capítulo nove

93 9 7
                                    

Que saudade! Saudade desse calor e dessa energia brasileira

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Que saudade! Saudade desse calor e dessa energia brasileira.

Tudo o que eu mais queria era ir para uma praia e mergulhar no mar deixando todos meus problemas serem levados pela maré. No entanto, não era possível ainda mais tendo um festival para participar. Seria meu terceiro ano participando e era a melhor época do ano.

Contra gosto, obedeci James que pediu para que eu passasse longe da multidão do aeroporto. Tudo o que pude fazer foi sorrir e acenar, as vezes mandar beijos no ar e fazer corações com as mãos para as pessoas que gritavam chamando minha atenção. Tirei meus óculos pegando meu celular e tirando uma selfie com todo mundo mesmo que elas estivesse separadas de mim por um vidro.

Em poucos minutos já estava dentro do carro indo em direção ao hotel que eu sempre ficava, assim como a maioria dos cantores que iriam se apresentar durante aquelas semanas. Me despedi da banda que ficaria no mesmo andar que o meu e fui para meu quarto.

Me joguei na cama de sapato e tudo sentindo minhas costas doerem. Ninguém me avisou que tantas horas de voo iria acabar com minha coluna.

Meu irmão se jogou na outra cama, um mais cansado que o outro.

— Estou de volta brasileiras — gargalhei com sua fala.

— Acho que não terá tempo para tirar um tasquinho das morenas do Rio — disse, me levantando e indo até a sacada olhando a vista.

— Até parece que não me conhece, maninho. Eu sempre tenho um tempo para morenas — com essa fala, ele seguiu até o banheiro.

Fechei meus olhos sentindo o vento quente abraçar meu corpo. Eu amava aqui, era como se eu tivesse nascido e crescido. Foi a partir dessa nação que minha música começou a decolar de vez, eles que foram os responsáveis por outros países me conhecerem e fazerem ser o que sou hoje.

Minha mãe não era carioca, nasceu no rio grande do sul e veio para o Rio de Janeiro a procura de trabalho o que resultou no encontro com o estadunidense que com o tempo virou seu marido.

Encostei meus braços no apoio olhando para o céu azul sem nenhuma nuvem e quando eu pensei que finalmente teria bons minutos de paz meu irmão saiu do banheiro apenas de toalha me estendendo o celular. Franzi o cenho pegando-o vendo fotos minhas entrando no hotel e de Meggie fazendo o mesmo e ainda no restaurante conversando com alguém que eu sabia quem era.

"Arthur Mazza e Meggie Slow estão no mesmo hotel no Rio de Janeiro-Brasil; A modelo chegou apenas dez minutos antes que o cantor. Será que estão realmente juntos?"

— O que ela está fazendo aqui? — perguntei, dando zoom na foto do restaurante que estava meio embaçada.

— Não sei mas, pode ir perguntar. Esse post foi postado a cinco minutos atrás talvez ainda a encontre por aí.

— Não — neguei — Não tenho fotos nossas juntas, não vamos dar uma para eles.

— Tem razão — pegou o celular de minha mão e voltou para o banheiro.

Peguei meu próprio celular que estava no bolso e meu Instagram estava prestes a explodir com tantas notificações, a maioria sobre teorias sobre eu e a modelo. Admito que havia umas muito boas. E além de teorias, fotos e até edits, havia uma grande quantidade de novos seguidores... Tipo, muitos seguidores e a maioria eram já seguiam Meggie.

Peguei minha carteira e sai do quarto sem avisar Enzo e desci até o saguão. Por sorte, estava quase vazio e nenhuma fã. De longe vi que o restaurante já estava fechado e segui para a área externa, e lá estava eles.

Sem cerimônias me sentei ao lado de Louis, meu baterista sorrindo para os dois que me olharam assustados.

— E aí! — o sorriso que estava no rosto de Meggie sumiu aos poucos.

— Arthur — Louis cumprimentou-me. Eu sabia que ele não queria nada demais com ela, apenas gostava de novas amizades e era muito fiel a sua namorada que veio conosco na viagem.

Olhei para Meggie em seguida para o baterista que deu um sorriso de lado ao sair de perto de nós depois de se despedir.

Me sentei no seu lugar ficando mais perto da modelo. A mesma se inclinou pegando algumas revistas e jogando uma em mim, olhei-a com cenho franzido e ela rapidamente abriu em qualquer página na altura do rosto.

— Fala sério — bufei fazendo o mesmo que ela.

— O que está fazendo aqui? — peguntou abaixando a cabeça como se isso fosse capaz de deixá-la irreconhecível.

— Ficou sabendo das novas notícias? — perguntei, fitando a revista que falava de alguma coisa sobre signos.

— Que novas notícias?

— Pega seu celular que vai ver — rápido ela abaixou a revista e pegou o celular. E poucos segundos depois senti a "revistada" que me deu no braço — Ei!

— Sai daqui! Anda. Por que veio atrás de mim? Quer acabar com minha carreira — gargalhei, também abaixando a revista.

— Para com isso — peguei o papel de sua mão — Já viu o tanto de seguidores que ganhou também?

Abaixando a guarda, direcionou o olhar para tela verificando o que eu tinha acabado de falar.

— Isso não é nada. Desde o desfile eu venho ganhando seguidores, e não é por sua causa e sim porque as pessoas gostaram do meu trabalho — explicou.

— Não duvido disso, acredito no seu potencial mas por quê a maioria das pessoas que te seguiram já me seguiam antes? — perguntei — Pode olhar as estáticas, não estou mentindo.

— Não sei onde quer chegar com isso, Arthur. E daí que estamos ficando mais famosos? Uma hora isso tinha que acontecer, não é?

— Só acho que devíamos aproveitar a onda — levantou uma sombrancelha para mim fazendo suas maçãs do rosto se ressaltar — As pessoas gostam de fofoca, por que não damos a ela mais? Nem que seja uma foto como aquela que acabaram de tirar.

Como um chicote, Meggie se vira de costas para mim vendo uma garota que provavelmente postaria a foto somente no grupo de amigos.

— Não — levantou-se ajeitando o vestido azul em seu corpo curvilíneo.

— Meggie — resmunguei me levantando também.

— Não me siga — parei no meu lugar.

— Prometa que irá pensar.

Ela ponderou e meu sorriso cresceu só ver a confusão passar por seu rosto e virar as costas para mim. Eu ia ganhar mais fama, não importa como.

 Eu ia ganhar mais fama, não importa como

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Tudo Pela Fama. {completa}Onde histórias criam vida. Descubra agora