OLHOS NEGROS ( Revisando)

UM NOVO AMIGO

 — Você ficou doido?

— Eu não tinha percebido que era o frasco errado.

— Isso foi grave Erick, o projetor de memória usada duas vezes, pode afetar permanentemente as lembranças dessa garota.

— Desculpe, pensei mesmo que era o frasco para fazê-la dormir.

— O erro foi meu de deixar você resolver algo tão simples.

— Sinto muito, ela vai melhorar?

— O dr. Edson estar fazendo o possível para limpar os fragmentos deixado na mente dela, ela vai sofrer alguns efeitos colaterais por um tempo, então não podemos deixa-la ir embora, até checarmos que tudo esteja ok.

— Mas espere... senhora Haion, eu só usei, uma vez o frasco nela.

Carol colocou o pente sobre a mesa, fitando a imagem em sua frente do espelho. Isso foi um sonho? Esse momento tem passado todos os dias pela minha cabeça, não é possível que não seja real. Do que eles estavam falando?

Ela foi despertada dos seus pensamentos, pelo som das batidas na porta.

— Pode entrar.

— Licença você está pronta? — Era seu novo amigo, Et. Daniel, que entrou no quarto, com um belo sorriso nos lábios, sexy, que deixava Carol ansiosa.

— Sim. — Carol afirmou se levantado, ela estava se sentindo bem, seu rosto corado, seus lábios pintados de vermelho cabelos soltos. Vestia um lindo vestido azul, com um pequeno decote v e uma sapatilha.

— Vamos Daniel, estou pronta para minha primeira entrevista.

Daniel estudou-a em silêncio por alguns instantes, notando os belos cachos, soltos, os olhos castanhos, os traços delicados.

— Você está linda. — Daniel declarou a encarando.

— Obrigada. — Carol agradeceu ficando vermelha.

— Você está mesmo bem? — Daniel perguntava vendo as bochechas dela corarem.

— Sim. Daniel eu estou bem. Não se preocupe. — Carol respondeu balançando a cabeça rindo. — Você e a Ana tem me deixando doida com tanta preocupação.

Eles se tornaram inseparável, desde que ela desmaiou em seus braços. Ele vinha todos os dias busca-la, para as aulas e os jantares. Daniel sempre sentava quando estava desocupado, algo que parecia ser sempre ao seu lado na mesa, o que deixava todas as eufóricas. Menos a Carol, que já estava acostumando com a presença dele, ao seu lado.

— Fico feliz que tenhamos nos tornados amigos. — Daniel confessou se aproximando dela, que o encarava com um sorriso tímido. Ele institivamente arrumou uma mecha do cabelo dela, que estava caída tampando seus olhos, colocando atrás da orelha.

— Você está muito linda...

— Você já falou isso. — Ela rebateu rindo, mas por dentro sentia seu corpo estremecer com essas palavras, suas bochechas estavam quentes. Ela estava chocada, pela maneira que seu corpo estava reagindo na presença de Daniel.

Será que estou tendo outra recaída?

— Sério? — Ele perguntou a encarando. Observando – a, atentamente.

Incapaz de se conter, Daniel deixou que seus olhos fossem atraídos para o rosto de Carol, que o encarava timidamente. Seu olhar era ansioso e ardente, discretamente sua atenção ia sendo atraído paras os belos lábios carnudos, pintados, que estavam sendo mordidos, inocentemente.

Sem graça, ela se afastou.

— Vamos estou atrasada. — Ela Falou abaixando os olhos. Não estava conseguindo o encarar. Ela estava sentindo um calafrio percorrer sua espinha.