu olhei-a – "Não estás grávida."

Suspirei de alívio. Não faço ideia de que rumo iria tomar a minha vida se eu realmente estivesse grávida. Não imagino como poderia contar ao Louis ou, pior, aos meus pais. Eles iriam matar-me. Mas ainda bem que não estou grávida. Contudo, a partir de agora, vou sempre certificar-me de que eu e o Louis teremos cuidado.

"Mesmo que não estejas grávida, tu vais contar ao Louis, certo?" – a Madalena questiona-me e eu assinto.

"Ele merece saber." – eu respondo e ambas concordam.

Termino o que estava anteriormente a fazer, imprimindo os documentos que necessitava, e depois mando mensagem ao Louis a perguntar se nos podemos encontrar. A verdade é que, ultimamente, com as imensas coisas da faculdade que tenho para fazer, com o part-time na cafetaria e com o novo álbum dos rapazes, eu e o Louis mal temos tido tempo um para o outro. Ele responde-me rapidamente, dizendo que está agora a sair do estúdio e que irá passar aqui por casa.

Dream | l.t. ☑Onde histórias criam vida. Descubra agora