PRAZER SOU KATHARINE

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Bry estacionou lentamente, o carro ao chão da floresta.  Lúcio não esperou muito e se  apressou para ajudar a dama que estava ao seu lado, mas Philipe foi astuto, e já se encontrava na frente da porta do carro, mas Carol já não se encontrava perto deles. Lá estava ela em cima de um penhasco, uma silhueta bela e delicada, fascinada pelo cenário, o encantador vilarejo mesmo de longe parecia ter saído dos livros de contos de fada. O país considerado o menor de Netuno, parecia o mais belo para Carol, mesmo ela não tendo conhecido os outros ainda.

Aqui é tão maravilhoso.

Ela observou de longe que no topo de uma montanha tinhas algumas casinhas que se misturavam e se confundia com as pedras. Carol não havia saído do castelo ainda, era sua primeira vez fora dos portões do palácio, o que ela sabia do local, era apenas o  que as pessoas contaram a ela.

As moradias aqui ainda são medievais. As casas são construídas em pedra ou tijolo, com estruturas de madeira. Os seus tetos cobertos de telhas ou ardósia. Os moradores mais ricos viviam em edifícios de dois ou três andares, enquanto os plebeus viviam em casas térreas. Ela lembrava sentindo se observada.

Lúcio ou o Philipe?

Ela não se importou seus olhos foram atraindo ao céu tingido pelas cores do crepúsculo, com os raios flamejantes do sol do fim de tarde

— Senhor Lucio, vou deixá-los aqui, o vento está muito forte para tentar ir até o local da cachoeira.

— Oi? — Lucio disse saindo do encantamento, ele estava admirado a mulher que o chamava atenção mesmo contra sua vontade. — Obrigado Bry. Nós iremos daqui a pé, não é muito longe.

— Certo, ficarei esperando aqui.

Ele concorda e se aproximou de Carol que descia meia desajeitada. Lucio soltou uma risada e disse:

— Se incomoda de ir caminhando?

— Não. — Ela respondeu. — Vamos ?

Ele sorriu e acenar para que Philipe os acompanhe.

— Desculpa fazer você andar...

— Não se preocupar comigo. Estou bem... Só intrigada. — Ela mencionou observando que seu assistente os acompanhava alguns metros atrás deles. — Os empregados do reino sempre pedem a sua permissão. E fiquei pensando, será que algum dia vão confiar em mim?

Lúcio mostrou um sorriso pensativo.

— Não acho que eles não confiem em você, apenas estão te conhecendo... dê um tempo para eles, tenho certeza que todos vão reconhecer a mulher maravilhosa que você é. — Brincou a olhando de lado.

Carol bufou sorrindo.

— Tão galanteador.

— Eu tento. — Divertiu parando de frente para ela, a surpreendendo. — Espera. Tenho algo para você.

— O quê?

Lúcio colocou a mão no bolso e pegou uma caixinha de joias e abriu, tirando um colar com um pingente de borboleta.

— Esse colar com Pingente de Borboleta branca, a mais raras de Netuno, folheada pela prata forjada das montanhas...

— Por que está me dando isso? — Desconfiada perguntou o encarando.

— Esse colar é um trasmofo. Ele consegue mudar a aparência de qualquer ser vivo, pelo que ele quiser, mas não podemos usar em Netuno. — Avisou segurando os cachos de Carol, para colocar o colar em seu pescoço.

Um pouco acanhada Carol sentiu seu corpo estremece. Lúcio nunca havia se aproximando dela daquela maneira. E isso a deixou confusa e sem graça.

— Bom Lúcio, se não pode usar aqui, porque me deu então?

OLHOS NEGROS ( Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora