Capítulo quatro

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— Tem certeza? — Milene perguntou, pela milésima vez

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— Tem certeza? — Milene perguntou, pela milésima vez.

— Sim, foi só um mal jeito. Nada que um carão não disfarce — sorri, convencendo-a.

Como todas as outras pessoas que não faziam parte da organização do evento, ela se afastou me deixando sozinha com as outras modelos que esperavam suas hora de entrar em cena.

Arthur passou do meu lado, me oferendo um sorriso de lado que não foi retribuído, ao contrário do que pensei, isso fez ele sorrir ainda mais e desviar o olhar para frente seguindo o organizador de eventos que o colocou bem próximo o a entrada da passarela. Ele vestia um terno azul marinho que lhe caiu muito bem, seu cabelo estava no mesmo penteado de mais cedo e nas suas costas ele carregava um violão com um desenho já desgastado mas, que ainda para entender; era o sol e a lua e ambos se completavam. 

As luzes piscaram, avisando que o evento iria começar. Arthur foi instruído a andar pela passarela e ficar no lugar marcado e assim fez, sendo recebidos por aplausos calorosos. Depois de segundos em silencio a primeira nota foi ouvida, seguida por outras formando uma linda melodia. O cantor cantou sozinho por alguns instantes e cada vez mais a musica ficava ainda mais animada e enfim, a entrada das modelos foram autorizadas quando a primeira batida mais grave e agitada suou e as luzes piscaram no ritmo.

Chole foi a primeira a entrar, era a mais velha de nós e estava com a marca desde os primeiros desfiles. Fechei os olhos me concentrando e quando eu menos esperei já era minha hora de entrar.

Reprimi a careta de dor que senti quando forcei meu pé no chão, isso ficaria inchado pela manhã. 

E como era todas as vezes que eu entrava em cena, senti meu mundo se iluminar e não de flashes e sim da felicidade e da alegria de ter um sonho realizado. Por muitos anos eu sonhei em dar uma vida melhor aos meus pais, que nunca tiveram uma vida luxuosa. Longe disso, nós viviamos em uma casinha no pior bairro de Nova York e a maioria de nossas refeições eram baseadas em ovos. Muitas vezes já vi eles largarem de comer apenas para me ver de barriga cheia e mesmo sendo uma criança, isso quebrava meu coração.

Com dez anos consegui participei do meu primeiro desfile, foi a coisa mais aleatória que já tinha feito em minha vida e ao mesmo tempo a coisa mais emocionante. No principio, eram só flores apesar de eu não ganhar nem cinquenta dólares,no entanto, quando ele chegou minha vida virou um inferno mas eu aceitei sua proposta pois era uma ingênua que queria apenas ajudar os pais com as despesas.

O barulho das palmas fizeram um sorriso singelo surgir no canto da minha boca, toda a atenção para mim como eu nunca imaginei que teria. Eu estava me esforçando para continuar em pé, equilibrando o arco que estava nas minhas costas e os panos que voavam na medida que eu andava. Olhei para Arthur que jogou o violão nas costas oferecendo a mão a mim quando me aproximei.

Agarrei-a encontrando um ponto de equilíbrio com sua ajuda, percebendo isso, Mazza continuou cantando e me acompanhou até o final da passarela — o que não era fora das regras — sorri para a câmera já acostumada com tanta luz e dei as costas ainda segurando a mão de Arthur que segurava-a com força. A plateia gritou com a piscadela que ele me lançou votando a onde estava inicialmente deixando-me andar sozinha até onde as outros modelos estavam.

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