ARREPENDIMENTOS?

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— Claro mãe, vou ficar em meus aposentos, não pretendo participar de reunião nenhuma. Ele entrou no quarto e tirou a camisa jogando-a na cama. — Três dias é muito não achar? — Ele esperou a resposta e prosseguiu:

— Não... Prefiro ficar recluso como todas as meninas. Não se preocupe... Boa dia.

A partir desse momento, todas as portas se fecharam por 72 horas, tudo que precisarem, já está disponível em seus quartos, comida, banheiro, uma televisão, rádio, jogos e uma janela. O quarto de todos já é habitado para essa situação. Quando a reunião acabar com os visitantes, automaticamente as portas serão abertas, não se preocupe, qualquer coisa que precisarem  estaremos a disposição 24 horas, obrigada pela compreensão. — Um voz robótica comunicou fechando as portas.

Rian pegou uma toalha e foi até o banheiro para um banho, quando foi pego desprevino com uma escova voando, acertando sua cabeça.

— Seu imbecil, como ousa me deixar presa nesse maldito quarto? — Carol saiu do banheiro o atacando, com socos.

— Ei... Você bater forte hein. — Ele brincou, segurando seu pulso devagar.

— Eu te odeio, sabia? — Ela fungou limpando suas lágrimas.

— Por que está chorando? — Ele notou a encarando preocupado.

Ele havia demorado apenas 20 minutos, ele sabia que tinha esquecido algo, mas não sabia que era ela. Ele viu que ela estava com os olhos vermelhos.

— Me desculpe, eu pensei que você tinha ido embora, quando eu sai... Eu esqueci que tinha trancado a porta.

Num gesto instintivo, ela o enlaçou pela cintura e fechou os olhos, entregando-se ao prazer provocado pelo contato. E então, com a mesma sutileza que começara, o beijo terminou.

Rian recuou um passo, e Carol encarou-o.

— Opa, o que está fazendo?

— Você não quer? — Ela bufou o encarando incrédula.

— Não é que não queira, você parece está fragilizada, não quero me aproveitar dessa situação. — Ele irritou -se com a pergunta. — O que aconteceu? Foi porque te deixei aqui?

— Quem disse que estaria se aproveitando de mim?

— Você age sempre por impulso? — Ele perguntou serio.

— É você sempre é um bom moço ou se faz?

— O que você quer com isso?

— Que você me leve para cama é cala a boca.

— Eita, que mudança de personalidade repentina.

Ele a encarou incrédulo, Rian limitou-se a enca­rá-la sem dizer nada. Um segundo. Dois. Três. Final­mente a voz soou baixa e perigosamente fria.

— Eu não vou fazer isso...

— Ok, eu vi que você não é homem suficiente para isso! — Ela zombou se jogando na cama.

— O que? Você não deveria ter dito isso. — Ele se jogou em cima dela, e a beijou avidamente.

— Sei... Que vamos nos arrepender depois. — Ele sussurrou entre os beijos.

— Amanha é outro dia. — Ela disse se afastando dele, para tirar o vestido.

Ele a beijou novamente. Uma das mãos acariciava suas costas nuas, provocando um prazer tão intenso que Carol sentia a cabeça girar. Ousada, pressionou os seios nus contra o peito musculoso, certa de que em breve perderia o pouco controle que ainda conseguia manter.

OLHOS NEGROS ( Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora