PAÍS ROSA AZUL

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A professora Vânia, com um gesto dramático, mudou todo o cenário da sala. Com um movimento suave de sua mão, ela abriu um holograma que ocupava quase toda a parede. O ambiente foi preenchido com o aroma fresco de grama cortada, criando uma experiência sensorial imersiva.

As imagens mostravam casas majestosas, construídas com madeiras elegantes e de alta qualidade, sem muros entre elas. A peça central do holograma era uma mansão deslumbrante, cercada por muralhas imponentes. A casa se destacava com uma cachoeira esplêndida, uma vasta floresta e uma garagem interna capaz de abrigar mais de mil carros

Carol observava, fascinada, enquanto o holograma revelava cada detalhe da residência da família Suvany, uma construção de vinte andares, mais parecendo um palácio do que uma casa. Cada quarto tinha sua própria piscina particular, e havia três salas de jantar: uma para ocasiões especiais, uma para festas e uma para refeições diárias. Havia ainda dezoito aposentos, sem contar os dos empregados, cada um com um banheiro expansivo que incluía uma hidromassagem.

— Eu quero morar aí. — Disse uma das garotas, maravilhada.

— Também quero. — Outra respondeu, com um suspiro de desejo.

Vânia fez uma pausa, permitindo que todos absorvessem a magnitude do cenário.

— É lindo, Vânia. — Ana admirou, com os olhos brilhando.

— Eu imaginei que vocês iam gostar. — Ela confirmou, observando as belas jovens encantadas com o cenário. — A família Suvany, das três grandes famílias, é a que mais ostenta sua riqueza, exibindo um padrão de vida luxuoso que se reflete em suas propriedades, automóveis e tecnologia.

Carol olhou ao redor, encantada com o cenário luxuoso exibido no holograma.

Como será viver num lugar assim? Pensava, absorvendo cada detalhe das casas majestosas e da mansão impressionante.

A imagem de Theo Suvany e sua família a intrigava.

Todos na cidade eram ricos, até os cidadãos mais comuns podiam ter o que quisessem. O país Suvany era mais fechado, e os negócios com os outros países eram feitos anualmente, pois o representante Lorenzo Suvany odiava sair do país

Vânia continuava sua explicação, vendo a reação de cada uma.

— Caramba, professora, essa é a mais poderosa? — Perguntou uma das alunas, com admiração.

— No requisito riqueza, sim.

— Se eu casar com o príncipe, posso visitá-los? — Sabine perguntou animada.

— Claro... Ele é um país aliado, mas para entrar em Rosa Azul, precisa marcar com três meses de antecedência.

— Que chique. — Ana disse, revirando os olhos.

— O sistema de governo é unipartidário. Apenas a família Suvany pode se candidatar à eleição. — Vânia explicou, com uma voz firme.

— Se só ela pode se candidatar, por que existe então uma eleição? Se já existe um vencedor? — Carol perguntou, tentando entender.

— Nesse ponto concordo com vocês, mas eles acreditam que introduzir um sistema multipartidário acarreta supostamente em divisão nacional e é impróprio para o desenvolvimento econômico, assim todo o poder se concentra na família Suvany, que está no poder há mais de cem anos. — Vânia respondeu, com um tom de seriedade.

Vânia passou a imagem mostrando um casal sentado de mãos dadas e um rapaz ao lado direito. O casal era de uma beleza impressionante, com a pele clara como a neve e olhos violetas. O homem usava um smoking preto, com o cabelo penteado para trás, a mulher ao seu lado tinha longos cabelos avermelhados e vestia um vestido longo vermelho. O rapaz, de pé, estava vestido de forma despojada, com calças jeans e camiseta.

OLHOS NEGROS ( Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora