A Filha Do Kazekage| Kawaki

Capítulo 45- Heróis também despencam

Kirari P.O.V

Heróis.

Eles também despencam.

E as vezes, eles não conseguem levantar tão cedo.

Outros se erguem com ajuda.

E alguns nunca mais levantam. Mas são eternamente lembrados com esse mesmo título. Heróis.

Depois que eu retornei pra casa, a minha rotina havia mudado um pouco. Mas nada muito fora do normal.

Eu ainda estava em treinamento, e não iria realizar tantas missões por um tempo. Meu irmão e o Ashido-Kun também. Já que éramos do mesmo time. Apenas o Tadashi-Sensei que ainda saía em missões. Ele como um Jonnin de Elite de Suna não poderia simplesmente parar. Ainda mais, que ele também tentava investigar mais sobre a nossa linhagem de mestiços, que nem mesmo a gente conhecia direito.

Ficávamos treinando sempre. Devo dizer que pudemos aprender muito com aquele tremendo treinamento com nossos pais, o nosso Sensei e o Ojii-chan.

Houveram vezes que eu pude ir pra Konoha ver o Kawaki. Eu era sempre acompanhada pelo meu irmão e o Ashido.

O Kawaki continuou me enviando cartas, como combinamos, as vezes ele mandavam mensagens pelo Tablet de Boruto, mas as vezes saia tudo errado e ele tinha raiva. E ele estava bem. Relativamente. O Boruto também. Não havia mostrado indícios do Momoshiki ter retornado.

E nem eu sentia sua presença. Por um tempo, achei uma maravilha isso. Eu estava feliz sabendo que eles estavam bem. Tanto, que me esqueci de mim mesma.

Os meses se passaram, e já estava perto da minha mãe dar à luz ao meu irmão. Sim, um menino. Foi um tremendo choque pra mim saber que teria mais um irmão, tanto que nem comentei dele no primeiro momento. Mas daqui em diante, ele vai aparecer na história.

Continuando...

Os pesadelos que eu tinha se tornavam cada vez mais frequentes. Eu não conseguia nem cochilar sem ter um mísero pesadelo. E todos sempre tinham o mesmo fim. Morte.

Mas esse foi o menor dos meus problemas que apareceram.

Até porquê, como eu disse antes... Os heróis também despencam.

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Autora P.O.V

-Tadashi, como as crianças tem ido nos treinos com você e o Otousan?- Kyoshi perguntou olhando o irmão.

-Eles estão indo muito bem. Apesar de terem ficado surpresos com esse treinamento repentino, eles têm se esforçando muito.- Ele disse tomando um gole de chá.

-Ahh... Que bom. Eles precisam se esforçar mesmo. Nada do que vai acontecer é bom. Eu sei disso.- Ela disse.
-Teve alguma visão?- O Hanzuko perguntou.
-Sim, eu tive. Já fazem anos, mas ainda não consigo me lembrar do que aconteceu nela.- Kyoshi disse suspirando.
-Hum...- Ele murmurou. -Talvez devêssemos tentar descobrir mais sobre a marca Konketsu. E então, talvez conseguiríamos uma forma de te fazer relembrar esta visão.- Tadashi disse.
-É. Mas... Eu não sei como. O Otousan disse que vive fuçando as coisas da Haru-obaasan para ver se encontra algo relevante.
-Haru-obaasan. Ela era a anciã do clã. Uma mulher muito sábia e com conhecimento de tanta coisa. Mas ela não era mestiça, até onde sabemos. Mas... Será que ela sabia algo sobre os Konketsu?- O Hanzuko falou.
-Não sei. Mas segundo o homem que traiu a Kara, o Amado, os Konketsu eram Ootsutsuki. Eles deserdaram do clã pelo que sofriam nas mãos deles. Assim que chegaram na Terra, eles criaram poderes incríveis. E de um oceano de poder... Nós sabemos apenas uma gota.- Ela falou baixo a última parte. Suspirou pesadamente.
-Tadashi.- Ele a olhou.
-Nee-chan...
-Se algo acontecer comigo... Não deixe que as crianças fiquem fazendo besteira.- Ela disse.
-Uh? O que está dizendo? Você é dura como pedra.- Ele disse.
-Mas talvez... Eles saibam como quebrar pedras.- Ela disse. O rapaz estreitou os olhos por sua fala.
-Tsk. Fala sério?! Você está esperando o quinto filho que já tá pra nascer. Não tem como você- Ela mandava um olhar bastante comunicativo para ele, e ao mesmo tempo, inquieto. Preocupou-se na mesma hora.
-Sim, eu irei cuidar deles. Mas eu sei que nada vai acontecer com você, Nee-chan.- Falou convicto.
-Humpf...- Kyoshi olhou para um vaso de flores em sua frente. Hortências azuis e vermelhas. Elas voaram de forma leve pelo vento que bateu da janela aberta. -Eu também desejo isso...- Ela falou baixo tocando sua barriga e acariciando.