ROSAS VERMELHAS

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— Então foi isso que aconteceu? — Ana repetiu para si mesmo, incrédula. — Se eu tivesse lá, ela iria ouvi.

Carol sorriu limpando as lágrimas.

— Sim... ela iria. Você não deixaria passar nada.

— Carol... Achei covarde da sua parte mana... Sei que você tem medo de mudanças, mas desisti assim, não acho justo com o Rian nem com você. — Ana falou terminando de arrumar as malas.

— Sabe um parte de mim estava com receio de tudo isso, porque vamos pensar nisso, eu quero o Rian, mas não desejo ir para Netuno, nem ser rainha. — Ela confessou tirando o vestido. — Eu o amo...

— Então não faça isso com você amiga, puxa não é sempre que se viver um amor desse, vocês merecem um chance... Não deixe ninguém falar que você não consegue Carol, pra ser sincera, não acho que ninguém nascer sabendo administrar um país, a rainha deve ter estudado, e com experiências ela ser tornou quem ela é hoje.

— Eu sei, mas...

— Fala a verdade ... Sou sua melhor e única amiga.

Carol arquear as sobrancelha e sorri triste.
— o que você quer que eu fale Ana?

— Eu me recuso deixar vocês acabar assim, você não é uma pessoa de desistir Carol, a não ser...— Ela parou o que estava fazendo e a encarou. — Espera você queria isso né? Você escolheu a opção mais fácil, o tempo todo você deixou alguém escolher por você... Por que ?

Carol suspira se jogando na cama. Ana faz o mesmo e as duas ficam deitadas olhando para o teto.

— Quando a rainha, ficou repetido várias vezes que eu vou esquecê-lo, isso me pareceu triste e aliviante ao mesmo tempo... Ele pode escolher...ou melhor ele já tinha outra pessoa, caso eu não quisesse, para ele estava mais fácil, então pensei... Que a melhor escolha para deixá-lo ser feliz com alguém que seja e queira ser uma rainha, e que o ame tanto quanto eu.

— E você decidiu tudo isso sem o pergunta o que ele queria? — A questionou encostando sua cabeça na barriga da amiga, e virando para encara-la.

— Ana...

— Não, não quero desculpa...a vida toda, somos obrigada a fingir felicidades com o pouco que temos... E bate na sua porta uma chance real de ser amada e feliz e você desisti? Não... Não vou deixar, levantar...— Ana deu um pulo na cama e puxou a amiga. — Carol ... Escute só, seja sincera com você e com ele. E diga a verdade e não precisa comentar sobre a rainha, apenas seus receios, ele vai entender e juntos vocês vão encontrar uma saída.

— Ana... Eu...

— Shhh... Vem cá. — Ela puxou Carol e olhou fixamente em seus olhos. — Você não precisa para lugar nenhum e ele não precisa desisti de nada, mas vocês não podem terminar com mágoas um com o outro... Você vai acabar ficando amargurada como minha mãe. Que deixou seu grande amor ir embora por medo... Casou com meu pai por impulso que a abandonou. Não quero isso para você... Então por mim... Por mim Carol, seja sincera com seus sentimentos. — Ana pediu a ajudando vestir a primeira coisa que achou, um vestido simples.

Carol viu a amiga chora, ela abraça Ana com um longo melancólico suspiro e concorda, seu coração estava receoso, uma parte dela queria beijá-lo e dizer que o amava, mas outra parte estava assustada.

E se ele não querer me ouvir? Não, se ele senti algo vai escutar...Ele é teimoso e se quere fugi para ficamos juntos, ele ser preso ou morto. Não... Ela não podia pensar nisso agora, senão desistiria de ir até o quarto dele.

— Ana... Eu vou, porque não quero me arrepender. E também porque te amo muito. — Ela disse se afastando da amiga.

— O que seria de você sem mim? — brincou limpando as lágrimas.

OLHOS NEGROS ( Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora