Carol acordou em um quarto que parecia ter saído de um sonho, com sua mente ainda turva pela noite anterior.
Eu nunca tinha dormindo tanto.
Ela se espreguiçou na enorme cama macia, deixando-se envolver pelo conforto dos travesseiros. Mas a sensação de estranheza logo tomou conta dela ao perceber que não estava em seu quarto familiar, mas como sempre tinha pesadelos, como aquele, seria apenas mais uma noite comum para ela.
Tive um sonho horrível, que os ETs vieram dominar a terra, e abduziram mulheres para experimentos de casar, com um príncipe do planeta dele, vou contar para a Ana no trabalho, ela vai me achar maluca. Pensou Carol, sorrindo ironicamente. Se ela já não achar.
Passando a mão na cabeça, sentiu-se um pouco tonta. Talvez seja apenas cansaço. pensou, lembrando do pesadelo ainda vivido em sua mente. Minha cabeça está latejando, infelizmente sou pobre, então tenho que ir trabalhar.
— Fazia anos que eu não tinha pesadelos como esse. — Sussurrou sentindo sua cabeça doendo.
Desde pequena, tive vários pesadelos sendo abduzida por alienígenas, e sempre me acordavam na madrugada, estava sempre ofegante, aos prantos. Isso me deixava transtornada, um medo incompreensível, desde meus sete anos. Ela lembrava soltando um suspiro triste. Ah! Minha querida avó, cansada de me ver sofrendo, me encaminhou para uma psicóloga, Jasmine, que ajudou bastante. Na época, todos davam palpites, que o motivo dos meus terríveis pesadelos se davam ao fato do meu pai ter morrido cedo, mas para mim nunca fez sentido, eu não me lembro nem um pouco dele, só algumas fotos que temos juntos. Ainda sonolenta uma nostalgia a preencheu a deixando confusa e triste. Por que estou pensando nisso agora?
De repente, ainda lânguida, ela olhou o relógio que estava sobre a mesinha de cabeceira, se lembrando do horário e gritou: Merda! Já são seis e meia. Estou atrasada!
Ela amarrou os longos cachos, gritando:
— Mãe, por que não me acordou? Vou chegar atrasada de novo. Mãe... Mãe? — chamou Carol, sem receber resposta, enquanto seus olhos exploravam o ambiente desconhecido ao seu redor.
Carol varreu seus olhos semi abertos pelo cômodo, em um quarto que parecia saído de um conto de fadas, onde o luxo e o conforto se entrelaçavam em cada detalhe.
A cama era o ponto focal do ambiente, com um dossel majestoso que sustentava cortinas de veludo púrpura, delicadamente bordadas com fios dourados. Os lençóis de seda eram suaves ao toque e os travesseiros macios a envolviam em um conforto quase surreal.
Meu Deus! Penso esfregando os olhos sem acreditar.
As paredes do quarto eram revestidas com um elegante papel de parede em tons suaves de azul e creme, adornadas com molduras douradas que abrigavam paisagens exóticas.
Não....
Grandes tapestries pendiam das paredes, retratando cenas de batalhas épicas e festas opulentas, como se tivessem sido retiradas diretamente de um castelo medieval.
Naooo... Por favor não.
No canto do quarto, um imponente guarda-roupa de mogno escuro exibia entalhes intrincados e puxadores de prata reluzentes. Suas portas espelhadas refletiam a luz suave do lustre de cristal que pendia do teto alto, criando um jogo de brilho e sombra nas paredes.
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OLHOS NEGROS ( Revisando)
FantasiaDois anos depois de uma pandemia que quase dizimou a vida humana. Carol tentar viver uma vida normal desacreditada da humanidade. Uma menina sonhadora, tentando ser realista, Sua única família Dany sua irmã mais velha e tutora, desde que foram ab...