29 - Onde reside o amor

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Fiquei esperando por um tempo no portão de entrada que dava acesso ao parque enquanto me divertia com um pirulito na boca. Olhando para quem passava como forma de me entreter, só notei que havia chegado a hora marcada quando dois carros pararam na minha frente e vi todo mundo sair. Um era conduzido por Sabo, o outro por Robin.

- Oi, você já chegou – cumprimentou
o meu irmão – esperou muito? – Acenei em negação. Todos os outros que o acompanhavam o encararam confusos.

- Ele já chegou? – Zoro. – Onde está?

- Ali – apontou Sabo para mim. Eu fiquei quieto e todos se aproximaram, passaram direto e olharam para dentro do parque, me procurando.

- Onde? – Perguntou a ruiva. Bati a mão na testa forte o suficiente para me magoar e fazer Sabo rir da minha desgraça. Ao ficar ao meu lado, a atenção deles foi então dirigida, finalmente, para mim.

- É sério? Até vocês? – Resmunguei indignado. A minha voz deixou eles mais despertos.

- Lu…

- Cy – Sabo interrompeu Usopp. – É o nome dele por aqui. Tentem manter o anonimato, okay?

Fui encostado á parede por todo mundo vindo em cima de mim em simultâneo. Nami se aconchegou no meu peito a chorar, Zoro me amarrou como se fosse o fim do mundo, Robin ficou me analisando bem de perto e todos os outros se mantiveram á minha volta.

- Lucy porquê? – Sanji.

- Você está mesmo aqui… - Nami.

- Finalmente vemos você de novo! – Brook.

- Você mudou imenso – Franky.

- É um bom disfarce – Usopp.

- Usou maquilhagem? – Robin.

- Não tem mesmo nenhum arranhão – Chopper.

- É, faz um tempo mesmo – falei – você vem, Sabo?

- Não, eu vou arrumar tudo com Ace. Smoker voltou á cidade á um bocado, faltamos nós. Partimos no final do dia. Passo para falar com você mesmo antes de ir embora... Você veio como?

- Law me deixou aqui antes de ir trabalhar. Mas podemos voltar a pé, é bom para exercitar...

- Certo... Deia noticias quando chegar – dito isso, ele entrou no carro e foi embora. Nami se afastou ainda com os olhos vermelhos e ficou a encarar-me. Olhei ela de volta, confuso.

- Me desculpa… - E voltou a chorar. Ao ver Sanji coçar a cabeça, sendo que normalmente ele acalmá-la-ia totalmente preocupado e ficaria com ela até ela rir de novo, percebi que aquele comportamento já devia ser rotina. Preocupava-me que o motivo dele fosse eu...

- Porquê? – Perguntei.

- Eu… Não fiz nada… Vi você e… E…

- Esqueça disso, Nami. Se você tentasse alguma coisa acabaria pior do que eu, não se preocupe, estou feliz você por estar bem! Deixe o resto para lá, não vá chorar no nosso reencontro. – Dei um sorriso calmo que a levou a tentar secar as lágrimas. Desta vez, o loiro agiu e chegou perto, abraçando-a consentido pela ruiva.

- Tem muito para explicar, Luffy – Franky. Fiz sinal com a cabeça para que me seguissem e entramos no parque, fomos ao encontro da cafetaria e ficamos por lá um tempo. O clima estava agradável para a estação de inverno e a esplanada pouco movimentada era um ótimo local para passar o início da tarde numa conversa amigável com outras pessoas.

- Então – comecei – acho que devo umas explicações.

- Deve pois – Usopp.

- Antes disso me desculpem por antes. Estava meio de cabeça cheia naquele dia, não devia ter descarregado em vocês, agi mal e-

Meu carcereiroOnde histórias criam vida. Descubra agora