39 - O que vem depois

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Contrariamente ao que eu esperava, nem eu nem os meus irmãos nos vimos numa boa situação depois de tudo. Com a casa dos dois destruída pela explosão de tempos atrás e os documentos pessoais desatualizados, acabou que nenhum de nós tinha onde ficar naquela cidade e o seguro só empatava por eles terem sido dados como mortos.

Kid foi quem nos salvou, por assim dizer. No final daquele mesmo dia, o tatuado completou a transação bancária para pagar o total da pena de nós três e nem uma hora depois, recebemos a notificação do tribunal. Law faria serviço voluntário no hospital onde trabalhava, o que falando com o superior se resumiu a não ser pago nas horas extra que já fazia e assim, encobriram o assunto. Kid foi designado para obras e canalização fora do horário da oficina e por fim, eu ajudaria numa escola perto do hospital. O lado positivo era que desse jeito, tinha boleia todos os dias e com um pouco de sorte, talvez até arranjaste outro emprego já que pouco antes da queda do submundo e numa eventualidade de tudo dar errado, me despedi do part-time no mercado em baixo do prédio onde costumava ocupar os domingos à tarde.

De volta ao presente, logo que o trabalho nos foi distribuído, liguei a Law e deixando todos a divertirem-se e a conversar no jardim de casa da Robin, eu me afastei um pouco para conseguir mais privacidade enquanto falava com ele por chamada.

- Vamos ficar perto - resumi.

"Nem mais, até os horários são parecidos. Aquele tal Katakuri realmente facilitou para nós... E você, como está?"

- Todo mundo está se divertindo, eu estou com eles. Mas de agora em diante, vai ser um problema. Os meus irmãos não têm onde morar, a Robin deixa eles ficarem cá por uns dias, mas... É chato... A casa é pequena de mais para tanta gente.

"Porque não pede a Kid para os deixar ficar no quarto livre em casa dele e em troca, eles ajudam com a renda?"

Pisquei os olhos a assimilar. Era o mesmo prédio que eu, casas diferentes, teria na mesma a maior privacidade com Law sem me preocupar com Ace e eles ficariam perto de mim.

- Torao... Adoro você, sabia?

"Sei, sim."

Dei um sorriso e desliguei. Mandei mensagem a Kid que topou, então, voltei para junto deles.

- Vou para uma escola - declarei. Todos me olharam.

- Quando começa?

- Segunda, parece. O Torao vai fazer horas extra, o Kid está por perto. Vamos estar praticamente juntos e temos folga no fim de semana.

- E as SUAS aulas?

- Vou fazer á distancia. - Me sentei junto de Sabo. - Vocês... Querem vir viver com a gente?

- Luffy - suspirou o loiro - o ambiente entre nós e o Trafalgar é suportável, mas não é o melhor além disso, vocês os dois precisam do vosso espaço para estarem á vontade. Não acho que fosse dar certo.

- Nada contra, mas vocês na mesma casa que nós também é algo que eu não topo de todo, principalmente se Ace for invadir o quarto como na primeira vez. - Sorri com a lembrança. Todos á volta tiveram a atenção tomada. - Estava pensando no Kid.

- O ruivinho?

- É, ele está na porta ao lado. Ficamos perto, ele tem um quarto de vago e se toparem ajudar na renda ele não se importa de ficarem lá. Facilita para todos e assim ficamos perto, pelo menos até arranjarem casa. Se quiserem, claro.

Sabo pareceu ponderar. Trocou olhares com Ace que bufou em frustração e acabou cedendo. Não era nada de outro mundo.

- Tudo bem, quando nos mudamos então?

Meu carcereiroOnde histórias criam vida. Descubra agora