DECISÕES DE UMA RAINHA

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Enfim a noite havia chegado, ela deixou escapa um longo suspiro extenuante, sentindo seu corpo esmorecer, abaixou a cabeça entre as mãos, encostando sua testa na parede gelada, para organizar seus pensamentos.

Ela encheu os pulmões e em seguida, expirou o ar lentamente, depois de fazer isso algumas vezes, olhou para a porta, deixou escapar um longo e exausto suspirou, passou a mão no vestido, ergueu a cabeça e voltou ao salão.

Uma agenda cheia, como diria Philipe.

Sua manhã não tinha sido nada fácil. Netuno era frio, e ela estava tentando se acostumar com o clima é o horário.

Seu dia começava às sete horas, contudo Carol, era acostumada a levantar as quatro horas da manhã, e esse hábito continuava a acompanhar, então esse momento para ela era  perfeito, porque podia  passa mais tempo ao lado do seu filho.

E o melhor momento do meu dia. Pensou sorrindo.

Depois quando todos do castelo começavam suas tarefas diárias a rainha, já estava de pé, arrumada, e tomado seu café da manhã, pronta para cumprir sua agenda, mas naquele dia seus horários estavam corridos, e a reunião era fechada para os cidadãos, o motivo era decidir como ficaria o país na ausência da rainha.

Que reunião tensa!

Após quatro horas intermináveis de discursão, sugestões, ninguém entrou em um acordo, e já sem paciência Carol, só queria terminar tudo aquilo e sai daquele escritório.

— Eu entendo vossa alteza, mas não podemos simplesmente espera-la...

— Senhor lorde Harris não sei o porque a preocupação, se esse lugar, ficou sem administração por anos, desde que meu avô adoeceu, e pelo que eu fiquei sabendo, Cristal ficou fechado, porque os senhores, não entraram em consenso de deixar o senhor Lucio governa.

— Ele não estava qualificado para tais atribuições. — O conselheiro Hills se intrometeu anotando algo. — Então tivemos que nos opor.

— Precisamos de alguém preparado para cuidar dos assuntos reais. — Outro disse, jogando indireta a rainha.

Claro é todos vocês são, preparadíssimos! Ela os encarou, e Philepe a olhou a encorajando, sentando duas cadeiras longe dela.

— Concordo senhor Gwis, por isso nosso país está nessa situação, nem um de nós está qualificado para essa função. — A rainha de olhos desafiador os fitou, e apenas um sorriso surgiu dentre aquelas pessoas que se encontravam ali, Philepe, seu braço direito. — Temos um país quebrado, mesmo sendo chamado Cristal... Cadê essa riqueza que me contaram? Ah também os cidadãos passam fome, o senhores sabem o que é ficar sem comer? — Ela esperou uma resposta, mas ninguém disse nada. — Claro que não, tem pessoas morrendo por ataques terrorista, é os senhores, preocupado com coisas superficiais, mas não se importam com quem realmente precisa da nossa ajudar... O povo.

Todos a encaram bravo, mas não ousaram retrucar, afinal corria sangue real em suas veias.

— Agora me deem licença, tenho um compromisso importante, a qual não posso falta. — Ela disse se levantando.

— Mas rainha, ainda temos muitos assuntos a tratar.

Tô nem ai, eu estou com fome, cansada e para ser sincera vocês só querem mostra que sabem mais... Guerra de ego, mas hoje não estou afim.

— Desculpa senhores, a rainha precisa mesmo ir. — Philepe avisou pegando suas coisa e a acompanhado para fora do escritório. — A senhora foi incrível rainha.

— Obrigada! — Ela disse em um pequeno sorriso, apressando seus passos. — E já te falei não me chame de senhora, quando tivermos sozinhos, você é mais velho dois anos. — Brincou.

OLHOS NEGROS ( Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora