Capítulo seis

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— Cadê o bebê da mamãe? — falei, assim que cheguei na casa de meus pais que também era a minha

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— Cadê o bebê da mamãe? — falei, assim que cheguei na casa de meus pais que também era a minha.

Cadu, meu gatinho preto e branco — que resgatei da enchorrada quando estava em Paris —  veio em minha direção miando e passando seu pelo macios em minhas pernas. Peguei-o no colo afagando seu pelo. Geralmente, eu o levava para as viagens quando era longas mas nesse caso que era apenas dois dias eu o deixava em casa com meus pais, em Seattle.

Meus pais logo apareceram na porta, o casal de meia idade me encararam com um sorriso. Meu pai, Grayson vestia seu pijama vermelho que ele amava; infelizmente, ele já não tinha tanto cabelo mas eu negava sua beleza. Minha mãe, Miranda ao contrário de seu marido amava andar sempre arrumada e elegante.

Com Cadu ainda no colo, me aproximei deles sendo recebida pelo abraço dos dois. Que pareciam que não viam a mais de meses e não dias.

— Ah! Estava tão linda — Miranda disse, sorrindo grande.

— Aquela roupa era estranha — gargalhei, meu pai era uma peça.

Nós quatro entramos em casa e eles logo me mimaram deixando-me descansar e cuidaram do meu tornozelo. Minha mãe, quase morria quando me machucava e meu pai achava que seu gel que comprou na promoção na farmácia iria resolver qualquer coisa. Eu amava aqueles dois mais que tudo, o jeito que falavam de mim como se eu fosse um super estrela de Hollywood era a coisa que eu mais gostava de meu trabalho.

Eles não sabem o que eu passei pela infância, por mim, nunca saberiam. Eu fiz tudo por eles e nunca quis preocupa-los ainda mais quando eu via a satisfação de poderem fazer uma refeição digna e com todos os nutrientes necessários.

Já se passava das cinco da tarde, estava no jardim olhando Cadu rolar na grama de um lado para o outro, brincando.

Gray, como gostava de ser chamado por terceiros se sentou ao meu lado em sua cadeira de balanço em silêncio. Mas, eu o conhecia o suficiente que ele estava quase explodindo para falar alguma coisa.

— Pode falar, pai. Vai fundo — ele soltou o ar pela boca virando-se para mim com um sorrisão.

Fechei o livro que estava em minhas mãos e coloquei na mesinha redonda a minha frente.

— Que homão é aquele? — gargalhei.

— O cantor?

— E tem outro? — revirei os olhos — Não vire os olhos para mim, mocinha. Mas, me conta o que rolou?

— Só uma notícia falsa, pai. Um paparazzi que não tinha nada para fazer distorceu a história e publicou — dei de ombros.

— Ah mas para ele ter distorcido uma história, alguma coisa de diferente deve ter acontecido — colocou a mão no queixo — Ou você agora conversa com as pessoas quase engolindo a cabeça delas?

— Não exagere, não estávamos tão próximos assim. Arthur só estava me ajudando, por causa do tornozelo.

— Que seja, eu senti química — deu de ombros.

— Pai!

— Estão falando sobre o cantor bonitão? — minha mãe apareceu, segurando uma bandeja com três chicaras de chás.

— Ele mesmo. Estava dizendo a Meg que eles tinham química — coloquei a mão no rosto.

— Ah isso é verdade, filha — não respondi, apenas dei um gole no chá voltando a atenção para meu gato que agira estava deitado tomando sol.

— Poxa, filha, entendo você querer trabalhar e ter sua carreira mas não quer ter sua família e nos dar netos?

— Netos além do gato — lembrou meu pai, fazendo-me sorrir.

— Estou nova, mãe. Não devo me preocupar com isso agora.

Menti. A verdade era que a ideia de me juntar com alguém que não conhecia me parecia um jogo de azar, nunca dá pra saber quem é que está do se lado de verdade. Tinha medo; Um medo que no fundo eu tinha vontade de me arriscar.

No entanto, a insegurança de viver aquele pesadelo de novo era o suficiente para aquele desejo não passar de um sonho distante e que nunca aconteceria.

Os dois mudaram de assunto, o que me fez agradecer mentalmente. Eu era bem aberta com meus pais, sabia bem disfarçar uma mentira para não aborrece-los. Apesar de saber que eles me apoiariam em tudo o que eu dissesse, concordando ou não.

Quando já estava de noite, com a lua e as estrelas iluminado o quintal nós todos fomos para dentro prepararmos para dormir. Como eles dois tinham problemas de saúde, quando compramos a casa escolhemos por uma casa apenas de um andar sem escadas para facilitar a locomoção deles. Meu quarto era o último do corredor, a fim de cada um ter sua privacidade.

Depois de um banho relaxante, me deitei na cama vendo minha agenda online que Milene tinha progamado para mim. Ela morava em San Diego, em um apartamento sozinha. Segundo ela, gostava da calmaria e da companhia de suas plantinhas.

Já fazia um ano e meio que eu não parava por muito tempo, sempre fotografando ou desfilando em grandes eventos por isso, as duas semanas no final de setembro me chamaram a atenção. Iria para o Brasil, fotografar para uma marca de biquinis no Rio de Janeiro. Apenas, nada mais. Nenhum desfile em meio a correria e nem mesmo marketing digital para empresas onlines.

Fui rápida em ligar para Mili, que rápido em atendeu.

— Duas semanas atoa? — perguntei.

— Não exatamente, vamos para o Brasil fotografar para Areia&Mar — revirei os olhos jogando-me na cama — Meggie, isso é trabalho. Não é como estivesse de férias.

— Eu sei — murmurei.

— Ah! E já marquei sua presença na festa comemorativa da La Belle. Seria uma falta de educação não ir.

— Hum — falei, sem graça.

— Você é uma chata, sabia?

— Sim, você me diz isso todos os dias — ela riu.

Conversamos mais um pouco. Mili me disse que ganhei alguns seguidores depois do desfile e que isso foi um avanço já que eu tinha perdido alguns há alguns meses atrás por falta de conteúdo.

— Você poderia postar seus desenhos. Seria um ótimo conteúdo — sugeriu.

— Não sei se seria uma boa ideia. É apenas um hobbie, nada demais as pessoas gostam de ver coisas mais interessantes.

— Vou tentar pensar em outra coisa, prometo — sorri.

Nos despedimos e eu fui encontrar meus pais na sala da televisão onde assistiam um filme preto em branco de romance. Me aconcheguei nos dois aproveitando os dias de descanso que foi obrigada a ter pelo meu médico. Não podia colocar meus pés — que literalmente era o motivo das contas estarem pagas — em risco.

 Não podia colocar meus pés — que literalmente era o motivo das contas estarem pagas — em risco

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