No vasto salão, as vozes e risos preenchiam o ar, mas dentro de Carol, uma mistura de curiosidade e apreensão fervilhava.
Ela caminhava à procura da única pessoa que confiava, enquanto observava o contraste entre o ambiente medieval e os toques modernos, seus pensamentos mergulhavam nas profundezas de sua mente, onde a incerteza sobre o propósito daquele encontro e a busca pela verdade sobre seu pai a consumiam.
Os barulhos das gargalhadas e conversas ecoavam entre as paredes, iluminadas por candelabros de ferro forjado que pendiam do teto abobadado.
Com um mapa na mão, ela procurava por Ana, atraída pela risada inconfundível da amiga.
Ela notou o contraste entre a atmosfera medieval do salão e os toques modernos que o adornavam. Mesas de madeira maciça se estendiam em um semicírculo, enquanto um palco elevado estava ladeado por mesas elegantes, como se fossem reservadas para a realeza.
Aqui é lindo, parece que saiu de livros de conto de fadas.
Ao se aproximar, cumprimentou-a com um sorriso.
— Mana, você veio?! Ana exclamou, levantando-se para abraçá-la. — Sente-se aqui ao meu lado. — Convidou Ana.
— Não tive muitas opções, não é mesmo?— Carol respondeu sarcasticamente.
Ana, percebendo o sarcasmo da amiga, zombou:
— Vejo que está melhor.—
Ao lado de Ana, uma moça de longos cabelos vermelhos se juntava à diversão, e Carol, ao sentar-se, admirava os detalhes do ambiente. — Que bom que você estar aqui, senti muito sua falta.As conversas fluíam animadas, mas sua mente estava ocupada com pensamentos sobre o propósito daquele lugar e o que sabiam sobre seu pai.
— Você parece feliz. — Ela disse, puxando assunto.
— É... eu estou... Eles estão dando tantas oportunidades para a gente.— Ana se aproximou de Carol animada. — Minha mãe conseguiu um ótimo emprego. Eu fiquei sabendo, que está tudo indo bem para ela ...— Ana confidenciou timidamente. — Ela vai conseguir pagar a faculdade e pode se tornar médica agora.
Enquanto Ana compartilhava notícias animadoras sobre sua mãe, Carol lutava para se envolver plenamente na conversa, sua mente estava ocupada com preocupações mais sombrias sobre o propósito daquele lugar, e porque ela havia sido arrastada para aquele mundo ao qual não queria participar.
— Sério, Ana? Nossa! Isso é incrível.— Carol abraçou Ana empolgada.
— Acredito que as coisas vão melhorar. — Ana compartilhava notícias animadoras sobre sua mãe e as oportunidades oferecidas por aqueles que as acolheram.
— Vejo também que está animada com toda essa situação.— Carol tentou puxar assunto, desviar seus pensamentos.
— É, eu estou. Eles estão dando tantas oportunidades para a gente.—Respondeu Ana animada. — Só de imaginar que minha mãe pode realizar o sonho dela já me deixa aliviada.
— Fico muito feliz, ela merece. — Carol falou com um sorriso genuíno.
— Sei que você não está contente..., mas Carol, eles estão realmente nos ajudando. Eles não são maus como imaginávamos. —
Ana esperou que Carol discordasse, mas ela apenas virou e pegou um copo cheio de suco de morango e bebeu silenciosamente, parecendo perdida em seus pensamentos.Não sei se eles são maus, mas tenho que descobrir o que eles sabem sobre meu pai, e porque estou aqui. Carol pensou enquanto comia um pedaço de bolo. Não sinto medo deles, isso é engraçado, só sinto um enorme receio... Que estranho!
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OLHOS NEGROS ( Revisando)
FantasyDois anos depois de uma pandemia que quase dizimou a vida humana. Carol tentar viver uma vida normal desacreditada da humanidade. Uma menina sonhadora, tentando ser realista, Sua única família Dany sua irmã mais velha e tutora, desde que foram ab...