SEM COROA 👑

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Carol olhou só uma vez para a luz estremecedora que radiava da pequena casa de madeira, e começou a correr em direção a ela. Jogou-se entre as Conífera do breu da floresta . Quanto mais ela corria, mais distante a casa ficava.

— Socorro. — Um grito ecoou pela escuridão chamando sua atenção entre a escuridão da noite fria.

Carol se apegou àquele som atormentado, pois era a única esperança que lhe dava força para continuar correndo.

— Eu tenho que conseguir salvá-la. — Ela sussurrou tropeçando em galhos retorcidos. — Faltar pouco...— Carol tentou levantar, mas sentiu que estava presa, e o barulho de uma explosão a assustou.

Com o olhar fixo nas chamas, ela concluiu que mais uma vez foi fracassada. Uma sensação de vazio, como se seu coração fosse oco e feito de pedra, a assombrava.

Ela se deixou cair no chão frio, gelado escondendo seu rosto e lágrimas iam surgindo, os gritos foram sumindo e o silêncio se estabeleceu.

— Você podia ter morrido. — Uma voz conhecida sussurrou sentando ao seu lado.

Seu coração deu um salto, ao escutar a voz da pessoa que ela tanto admirava, mesmo percebendo que aquilo não era real, ela se apegou aí isso e se levantou, correndo para abraça a senhora que sorria estendendo os braços para ela.

— Eu sei.— Ela rebateu apertando a senhora entres os braços.

— Por que você fez isso?

— Eu não sei vovó. — Ela murmurou, afastando da avó. — Eu não sei.

As duas ficaram em silêncio, o cenário agoniante, havia mudando para um lindo jardim, o sol da tarde deixando o momento único e especial.

—A culpa não foi sua... Você era apenas uma criança. — Dona Zélia quebrou o silêncio agradável explicando. — Você se cobrar demais menina.

Carol suspiro, ela sabia do que sua avó dizia, ela sempre se culpou pela morte dela, da sua mãe ter as deixado. Sim era uma absurdo, mas essas coisas começaram quando ela foi para a escola.

— Você é tão chata que sua mãe a abandonou. — Zombavam dela, por não ter mãe, Zombavam dela pelo tom de pele e cabelo, por ser diferente da irmã.

E piorou quando sua avó morreu.

— Você matou sua avó, por ser tão explosiva, deixou ela nervosa.

As crianças podem ser maus, quando querem. Ela lembrou em um suspiro exausto.

E já não bastava ela ter pesadelos com Extraterrestres, era uma bomba preste a explodir a qualquer momento, as outras crianças sempre a achava estranha.

— Me ajude você. — Disse a si mesmo — Eu não consigo.

Seus olhos encheram de lágrimas novamente, chorava de medo, de solidão, quando era criança. Queria os pais com ela. E ela sentia egoísta por ter uma irmã incrível e ainda sim sentir falta dos pais. Esses sentimentos pareciam banais para os outros, mas tinha um peso enorme dentro dela.

— Eu me sinto tão inútil vó, tenho medo de fracassa... Como irmã, como mãe e rainha. — Ela jogou tentando limpas as lágrimas. — Fico pensando... Será que dou conta, será que sou capaz, será que devo...

— Você é a pessoa mais especial que eu conheço Carol, seu medo a levar fazer coisas inconsequente, porque você não confiar em você mesma. Você é muito insegura, mesmo dizendo que é forte. — Depois de um longo suspiro a idosa disse. — Você será uma rainha excepcional, você é forte garota, você sempre lutou pelo que acreditar, nunca caiu e ficou sentada esperando alguém se levantar. — A sua avó pensou e virou se para ela séria. — Acredita em você... E para de tentar se matar,

OLHOS NEGROS ( Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora