ATRAVÉS DAS CHAMAS

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A  noite cair sobre eles, a escuridão era inevitável. E o silêncio entre o trio que caminhavam pensativos estava ensurdecedor.

Carol sentia um aperto no peito, tantas mentiras, tantos acordos, para quê?

Ela se perguntava se valeria a pena. A exaustão a acompanhava há anos, ela sentia que precisava de um tempo de tudo e de todos, mas como faria isso? Se agora ela estava em uma fase complicada em sua vida.

Ser rainha não é como nos contos de fada. Sorriu pensativa. Sinto que a cada passo para frente dou mil para trás.

Ela olhou para o lado e percebeu que Lúcio a encarava curioso, ele acenou para ela e mostrou um sorriso, que foi retribuído rapidamente.

Ela soltou suspiro cansado, sua mente estava um turbilhão de pensamento preocupados.

Hoje foi um longo dia.

Seus passos eram calmos, mas seus pés doíam, ela espreguiçou, seu corpo pedia cama.

Eles caminharam mais rápido para se aproximarem mais dos homens que os acompanhavam.

Mesmo Lúcio assegurando que não haveria perigo, acharam melhor trazer alguns guardas para levarem eles até o carro, que estava estacionado na entrada da floresta perdida.

Estou tão deslumbrada, com esse planeta... Eu achava que a Terra era linda, mas aqui... Nossa, é uma versão saudável de lá. Ela pensava fitando o céu azul estrelado. É o Rian? Lembranças da tarde ia enchendo seus pensamentos. Eu não queria lembra dele, não agora. Lamentou exaurida. Esse momento que passamos juntos, foi a situação mais embaraçosa que aconteceu em toda minha vida, ele agiu como babaca e eu como uma adolescente mimada... Podia ter sido diferente, se ambos tivéssemos maturidade, mas eu não tenho... Eu me sinto pressionando para dá o melhor de mim, e estou tão cansada...

Ela espantou quando ouviu os sons dos animais noturnos que encherem seus ouvidos.

- Não se preocupar, eles estão longe. Está com medo rainha? - Lúcio assegurou brincalhão.

- Imagina, sempre quis brincar com lobos selvagens. - Caçou piscando para ele.

Eu só queria ser esses lobos que não devem ter preocupação nenhuma.

Carol foi interrompida de seus debates mentais por gritos aflitos, ela olhou para o lado, onde havia um matagal e percebeu uma senhora que corria em desespero em sua direção.

- O que está acontecendo? - Ela questionou vendo seus guardas a interceptaram.

- Por favor, por favor... Ajude minha filha... Minha... A casa... - Era uma senhora de idade, que estava toda suja, cabelos esvoaçados, cheios de fuligem de fumaça.

- Onde? - Carol perguntou, preocupada.

- Minha casa foi incendiada... Minha filha está lá dentro.... Por favor, salve ela. - A mulher suplicou em soluços.

- Me leve até lá.

Carol acelerou seus passos, ela estava disposta a ajudar a estranha, mas se assustou com Lúcio a segurando pelo braço, impedido de ir até a senhora.

- O que está fazendo? - Ela questionou brava.

- Pode ser uma armadilha? - Ele mencionou alarmado.

- Eu sei. - Ela sussurrou. - Mas é um risco que vou correr, porque também pode não ser uma armadilha, e alguém esteja precisando da nossa ajuda. - Explicou puxando seu braço. - Se não quiser ir, vou entender.

- Não é assim que funciona as coisas Katharine, você é a Rainha ser acontece algo com você estamos em maus lençóis.- Lúcio expôs, insatisfeito com a atitude dela.

OLHOS NEGROS ( Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora