UM CONSELHO

491 42 0
                                    

De longe já se via o pequeno vilarejo mais próximo do castelo, depois de quase três horas de cavalgada, se avistava algumas crianças correndo brincando perto de uma fogueira. Lucio segurou firme mais uma vez na cintura da rainha, deixando seus corpos mais colados dessa vez, ela apenas sorriu, batendo seus pés de leve esperando o cavalo galopar na direção de a estrada de terra íngreme, e suas casas construídas em pedra e tijolo, com estruturas de madeira, com seus tetos cobertos de telhas e ardósia surgiam diante deles.

Eles contornaram a curva, e Carol pode observar que o local era barulhentos, escuras e sujas , eram compostas por um conjunto de bairros e praças cercadas por enormes muros de pedra, e que algumas casa que pareciam abandonadas, queimadas, não aparentava está em boas condições, bem diferentes das casas que ficava dentro dos muros do castelo.

— Viva... — Um bêbado gritava perto de taberna. — Viva a rainha suicida.

— Cala boca Jofre, aquela rainha não merece nem mesmo ser pronunciada. — Gritou uma jovem brava, pegando uma criança em seu colo. —O que ela fez por nós?

— Rainha... Rainha suicida, a que se importa com alguns, e não ligar para os mais pobres... Viva. — Sem se importa com os sermões, ele continuou cantando, enquanto tomava sua bebida na boca da garrafa.

— Acho que as pessoas daqui não são muito meus fãs. — Carol sussurrou.

— Não se preocupe, ninguém vai te machucar. Além que estamos aqui disfarçado, estou aqui.

O problema não era esse, ela não estava com medo, uma parte dela estava se sentindo culpada por aquele lugar se encontrar destruindo.

Esse vilarejo parece que foi abandonado há anos, de longe da torre do castelo, a floresta camufla esse lugar, dando a impressão que está tudo bem, mas não... Olhar para isso. Ela se questionou analisando as pessoas que os encaravam curiosos. Tudo está um caos, e eu não sabia. O coração dela se despedaçou. Carol sempre quis conhecer essa parte do reino, mas tudo que imaginou parecia uma ilusão do que havia contado a ela.

— Estamos chegando. — Lucio avisou descendo do cavalo, e indo a ajudar. — Não sabia que era boa cavalgando! — Disse em um sorriso lascivo.

Ela riu, amarrando as correias do cavalo no tronco de um poço.

Não acredito que entendi o que ele quis dizer.

— Então eu vou ter uma marca dessa, depois que voltar de júpiter?! - Ela disse passando os dedos no pulso nu de Lúcio, mudando de assunto.

— Sim, isso é um código de identificação que todos aqui temos. — Ele disse arrumando um mecha dos cachos dela, que caia em seus olhos, os colocando atrás da orelha. — É parecido... — Ele pensou tentando explicar. — Com o CPF do seu país... A diferença é que esse código e nosso único documento, carregamos todas nossas informações apenas aqui. — Ele apontou para o próprio pulso.

— Entendi... No meu país... Brasil, muitas pessoas tem medo desse tal de chip... — Ela comentou admirando a pequena marca, que parecia com código de barras.

— Eu acho pratico, não precisamos levar papéis, e só passar o pulso e você já tem acesso a qualquer coisa.

Por que nunca tinha visto isso antes... Como sou desligada das coisas.

— Vamos? — Ele a chamou segurando sua mão.

— Espera!

— O que foi?

— Eu ainda não tenho esse negócio de identificação...

— Verdade, você terá quando volta dos estudo. — Ele garantiu. — E o Ethan ganhara também com sua voltar os tornando de verdade de Cristal.

OLHOS NEGROS ( Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora