O meu despertador acordou-me à hora pretendida e, para meu espanto, acordei bem disposta e não precisei de adiar o despertador montes de vezes para ser capaz de me levantar. Acordei as raparigas lentamente, pois sabia que se elas acordassem demasiado rápido iam andar o dia todo mal dispostas e hoje é um dia demasiado perfeito para isso acontecer.
Enquanto elas se ficam a levantar, eu vou fazer a minha higiene e arranjar-me. Visto uma saia preta justa e curta, bastante informal, uma t-shirt curta de padrão salmão e preto e calço umas sandálias rasas também de cor preta. Faço uma trança ao lado com o meu cabelo e, depois de colocar creme com proteção solar na cara, coloco uma maquilhagem muito básica, algo que uso no dia-a-dia: um pouco de lápis, rímel e batom da cor da pele. Quando estou pronta e as raparigas também, vamos tomar o check-out da pensão e saímos para irmos tomar o pequeno-almoço a uma pastelaria mesmo ao lado.
“Vou mandar uma mensagem ao Louis a dizer que estamos só a acabar de tomar o pequeno-almoço e que depois assim que quiserem podemos ir. Ah, e vou dizer-lhe que os esperamos ao pé do estádio. Pode ser?” – pergunto e todas assentem em concordância.
To: Louis ♥
Bom dia. Eu e as raparigas já estamos prontas, estamos só a terminar o pequeno-almoço. Quando quiserem partir para baixo, podemos ir. Nós iremos estar ao pé do estádio, mas caso não nos vejam, liga-me. Carol xx
Quando a mensagem dá sinal de enviada, arrumo o telemóvel na mochila e termino o pequeno-almoço. Apesar de estar um dia quente, ainda é cedo e o sol não queima tanto como ontem, por isso decidimos ir a pé até ao estádio para fazermos tempo, uma vez que Louis me respondeu dizendo que estavam um pouco atrasados.
“Enquanto eles não chegam, acho que podíamos ir dar uma volta no Dolce Vita.” – a Raquel comenta e todas concordamos, entrando no shopping, que se situa imediatamente ao lado do estádio.
Apesar de não termos comprado nada, entrámos em montes de lojas, até que Louis me dissesse que já estavam à nossa espera do lado de fora do estádio. Rapidamente, saímos do shopping e caminhámos até ao local onde o autocarro da banda estava estacionado.
Honestamente, eu ainda não acredito que vou entrar ali dentro, fazer uma viagem de três horas com os One Direction e, possivelmente, passar o resto do mês com eles. Isto é completamente insano. Nunca pensei que isto fosse acontecer, sobretudo, comigo, que sou uma pessoa de pouca sorte. E eu sempre tive o grande sonho de entrar neste autocarro. Saber como é por dentro, sentir que há tantas histórias engraçadas de que aquele sitio é testemunha.
Entrámos no autocarro pela porta traseira e pudemos ter uma boa visão geral do todo. Era bem mais espaçoso do que parecia visto do exterior. Do nosso lado esquerdo havia alguns sofás, uma televisão e, há nossa frente, havia uma espécie de minicozinha. Do nosso lado esquerdo, havia uma porta que dava para a casa de banho e depois havia um compartimento separado por uma cortina, onde ficavam camas onde eles pernoitavam sempre que era necessário.
“Bem-vindas ao nosso humilde autocarro.” – Zayn disse, sorrindo de um jeito realmente engraçado.
Os rapazes estavam todos sentados nos sofás, enquanto Louis e Liam faziam uma competição de PES 2014. Eu e as raparigas fomos sentar-nos com Niall, Zayn e Harry que estavam sentados no chão a cantar e a tocar guitarra. Eu e as raparigas sentámo-nos no sofá ao lado deles e ficámos a observar os cinco rapazes. Por alguns momentos, eu senti-me como se fosse parte da mobília, mas não no mau sentido. Era como se eu já pertencesse àquele lugar e não fosse uma estranha, o que na verdade sou.
“Yes!” – Louis gritou, fazendo com que todos desviássemos o olhar para ele e Liam. Liam estava com a cabeça enterrada numa almofada e ele celebrava e ria imenso – “Eu ganhei ao Liam. Outra vez.” – ele goza, fazendo Liam dar-lhe com a almofada na barriga.
“Alguém que jogue com ele. Já não o posso aturar!” – Liam tenta parecer zangado, mas há um sorriso a brincar nos seus lábios.
“Quero uma miúda a jogar comigo.” – Louis desafia e encara-me diretamente – “Carol, aventuras-te?”
“Claro que sim.” – respondo, sentindo-me, pela primeira vez, confiante ao falar com ele – “Eu nunca digo que não a um bom desafio.”
