38 - Julgamento

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Law ficou quieto junto a mim, Kid, Shachi, Penguin e Smoker. Já Ace, Sabo e Tashigi estavam sentados um pouco mais abaixo de nós enquanto, na plateia de audiência, os meus amigos nos encaravam impacientes. Nenhum deles esperava ver, de um momento para o outro, o meu rosto estampado nas notícias com a informação de que eu estava envolvido num dos maiores massacres da história e muito menos que o julgamento se daria uma semana depois de a gente ser preso e passar as noites numa cela, na solitária de uma prisão local. Eles foram os únicos – a meu pedido - autorizados a entrar, com imensa dificuldade já que os jornalistas não deixavam o tribunal em paz. Durante aqueles longos sete dias em que fomos mantidos separados, os pormenores do ocorrido foram se espalhando pelo mundo e agora, ali estávamos nós de frente para o juiz que parecia analisar cada um dos nossos movimentos em busca de algo que o fizesse ponderar a sua decisão em relação ao nosso destino. Bom… Se não nos voltássemos a ver, pelo menos havíamos tido a oportunidade de conversar durante aquele tempo na solitária em que os "quartos" se encontravam próximos uns dos outros. 

- Primeira acusação conjunta, contra Gol D. Ace e Portgas D. Sabo. – Sorri com a cara de amuado do moreno. Ele adotara o nome do loiro á muito tempo para que ficassem ainda mais próximos como irmãos numa época em que ainda não me conheciam, ainda assim, em tribunal, a vontade dele não tinha qualquer valor e o seu nome original fora usado. Para o moreno, numa situação normal, seria motivo começar a reclamar com quem ousasse tentar afasta-lo do irmão. Provavelmente era o que faria se isso não lhe pudesse custar a liberdade.  – Por consequente da situação em que se encontravam, o tribunal concluiu que o crime de pseudocídio - forjar a própria morte - terá acontecido por uma questão de extrema necessidade de sobrevivência. Como tal, considera que a pena de 5 anos será substituída por um trabalho comunitário ainda decidido pelo tribunal. – Respirei de alívio com a decisão. Eu tinha-os arrastado para aquilo. Pelo menos agora estavam livres. – Pretendem recorrer? 

- Não – responderam em simultâneo, quase de imediato. 

- Muito bem. Prosseguindo. Smoker e Tashigi, membros do departamento de investigação criminal da cidade. Acusados de ocultação de dados, de agirem por conta própria e em cumplicidade com os outros acusados. Devido á situação delicada em que se encontravam, o tribunal entendeu que não serão permanentemente afastados do trabalho, no entanto, estão temporariamente suspensos de funções. Poderão retomar os vossos postos dentro de tempo indeterminado, depois de uma formação de seis meses sobre legislação e segurança e de uma devida avaliação psicológica. Será necessária, também, a aprovação do vosso superior para poderem recuperar o emprego. É só. 

Smoker piscou os olhos surpreso. Sei que ele realmente esperava ser expulso então, assim que raciocinou o que lhe foi dito, ficou sem acreditar que poderia voltar a trabalhar… 

- E... Entendido… 

- Penguin e Shachi, acusados de pirataria informática, cúmplices do sucedido. Com base na ajuda que isso deu para a obtenção de informações dadas á polícia e na motivação por detrás dos crimes, o tribunal oferece a condição de pena suspensa em troca da vossa colaboração para com o departamento de investigação em casos que possam requerer a vossa ajuda no futuro, na cópia de ficheiros de sistemas informáticos protegidos de difícil acesso. Se aceitarem a condição de colaborarem com as forças policiais, estão livres. 

- Estamos… - Shachi. – Li… Li… EU NÃO VOU MORRER NA CADEIA! – começou a chorar – ESTOU TÃO FELIZ! 

- Pare de chorar, IDIOTA! – Reclamou Penguin do mesmo jeito. – Nós aceitamos. Nós ajudamos. 

- Finalmente, Eustass Kid, Monkey D. Luffy e Trafalgar D. Walter Law. Mesmo com acusações ligeiramente diversificadas, sendo cúmplices do mesmo caso e com base no que nos foi apresentado, as acusações foram reunidas e apresentadas de igual forma contra os três. Carcere privado, Rapto, ocultação de informações, envolvimento em tráfico humano, interferir com investigação policial, pseudocídio, ocultação de identidade e falsificação de documentos, condução sem carta, posse indevida e utilização de armas de fogo, homicídio, entre outras descritas no relatório previamente entregue aos vossos representantes. 

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