Dream | l.t. ☑

Capítulo 45 - Dia a dois

Quando acordo, já passam das dez da manhã e eu não podia estar mais satisfeita por ter dormido tanto. Ultimamente, mesmo estando de férias, tenho acordado cedo porque tenho sempre coisas para preparar para a faculdade, então não têm sido umas grandes férias. Contudo, decidi aproveitar estes dias em que o Louis cá vai estar para descansar e deixar a escola por um pouco. Eles devem ter chegado tarde, por isso não lhe vou dizer nada por agora, uma vez que deve estar a descansar em sua casa.

Levanto-me da cama e vou tomar um duche rápido. Visto uma roupa rápida, apenas para andar por casa e vou fazer alguma coisa para o pequeno-almoço. Opto por uma caneca de iogurte com cereais, que devoro enquanto fico no sofá a ver Keeping Up With Kardashians. A Madalena e a Nonô juntam-se a mim algum tempo depois. A campainha toca, interrompendo as nossas conversas sobre as cenas a que assistíamos.

"Eu vou abrir." – a Nonô avisa, sendo que é que mais perto da porta está.

Depois de alguns minutos à conversa à porta, sem que eu ou a Madalena percebêssemos com quem é que a Nonô estava a falar, ela regressa à sala com um bonito ramo de rosas vermelhas na mão.

"Hum, quem é que te mandou flores, menina Leonor?" – eu pergunto, gozando com a minha amiga.

"Escusas de estar aí com essas coisas todas, Carolina, que estas flores são para ti." – ela responde e eu olho-a, de sobrancelha franzida.

Quem me poderia ter mandado flores?

"Será que foi o Sam?" – a Madalena perguntou e eu apressei-me a bater três vezes na madeira.

"Credo, espero que não." – respondo, observando depois que as flores traziam um cartão – "Esperem, há aqui um cartão."

Para: Carolina

Olá, amor. Adivinhaste que era eu ou...? Bem, isso não importa. Achei que hoje podíamos ter um fantástico dia a dois, por isso vai arranjar-te e vem ter comigo à Stockwell Road, vou estar à tua espera junto à paragem de táxis. Beijo, Louis

Quando termino de ler o bilhete, eu tenho a certeza que estou a sorrir que nem uma tola, mas não consigo evitar. Ele fez isto tudo só para mim e diz que vamos ter um "dia fantástico a dois". Poderia eu pedir um namorado melhor?

"Que sorriso parvo é esse?" – Nonô pergunta e eu só consigo sorrir ainda mais.

"As flores são do Louis." – revelo.

"Então, pronto, esse sorriso está mais que explicado." – a Madalena diz, rindo-se com a Nonô.

"Vá, eu vou trocar de roupa que vou ter de ir sair. Portem-se bem, bebés." – mando um beijo no ar e ambas se riem, abanando a cabeça.

Vou ao armário e escolho uma roupa bonita, mas quente para vestir. Opto por umas jeans pretas e uma camisola de malha cinzenta, com um fecho de lado que torna a camisola assimétrica. Depois, calço uns botins cinzentos, com um bocadinho de salto e ligeiramente abertos. Coloco umas argolas de prata nas orelhas e escolho um casaco preto quentinho e uma mala da mesma cor para levar. Por fim, coloco alguma espuma no cabelo para lhe dar volume e faço uma maquilhagem simples nos olhos, que consiste numa sombra cinzenta escura, lápis na linha de água e bastante rímel. Quando estou pronta, envio uma mensagem a Louis a avisá-lo que vou sair de casa.

"Meninas, vou indo. Não sei a que horas volto, mas depois eu mando-vos mensagem a dizer qualquer coisa." – despeço-me das minhas amigas, abandonando depois o apartamento que partilhamos.

Decido então apanhar um táxi e dou-lhe o nome da rua, pedindo-lhe que me leve até lá. A viagem toma-nos cerca de meia hora e quando o táxi para e eu saio do mesmo, depois de pagar ao senhor, encontro logo o meu namorado, à minha espera. O mesmo sorriso parvo de à pouco salta de novo para o meu rosto e eu nem me esforço para o controlar.