OLHOS NEGROS ( Revisando)

PRINCESA

Já se sentiu como se não fosse o dono do seu próprio destino? Porque sua vida já foi traçada antes mesmo de você nascer? Você aguentaria o fado sozinha de ter milhões de vidas em suas mãos?

E que tudo, tudo mesmo que você fizesse ou decidisse, poderia acarreta em grandes consequências como: Uma guerra que pode destruí sonhos, ou obter paz conquistando aliados. Consegue imaginar o poder de um acordo? Onde qualquer erro, pessoas podem morrer, perder seus entes queridos, ficarem desempregados, apenas porque confiaram em uma decisão sua. Tenso né ? Era assim que Carol se sentia naquele momento, um turbilhões de emoções... Medo, angústia, pavor, desespero e um imensa agonia, mas ninguém nunca saberia como ela realmente estava se sentindo, porque jurou pra si mesmo que jamais demostraria seus verdadeiros sentimentos. Ela sabia que estava fardada a uma vida solitária e seu único objetivo, era vingança, ela estava disposta a tudo, até afastar as pessoas que mais amava, só para as protegerem... Dela mesma.

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 A chuva congelante que caia em estado líquido e congelava tudo que entrava em contato com a superfície, aos poucos foram se cessando, formando poças de água, ao chão; Netuno era assim, um lugar frio, grandes tempestade com trovoadas e ventanias, mas tinha dias de calmaria. Mesmo com o tempo se estabilizando gradualmente, não impediu que o reino ficasse em festa, haviam tochas acesas por todo o castelos, clareando tudo, a rainha Uly era a responsável pela organização da cerimônia. Ela como uma boa tradicionalista, optou por algo arcaico, a decoração ganhou escudo com brasão da família :Borboleta emplumada, as cores eram vermelho e branco, a cor que representava os primeiros povos de Netuno os teotihuacano.

Na entrada do salão havia dos dois lados da porta uma imagem representando um felino bastante grande, com a cabeças ornado de plumas; com as patas sustentando uma concha de caracol, através da qual pareciam soprar, como se de um instrumento musical se tratasse. No dorso e na cauda eram visíveis incrustações de conchas do mar. Na bordadura da parte superior do mural podia se ver os símbolos do deus da chuva e num glifo notavasse, como decoração, plumas que representavam o ano solar teotihuacano. Já as tapeçarias nas paredes eram tons rebuscada, que contribuíram para colocar os convidados no clima da comemoração, no salão principal grandes castiçais, pendentes com folhagens e arranjos que misturavam flores e frutas completaram a decoração. Belos tecidos brancos enfeitava o teto, com um lindo desenho do casal, dando um ar mais leve. A fartura era incomparável. O cardápio era comidas típicas do país, com frutas de invernos: morango, abacate, kiwi, caqui, carne de javali queijos e vinhos, alimentos exportados e caros de outros planetas, tudo do melhor para a única herdeira do trono de Cristal.

A orquestra havia chegado cinco horas antes, para deixar tudo preparado. As damas de honras eram as belas jovens da alta sociedade, os cavalheiros as acompanhavam até o salão. Os centenas de empregados corriam para que tudo estivesse de acordo com o pedido da rainha, tudo tinha que está perfeito.

Todos estavam nervosos, não era para menos, a neta do rei Edward Abollyan e a Ully Abollyan, iria se casar daqui algumas horas.

Por isso enquanto a rainha se ocupava com o evento, o rei estava no escritório animado conversando com pessoas de elite, para fechar novos acordos. Ele havia se recuperando, mas a confiança entre a autoridade e os cidadãos ainda não estava restaurada, isso foi um dos motivos para fechar a cerimônia para o povo, a festa estava aberta apenas para as pessoas da alta cúpula.

— Chimalli... — Chamou a rainha depois de verificar mais uma vez o salão.

— Sim majestade, o que deseja? — Sua assistente de olhos claros e longos cabelos negros crespo disse anotando algo em sua agenda.

— Minha neta está pronta?

— Sim, mas ela pediu que todos saíssem do quarto. — Ela contou pensativa. — Ela queria ficar sozinha.