- Ace, Sabo? Pessoal? O que fazem aqui?
Um ano se passou desde a queda do submundo, o começo do verão chegou e com ele veio também o calor. O que eu não esperava era que, ao tirar uns dias de férias para ir com Law á casa perto da praia que me explicou ter sido do pai dele, fosse encontrar todo mundo por lá.
Falando em casa, a dos meus irmãos estava a ser reconstruída e pouco a pouco ganhava forma. Entretanto, um mês atrás, Kid pediu transferência do local onde cumpria serviço comunitário e se mudou para a sua cidade natal para viver junto de um tal de Killer, ligando às vezes para saber como a gente estava. Abriu uma oficina apenas dele e agora, conciliava os dois trabalhos. Isso também significava que Ace e Sabo tinham temporariamente o apartamento do ruivo só para eles, ao menos até se orientarem. Kid partiu com a promessa de nos vir chatear pessoalmente, pelo menos, uma vez por mês e pelo que conhecíamos da sua personalidade, parecia com intenção de a cumprir.
- Luffy! – Gritou Nami, feliz, ao vir me abraçar. Eu só fiquei quieto, confuso.
- Também tiraram o dia para apanhar sol?
- Sim! Encontramos os seus irmãos pelo caminho e eles acabaram vindo também. O que você faz aqui?
- A gente tirou um tempo de férias. - Apontei para trás. Lá estava Law, de calções azuis e T-shirt branca, sentado numa toalha debaixo de um guarda-sol com um livro na mão.
- Ler? – Indignou a ruiva – seca!
- É o jeito de ele relaxar.
- E o seu gato?
- Ficou com o Penguin uns dias.
- Pinguim? Que pinguim?
- Um amigo do Torao - dei um sorriso - deixe para lá...
- Bem, tanto faz... A gente vai jogar bolley. Alinha?
- Opa, bora! – Corri para junto deles. Law olhou para mim, por cima das páginas do seu bem dito livro por breves segundos, mas não comentou. Deu um sorrisinho divertido como quem compartilhava das minhas emoções e continuou quieto, no seu canto, atento aquelas palavras registadas num pedaço de papel. O tatuado era bem liberal, desde que eu estivesse bem e “tivesse juízo” – palavras dele – não se importava muito com o que eu fazia. Claro, não era por isso que deixava de me dar atenção quando eu falava do meu dia, sobre o que fazia ou como corria quando encontrava alguém que não via fazia tempo. Era do tipo que ouvia sem julgar e só intervia se algo pudesse dar para o torto, perfeito para alguém tão imprevisível quanto eu ou pelo menos, era essa a minha perspetiva.
Sabo se juntou a ele. Com o tempo, Law e os meus irmãos começaram a ser capazes de ter uma conversa minimamente pacífica, encontraram alguns interesses em comum e desde que eu estivesse feliz, pode até dizer-se que viraram amigos. Ficaram ambos a torcer pelos times junto com Ace que ainda tentava entender como o nosso relacionamento funcionava. Fosse como fosse, eles estavam bem uns com os outros e eu não podia estar mais feliz com isso. Eu estar feliz fazia eles felizes. E era um ciclo vicioso…
- Não vai tirar a camisola? – Questionou Nami para mim, tendo em conta que estávamos na praia e todo mundo estava só de calções menos eu.
- Não preciso disso para ganhar. Vamos logo!
Como já era de se esperar, Zoro e Sanji estavam em equipas contrárias. Do meu lado estavam o esverdeado, Nami e Robin. Do outro encontravam-se o loiro, Usopp, Franky e Brook. Chopper era o árbitro. Assim que soou o apito, Law pousou o livro para observar a gente e bem, depois de alguns golpes certeiros nós ganhamos, para grande xingamento do nosso amigo cozinheiro sobre ter perdido para a alga marinha.
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Meu carcereiro
Fanfiction"- É o seu dia de sorte, garoto. Vai ser leiloado hoje... Não sei direito quem falou aquilo, nem me importei em tentar descobrir. Ao que eles chamavam sorte, eu chamava o início no inferno de uma vida escrava. Por era isso que eu era desde que á um...