- I... Isso é sério?
Law olhou o papel na sua mão, tremendo um pouco em ansiedade pelas palavras que acabara de ler. Nem ele, nem eu, nem mesmo Kid, estávamos acreditando no que ouvimos da sua boca.
- Então... - Pronunciou-se o ruivo - não vai ser uma captura?
- Não - explicou o fumacento - vai ser uma execução.
O caso em que trabalhamos todo aquele tempo, a captura do submundo para uma condenação á pena de morte, foi estudado por um longo período por Sengoku e Smoker, com apoio de Aokiji do ministério de jurisdição. Contudo, a conclusão a que chegaram foi algo em que - admito - também eu já havia pensado. Que o submundo capturado era algo impossível... Na hora em que o Doflamingo percebesse que a unidade do trafico tivesse sido detida, nunca mais ninguém o apanharia. Porque sim, essa notícia chegaria a ele em apenas alguns minutos, tal como os responsáveis por ela. Para que isso não acontecesse, havia apenas uma saída. Silenciar, definitivamente, todos os nossos alvos.
- Isso é legal?
- Não, mas é uma situação extrema, um tudo ou nada apoiado por todos os líderes dos principais países envolvidos. Nunca mais teremos uma chance destas. Eles foram julgados sem serem ouvidos e a condenação é a pena de morte. Precisamos de cortar o mal pela raiz.
Além disso, nós mesmos estaríamos em perigo. Pelo nosso envolvimento no caso, havia dois pontos a serem discutidos. Por um lado, era só por nós e com a nossa ajuda que o maior mal do mundo seria aniquilado. Por outro, as leis que infringimos para isso, desde ocultar informações da polícia a hackear sistemas e a forjar a nossa própria morte, eram graves.
O facto era que, independentemente dos motivos, teríamos de ser julgados mas para isso, o submundo não podia existir. Podiam estar trancados a sete chaves que, de algum jeito, a gente acabaria morto a mando deles por vingança. Essa era a questão mais importante, a segurança dos civis, que no caso eramos nós.
Para acelerar o processo, comprometemo-nos não fugir e a suportar tudo o que fossem as consequências dos nossos atos, com a condição de acabar com eles primeiro. Aceitaríamos, depois, qualquer coisa que decidissem fazer connosco, qualquer punição, desde que nos ajudassem a acabar com o que destruiu as nossas vidas e estava a acabar com milhares de outras. A gente se dedicou áquilo com tudo o que tínhamos e todos sabiam que jamais alguém assim apareceria e isso se repetiria. Nunca conseguiriam o que nós conseguimos. Era um tudo ou nada definitivo para colocar um fim no submundo.
Foi com isso em mente que, depois de muitos meses de discussão, principalmente por estar em causa o benefício da dúvida e os direitos humanos, o governo tomou uma decisão radical. A decisão de nos deixar em pausa até que a operação fosse concluída. Operação essa, que não seria mais uma operação de capturar, mas de matar. O submundo foi condenado á pena de morte sem direito a julgamento, como antes achamos que teriam. Quem os eliminasse, não seria culpado por isso. A missão de os capturar, passaria a uma missão de assassinato.
Foi por isso que nenhum de nós acreditou ao ver aquela autorização. O fim estava realmente próximo. Ia acabar mais cedo do que esperávamos...
- Bom - Smoker - eu já sei que querem participar. Por tudo o que fizeram para este evento, foram autorizados a fazê-lo. Temporariamente, têm imunidade no que fizerem a partir de hoje mas serão julgados depois pelo que aconteceu até agora. Estamos a acabar de reunir os agentes.
- Smoker - chamei - obrigado... Mesmo...
- Não me agradeça ainda, não sei o que a justiça vai decidir para vocês os cinco. Farei o que puder mas não prometo nada, eu mesmo serei arguido nesse processo por infringir o protocolo e me aliar a vocês. Ou acham que entrar num esquema assim é legal?
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Meu carcereiro
Fanfiction"- É o seu dia de sorte, garoto. Vai ser leiloado hoje... Não sei direito quem falou aquilo, nem me importei em tentar descobrir. Ao que eles chamavam sorte, eu chamava o início no inferno de uma vida escrava. Por era isso que eu era desde que á um...