Ele ri-se de mim e eu levanto-me e caminho até ao lugar onde Liam estava antes, ocupando-o eu. Sento-me de pernas à chinês e depois pego no comando da playstation. Ele explica-me rapidamente quais são os controlos que preciso de usar e o que é que preciso de fazer no jogo. Concentro-me no jogo assim que começa e, daquilo que percebo, começo desde logo a dar luta ao Louis. Quando estou mesmo, mesmo a marcar um golo, um dos jogadores dele intromete-se e impede-me de o fazer. Desvio uma mão do comando para lhe dar um murro no braço, o que o faz gargalhar. Volto a concentrar-me no jogo e o tempo passa realmente rápido, porque, num abrir e fechar de olhos, o nosso jogo já terminou e ele já está a esfregar-me na cara que ganhou e que é o melhor nisto.
“E seres um bocadinho menos convencido?” – digo-lhe, na brincadeira. Ele faz-se de ofendido, o que me faz desmanchar o boneco e desatar a rir.
Ele junta-se a mim e recomeça a gozar comigo, o que me faz dar-lhe com uma almofada em cheio na cara. Ele rapidamente me responde com outra e começamos assim uma luta de almofadas que acaba comigo presa nos braços dele. Eu nem sei realmente como isto aconteceu, mas provavelmente ele estava a tentar impedir-me de ir buscar outra almofada e prendeu-me envolvendo os seus braços à volta do meu tronco. Foi como se o tempo parasse antes de eu saber o que fazer. Apreciava a forma como os seus braços envolviam o meu tronco e como a sua respiração estava acelerada e bastante próxima do pescoço, fazendo com que a eu tivesse a noção que tudo à nossa volta tinha parado. Mas rapidamente me soltei dos seus braços, com algum desconforto evidente.
“Desculpa, eu não queria que ficasses desconfortável.” – ele diz de forma séria e ternurenta.
“Oh, não, está tudo bem.” – eu tento disfarçar, não quero que ele se fique a sentir mal por causa de uma coisa tão ridícula como esta.
Ele sorri-me e nós começamos a arrumar a confusão de almofadas em que transformámos o autocarro. Quando temos tudo arrumado, vamos juntar-nos ao resto do pessoal. Eles estão a jogar a um jogo qualquer que, basicamente, consiste em fazer perguntas estúpidas e todos têm de responder a cada pergunta. Acho que acaba por ser uma forma de nos conhecermos melhor uns aos outros e logo eu e Louis nos juntamos ao jogo. E a verdade é que quando estamos entretidos a viagem de três horas e meia passa bem mais rápido do que aquilo que demos conta. Finalmente, chegámos a Lisboa e eu agradeço, não por estar farta dos rapazes, mas sim porque estava a ficar com o rabo quadrado de estar tanto tempo sentada.
“Bem-vindos a Lisboa!” – a Madalena diz, quando todos saímos do autocarro, que parou mesmo junto à praia, e ficamos um pouco à conversa.
“Obrigada!” – Zayn respondeu por todos os rapazes, enquanto observava a praia.
“Bem, nós vamos procurar um hotel para ficarmos instalados.” – Liam informa.
“E nós vamos até casa, descarregar as nossas coisas e almoçar. Se precisarem de alguma coisa, já têm o número de todas nós, portanto já nos podem contactar.” – Raquel diz, sorrindo e Niall sorri-lhe de uma forma realmente estranha mas, sem dúvida, muito querida.
Despedimo-nos deles e começámos a caminhar na direção oposta à delas, pois era o caminho mais perto para o bairro onde vivíamos.
Não vou dizer que consegui esquecer o pequeno incidente com o Louis durante o caminho até casa, porque ele não me sai da cabeça. A forma involuntária como ele me agarrou e os seus braços rodearam o meu corpo como se realmente tivessem sido feitos com essa finalidade. E sim, eu sei o quão ridícula sou por pensar coisas destas. Eu sou uma eterna iludida, mas eu não quero saber. Não para já, enquanto eles estiverem aqui. Depois disso, de certo, vou andar completamente deprimida, mas é melhor aproveitar por agora. E esquecer aquele incidente, porque eu estou a dar valor a algo que, de certeza, ele já esqueceu.
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Yey, finalmente atualizei. Desculpem não ter publicado ontem, como era suposto, mas estive a tarde toda a estudar, depois fui ao treino e depois às compras, então cheguei a casa super cansada e já nem vim ao computador, espero que entendam. Como recompensa, vou publicar o capítulo 5, que é pequenino e é um especial, pois é um P.O.V. do Louis. Espero que gostem! :)
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Dream | l.t. ☑
FanfictionNem sempre as coisas são como queremos. Nem sempre as coisas são como sonhamos. Na verdade, raramente as coisas são como queremos e sonhamos. E, às vezes, a vida resume-se só e apenas a isso: a um sonho, mesmo que ele nunca se tenha chegado a realiz...