Carol's P.O.V.
"E por hoje é tudo, meninos. Já sabem, têm até ao final desta semana para entregarem a apresentação." – a professora diz, enquanto todos arrumamos as coisas.
Esta primeira semana de aulas está a ser fantástica e eu fico feliz por já termos algo que fazer. Eu sempre odiei as semanas de apresentação porque só repetimos a mesma coisa vezes sem conta e não fazemos absolutamente nada de interessante ou produtivo.
Arrumo as minhas coisas e saio da sala juntamente com a Nonô e a Madalena. As aulas terminaram por hoje, por isso é tempo de voltarmos a casa. Depois de sairmos da escola, passamos pelo Starbucks para lancharmos – como temos vindo a ganhar hábito de fazer – e depois vamos para o metro, que nos vai levar até casa.
"Deveríamos ir às compras hoje." – a Madalena diz e eu suspiro.
"Ugh, odeio ir comprar coisas para a casa. É a pior tarefa de sempre, a seguir a estender roupa." – eu comento, aborrecida.
"Eu até gosto, por isso hoje posso ir eu às compras enquanto vocês tratam do jantar e isso. Pode ser?" – Nonô pergunta e ambas concordamos.
Entramos em casa e, após darmos dinheiro à Nonô, ela sai para as compras e nós vamos arrumar algumas coisas. Às vezes, ainda é estranho não termos as nossas mães a fazerem-nos tudo, mas acho que nos estamos a adaptar bem a esta vida de donas de casa (desesperadas).
"Olha, a entrevista já está online!" – Madalena diz, quando estamos todas na sala, depois de jantar.
Logo eu e a Nonô nos levantamos, correndo até ao sofá onde a Madalena está. Ela põe o play na entrevista e nós ficamos a vê-la durante meia hora, o tempo da sua duração. Não pude deixar de reparar no nervosismo do Louis quando se encontrava a falar de mim e as raparigas insistem a dizer que ele ficou com um sorriso estúpido no rosto quando o entrevistador disse que eu era bonita. Elas são tão parvas!
Caminho até ao quarto e pego no meu telemóvel, mandando uma mensagem a Louis para perguntar se lhe poderia ligar. Ele responde afirmativamente e logo eu estabeleço a ligação.
"Olá, amor." – eu cumprimento e não evito sorrir quando ouço a sua voz em resposta.
"Olá, babe. Como estás?"
"Estou bem e tu? Como está a correr a tour?" – eu pergunto.
"Muito bem, mas tenho imensas saudades tuas." – o meu namorado responde e as suas palavras fazem o meu coração doer.
Eu tenho sentido tanto a sua falta...! O facto é que nós namoramos à pouco mais de um mês, mas nós aproximámo-nos bastante e agora estar longe dele é uma verdadeira tortura para mim. Falar com ele alivia o meu coração, mas despedir-me dele ou ouvi-lo dizer que tem saudades minhas torna-me mais fraca. Tento não chorar, mas às vezes acontece que isso é a última coisa que faço antes de dormir. Eu estou a levar esta relação muito a sério, mas sinto que estamos constantemente a ser postos à prova. É as fãs, os boatos, a distância... É tudo muito complicado. Mas eu acredito que somos capazes de ultrapassar os obstáculos, acredito que o nosso amor é mais forte que tudo o resto.
"E eu tuas..." – murmuro – "Já vi a entrevista."
"E então? Achas que falei de mais, de menos?" – Louis pergunta-me.
"Não, acho que disseste o suficiente." – eu respondi.
"Acho que nunca estive tão nervoso para uma entrevista... Tinha medo de meter os pés pelas mãos." – Louis diz e eu rio-me com a sua insegurança – "Não tem piada, parva."
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Dream | l.t. ☑
FanfictionNem sempre as coisas são como queremos. Nem sempre as coisas são como sonhamos. Na verdade, raramente as coisas são como queremos e sonhamos. E, às vezes, a vida resume-se só e apenas a isso: a um sonho, mesmo que ele nunca se tenha chegado a realiz...