A Filha Do Kazekage| Kawaki

Capítulo 2- Entendi, sou mestiça

Autora P.O.V

-Encontrou alguma coisa que pudesse fazer sentido?- Gaara perguntou para Kyoshi. Ele estava na sua mesa olhando sua esposa.
-Negativo. Eles devem ter saído daquele lugar, e sem deixar vestígios.- Kyoshi disse colocando a mão em seu olho e se apoiando na mesa do ruivo. Ele se levantou e foi até ela.
-Me desculpe ter te mandado pra lá de novo. Usar o Rinnegan quando se está grávida não é uma boa.- Ele disse segurando sua mão. Ela o olhou.
-Eu sei. E eu tive de usar a "Ligação de choque" para encontrar nossos bebês.- Ela disse passando a mão em sua nuca levemente.
-Se eu pego esses caras que sequestraram eles...- Gaara disse cerrando os punhos.
-Eu que o diga. Kirari e Kyo já despertaram.- Ela disse olhando o maior.
-Despertaram a marca?- Gaara disse.
-Sim. E Kyo tem o Sharingan.- Ela disse.
-Sharingan...Entendo. Deve ter sido muito assustador pra eles.- O ruivo disse. A morena concordou e se aproximou dele. Escorou a cabeça em seu ombro triste pelo que aconteceu com seus filhos. Ainda estava grávida, não poderia se esforçar muito que perderia suas forças. Mal conseguiu sair pra ir os salvar sem cansar.
-Vá pra casa e descanse. Fique com eles e tente os acalmar.- Ele disse e beijou a testa dela. -Não vou demorar pra ir pra casa hoje.
-Está bem. Até depois.- Ela disse e saiu da sala.

Chegou em casa e viu seu pai dando doce pros dois. Ela se aproximou deles.

-Mama.- Kyo disse olhando ela. Ele limpou a boca suja de chocolate. Kyoshi sorriu levemente para eles.
-Mama, você encontrou o menino?- Kirari perguntou após comer um pedaço da barra de chocolate. Kyoshi suspirou olhando ela.
-Quando eu voltei, não tinha mais ninguém lá. Eu sinto muito.- Ela disse. Kirari ficou calada após isso. O homem olhou a morena e se levantou da mesa.
-Kyoshi, vamos conversar.- Ele disse.
-Fiquem aí, eu venho já aqui.- Ela disse e foi até o pai. Eles ficaram na sala e se sentaram no sofá.
-Eles estão com a marca?- Ele perguntou.
-Sim. Eu só consegui achar eles por causa dela. Eles despertaram ela lá, e o Kyo também despertou o Sharingan. E eu também creio que Kirari tenha despertado o grito Batsubami.- Ela disse.
-Eu entendo. Precisa ter cuidado em dobro com eles. Depois que desperta isso, a vida vira um verdadeiro inferno. Você sabe disso.
-Sim, eu sei. Mas não deixarei que meu outro filho desperte também.- Ela disse tocando sua barriga.
-Não sabia que estava grávida.- Ele disse. Ela o olhou no mesmo instante. Ela sorriu de lado.
-Eu ia contar depois, Otousan. Mas faz uma semana que eu descobri.
-Tsk. Você e o Gaara são como dois coelhos. Daqui a pouco, essa casa vira uma creche.- Ele disse fazendo ela rir sem graça.

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-Mama...Corta meu cabelo?- Kirari pede para Kyoshi.
-Ah, sim. Sente aqui.- Kyoshi disse e puxou uma cadeira para ela se sentar. A ruiva se sentou e sentiu sua mãe pentear seus cabelos antes. -Quer que eu tire só as pontinhas?
-Não. Eu quero que mude o tamanho.- Ela disse. Kyoshi ficou um pouco surpresa. Kirari gostava de seu cabelo grande. Mas se ela queria, ela faria. Pegou uma tesoura e começou a cortar seu cabelo.
-Mama...O que...O que aconteceu comigo e com o Nii-chan?- Ela pergunta.
-Como assim?- Kyoshi questiona.
-Eu e o Nii-chan estamos com uma marca estranha. Eu tô com uma no meu ombro, ele no pulso.- Ela disse mostrando. Kyoshi já tinha visto, logo ela suspirou.
-Kyo, vem cá!- Ela chamou o ruivo e ele se aproximou. -Tenho uma coisa importante pra falar com vocês dois.- Ela disse. Os dois ouviram ela.
-Essa marca que está no corpo de vocês, é algo de família. Eu e o seu avô também temos. As pessoas da nossa família que tem isso são chamados de "mestiços", mas somente quem for do clã Batsubami.

Kirari estreitou os olhos. Lembrou de que o tal Jigen mencionou que eles eram mestiços.

-Agora que vocês tem, precisam esconder ela. As pessoas não podem ver, porque só é coisa da nossa família. Se outras pessoas virem, podem querer fazer o mal. E eu não quero isso. Então evitem mostrar, certo?- Ela disse.
-Sim, Mama.- Eles disseram. Kyo levantou a manga da sua blusa e olhou sua marca no pulso. Logo depois, olhou sua irmã. O olhar dela estava diferente. Completamente diferente. Ele estranhou um pouco. Geralmente ela ria com qualquer bobeira. Ou se emburrava com qualquer coisa. Mas seu olhar estava cerrado, não parecia como o de antes. Ela apenas parecia pensativa demais. Era o que ele queria acreditar.