OLHOS NEGROS ( Revisando)

VALSA

Suas mãos estavam soando, seu coração acelerado, sua mente cheia de perguntas, que talvez nunca teria a resposta, mas mesmo assim seus olhos não desgrudavam do elegante e sensual homem negro, robusto, olhar penetrante, sexy. Tudo nele a atraí de tão forma que ela esquecia de respira. Ela suspirou, ele dançando com Sabine a fez pensar como seria as outras meninas como princesas.

Como seria elas como realeza? O que parece tem que ser alguém que não olhe só para o coração dos outros, e que tenha sangue frio, ser calculista para agi como uma princesa... Pensando dessa forma, vejo que não sou a pessoa indicada para isso, não me envolver quando vejo uma injustiça para não ocasionar um mal desentendido... Ou uma guerra, ou não aceitar acordos que não acho justo... Ela pensou murmurinhos ao seu lado. Depois da aula de simulação de justiça, e que eu fui contra a prisão da Senhora Aba, pois não concordo de ela ser presa por não querer casar obrigada e apoiei os sentimentos dela, desde esse dia a rainha me encarava friamente. Sei que são leis deles, muito antiquadas por sinal, ele vive jogando na nossa cara que são mais evoluídos, mas suas ações mostram ao contrário. Realmente, não acho que seria uma boa princesa.

— Sim... concordo, esses terráqueos, estão mil anos de distância de nós. vejam só... Só nosso rei dá um pouco para eles, já serve para várias mulheres se jogarem aos braços do príncipe... — Chiou uma mulher burguesa rindo.

— Que isso Matilde, tem muitas pessoas incríveis na Terra, eles só esquecem do planeta lindo que tem.

— Eles são muito desumilde Ester, só olhão para o próprio nariz, destroem sempre tudo que tem, e sempre nosso mundo que tem que concertar... Aff, tenho dó deles sabia?! Nunca serão evoluídos como nós.

Carol escutar tudo, seu sangue ferveu, ela bufou e com toda educação que ela tinha virou delicadamente para as belas damas, com olhos violetas e sorriu.

— Sabem vocês estão certas, nós estamos de longe sendo os melhores habitantes da Terra, mas isso eu já sabia, porém uma coisa que me admira é vocês senhoras bem evoluídas, falando tão mau de seres insignificantes como nos terráqueos...— Ela suspirou e percebeu um sorriso de canto na boca da moça que foi a única que não falava mal deles. — Deixa eu contar um segredo para vocês... — Ela sussurrou com um belo sorriso travesso em seus lábios. — Imagina eu ser a escolhida, e ser a rainha, e vocês precisarem de algo de mim....

Você ajudaria... Isso não tenho dúvidas. Ela pensou as encarando. Sim eu ajudaria, mas elas não precisam saber.

— Senhorita, nós não...

— Já imaginou se eu fosse igual a vocês? Ou melhor se eu falar para o príncipe como vocês tratam as pessoas... Hummm nossa logo o Rian, que é severo com essas coisas... — Carol provocativa estala a língua, algumas vezes, junto com a cabeça. — Será que isso dá alguns anos de prisão?

Elas ficaram de boca aberta, e suas expressões eram de preocupação e medo.

— Peço desculpas, não queríamos ofender você...

— Oxe, não me ofendeu não moça, imagina. — Debochou. — Só era uma possibilidade, porque vocês estão mil anos a nossa frente. — Sorriu. — Ah! Moça se algum dia, precisa de mim, ajudarei.— Ela apontou para a moça de cabelos castanhos, a única que parecia legal naquele grupo de quatros ETs metidas.

— Estarei esperando por esse dia milady. — A jovem disse sorrindo. — Me chamo Ester Ully.

— Perfeito...

— Nossa última dama da noite, Carol Gonçalves Morais. — Todos viraram se para Carol, com vergonha ela foi até Rian, que a esperava com um sorriso iluminado, seus olhos seguraram o dela a dando confiança. Ela se aproximou e antes que alguém pedisse, ele a tomou nos braços e a guiou até o meio do salão.