UIVOS DA MORTE

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O som dos lobos era assustador, ela corria sentindo os galhos arranharem sua pele, seus pés cortados, pelas pedras íngreme das montanhas e em seus braços uma criança que não parava de chorar, sinalizando sua localização para seu perseguido. Ela escutou mais um uivo dessa vez parecia mais perto, seu corpo estremeceu com o som estridente.

Ela virou para trás, sentindo que algo estava estranho, não ouvia- se mais o barulho, ela deixou escapar um suspiro preocupado, sentiu um desespero quando o silêncio predominou a floresta, só se ouvia seu coração e suas pegadas na grama molhada.

— Mamai cadê o papai? -— A criança a questionou chorando em seus braços.

— Shhhhh. — Pediu silêncio, a criança.

Acho que conseguimos os despistamos. Ela pensou segurando se numa árvore.

Ela estava cansada, nem lembrava quanto tempo esteve fugindo dos caçadores, eles eram bons, estava brincando de gato e ratos com ela com certeza, eles já teriam a encontrado a horas se quisesse. Ela olhou para suas pernas, elas estavam sangrado, por causa dos galhos que a arranharam quando estava correndo, seus pés doloridos e cortados, ela nem tinha se dado conta que saiu as pressas descalça.

Merda.

— Mamai, cadê o papai? Puque ele não veiu com a genti? — Sua filha a questionou mais uma vezes.

— Ele já está vindo amor, não se preocupe, ele está bem. — Ela disse, tentando passar confiança, coisa que ela não estava tendo mais.

Ela estava exausta, seu corpo tremia, tudo foi tão rápido, em um momento ela estava sentada feliz cantando com sua filha e seu amando, tudo parecia perfeito, quando eles escutaram uivos, aproximando da cabana, onde estavam.

— Theo, eles nos encontraram?! — Ela preocupou sentindo seu corpo gelar.

— Calma amor, talvez não seja nada. — Ele levantou para verificar as janelas.

Outro uivo, sim eles estavam perto, os caçadores se aproximavam mais e mais deles, eles amavam uma boa caçar, chegava ser insanos. Os caçadores eram sempre compostos por uma guerreira, que comandava a tripulação, dois caçadores, uma arqueiro e dois lobos. Quando eles vão a procurar de algo, ou alguém, todos se separam e quando encontram eles uivam 'para avisar para os outros.

— Aba, você precisar fugi com nossa filha. — Theo avisou, pegando a criança que quase estava dormindo e colocou nos braços dela, ele pegou uma manta e colocou por cima da filha, que sorriu para ele.

— E você Theo? — Aba perguntou aflita.

— Nós encontramos em breve eu prometo. — Ele sussurrou. — Eu vou chamar a atenção para mim e despistar eles, e o tempo que você consegue ir o mais longe possível com nossa filha, sem olhar para trás.

— Por favor Theo, tome cuidado. — Ela disse chorando. — Prometa que não vai morrer?

— Prometo... E você sabe que nunca quebro uma promessa. — Ele confirmou a beijando. — Eu te amo.

— Eu também.

Mais um uivo se ouvia, entre as matas.

— Vai... Não olhe para trás. — Ele disse saindo da casa antes dela.

Uma risada assustadora a tirou dos seus devaneio.

— Princesa Aba, você é muito boa em se esconde.— Alguém confessou depois de um uivo.

Ela deu um grito assustado, se afastando do animal que se aproximou cautelosamente delas.

— Risthon... Pode fazer o que quiser comigo, mas deixe minha filha em paz.

OLHOS NEGROS ( Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora