Dream | l.t. ☑

Capítulo 8 - Encontros Desnecessários

Dou mais uma volta na cama, incapaz de voltar a adormecer. Tive um sonho completamente ridículo com o Louis e agora não consigo parar de pensar nele. Sonhei que ele me beijava e me pedia em namoro e… Ugh, coisas patéticas que só acontecem mesmo nos meus sonhos. Contudo, há pequenas coisas que não me saem da cabeça e me impedem de adormecer. A forma como ele me ajudou a andar de skate ontem e não deixou que eu desistisse e depois as nossas mãos juntas e o nosso abraço e… Eu estou tão confusa. Sinto-me a mil à hora e sem travões.

Eu sei que no fundo do meu coração, eu sempre tive um fraco por ele, muito maior do que qualquer outra fã, mas eu nunca dei importância porque eu nunca iria ter alguma oportunidade com ele e ele nunca iria saber que eu existia. Mas acontece que as circunstâncias mudaram e neste momento eu estou mais perto dele do que alguma vez imaginei ser possível. E eu sinto que os meus sentimentos estão a crescer, pois mais que eu os tente diminuir e esquecer. Eu não me quero apaixonar por ele, eu não o posso fazer, isso seria um erro. Estar apaixonado por uma estrela pop é horrível, porque é algo que eu sei que nunca vou ter. Apesar de sermos amigos, eu serei sempre só mais uma rapariga e não a tal. Eu não sou famosa ou rica, ele nunca poderá olhar para mim dessa forma.

Levanto-me da cama e calço os chinelos, saindo do quarto sem fazer barulho para não acordar a minha irmã que estava a dormir na cama ao lado da minha. Saio do quarto e desço as escadas, em direção à cozinho. Olho para o relógio de parede e reparo que marca as quatro da manhã, ainda é bastante cedo. Tiro alguma água da torneira para um copo e bebo-a. De seguida, vou à casa de banho e depois volto para o quarto, na esperança de conseguir finalmente dormir.

***

Acordo com a Raquel a abanar-me insistentemente. Sinto que adormeci há cinco minutos e só quero dormir mais e mais.

“O que é que foi?” – perguntei, com uma voz sonolenta, ainda sem abrir os olhos.

“Temos de nos despachar. Já te esqueceste que temos de ir buscar a Sophia ao aeroporto?” – gemo de frustração e levanto-me da cama rapidamente.

Corro até à casa de banho e lavo a cara, para despertar. Depois volto ao quarto e visto uma roupa rápida e prática, fazendo um rabo de cavalo de seguida e colocando alguma maquilhagem para disfarçar as olheiras e as manchas provocadas pelo sono e também pelo sol. Pego em tudo o que necessito, incluindo os meus óculos de sol, e saio do quarto, caminhando até à cozinha e roubando um iogurte do frigorifico. Olho as mensagens no meu telemóvel. Algumas são de amigos a perguntarem algumas coisas ou apenas para saber se está tudo bem, mas tenho também uma de Liam

From: Liam

Bom dia, Carol. :) Eu já vos descrevi à Sophia e vocês também sabem como ela é, por isso penso que será fácil de se encontrarem. Quando estiverem juntas, avisa-me. Vêm ter connosco ao hotel, certo? Liam xx

To: Liam

Bom dia, Liam. :) Sim, não te preocupes, tenho a certeza que nos iremos identificar logo. E eu mando-te mensagem assim que a encontrarmos. Quando sairmos do aeroporto, nós vamos passar por algum sitio para tomarmos o pequeno-almoço e depois vamos ter convosco ao hotel. Carol xx

Entro no carro com a Raquel e ela começa a conduzir para o aeroporto. Nós ficámos de a ir buscar por termos carro, enquanto que a Madalena e a Nonô vão ter diretamente com os rapazes ao hotel. O avião da Sophia aterra daqui a dez minutos e nós estamos a dez minutos de chegar ao aeroporto. É praticamente uma corrida contra o tempo, mas é nestes momentos que consigo sentir a adrenalina da vida, por mais banais que sejam.

Raquel estaciona finalmente e, depois de sairmos do carro, caminhamos em passo acelerado até ao interior do aeroporto, ao local das portas de desembarque. Olhámos para os grandes placards que indicavam as horas e os voos e dizia que o voo dela já tinha aterrado. Chegámo-nos mais para a frente, para vermos todas as pessoas que saiam e vermos se a reconhecíamos. Poucos minutos depois, o seu cabelo castanho brilhante e o seu sorriso bonito é identificado por nós e logo a chamamos. Ela sorri-nos e caminha na nossa direção.