Um... Dois... Três, era seus pensamentos junto com sua respiração fria, para se acalmar, seu coração estava acelerado, uma corrente elétrica passava por cada parte do seu corpo a arrepiando. Cautelosa e nervosa, ela fechou os seus olhos por alguns instantes, controlando sua respiração, abrindo os olhos e se virando para ao lado onde estava seu filho, dormindo tranquilamente perto de sua melhor e única amiga: Ana. Que segurava sua mão com força, tentando de alguma forma a conforta-la. Carol soltou sua mão da dela e suspirou, limpando suas mãos suadas no vestido vermelho de veludo sob medida, mostrando generosamente o colo, com decote alto em renda com contas de cristal por toda parte do vestido de mangas compridas feito de cetim quinceanera, com uma longa cauda e muito cumprido, e em sua cabeça uma linda tiara de flores enfeitando seus belos cachos penteado, com longas tranças e dreads que davam um aspecto descontraído e impactante, sua maquiagem mesmo simples e leve deram o aspecto de guerreira, ressaltando também os lábios e bochechas.
Ela fixou seus olhos castanhos ao portão que estava enfeitado por uma imagem de um animal estranho que parecia um leão, ela arqueou as sobrancelhas, tentando decifrar o significado, depois de um longo tempo sem desvendar, apenas suspirou mais uma vez, sentindo seu corpo gelado e tenso.
— Está pronta? — Ana perguntou segurando o buquê, tanto nervosa quanto ela.— O nosso filho está dormindo aqui no carrinho. — Ela falou mostrando um berço- carrinho de madeira puro e o mais caro de reino. — Quer se sentar um pouco? — Ana perguntou esperando quebra o silêncio, mas Carol apenas encarava a imagem pensativa.
— Eu estou bem mana, não se preocupar. — Disse sorrindo. — Eu preciso.— Ela abaixou para admira Ethan que dormia tranquilamente. — Eu te amo tanto. — Confessou depositando um beijo em suas mãos miúdas.
Você é a coisa mais preciosa que eu tenho filho, quero uma vida melhor para você. Ela pensou observando um sorriso nascer os lábios do recém-nascido. Eu não quero que nunca passe pelo que eu tiver que passar, que nada falte a você, que possar ser livre. Eu te amo filho, nunca imaginei senti isso que estou sentindo.
— Desculpa senhora, mas tudo está pronto. — Um rapaz avisou aparecendo pela porta.
— Obrigada... Me dê cinco minutos, já entro. — Pediu.
Ele concordou, as deixando sozinhas.
— Você não precisa casar...— Ana comentou em suspiros. — Ou pelo menos deveria ter essa opção, já que você é a neta legítima deles.
— Você tem razão.
Eu sou a princesa desse lugar, deveria ter autoridade para fazer o que eu quisesse, meus avós disseram que sou a única e legítima herdeira do trono, que acima de mim só Deus.... E futuramente será o Ethan, mas porque sinto que não é verdade, mesmo eles tentando me dar tanta certeza, eu preciso conquistar o povo desse lugar, preciso que os portões seja abertos. Será quanto tempo faz que os cidadãos não entram nas terras do castelo? Vamos viver com receio de sermos saqueados? Desrespeitados... Deveríamos entrar em um acordo, talvez eles só querem alguém que dê uma resposta, querem alimentos, alguém em quem confiar. Carol pensava escutando murmurinhos através do grande portão. Eles acreditam mesmo que devemos casar entre a gente para colocar ordem nesse país, as leis são tão ultrapassadas e enraizada, que eles não conseguem enxergar, que podem haver outras alternativas... Primeiro passo que devo fazer: obter a confiança do povo, através da minha sinceridade e respeito, não pera, devo primeiro pedir desculpas... Por culpa dos meus antepassados, muitas famílias perderam alguém naquela maldita guerra desnecessária... Dever ser por isso que eles me odeiam.
— Mas não estou preocupada com o casamento...
— Não?
— Não. Eu posso me separa depois... Tipo, como vou conseguir ergue esse lugar, como posso ajudar esse povo... São vidas Ana... Vidas que dependem das minhas decisões... E se eu erra? Mas pessoas podem morrer... Elas estão passando fome, e não faço ideia como mudar isso.— Carol sussurrou baixinho sentindo um nó na garganta. — Estou com medo de não ser uma boa princesa, uma... Boa mãe.
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OLHOS NEGROS ( Revisando)
FantasiDois anos depois de uma pandemia que quase dizimou a vida humana. Carol tentar viver uma vida normal desacreditada da humanidade. Uma menina sonhadora, tentando ser realista, Sua única família Dany sua irmã mais velha e tutora, desde que foram ab...