capítulo trinta e nove

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MEGGIE SLOW - dois meses depois.

Me olhei no espelho, ajeitando a roupa em meu corpo e em seguida meu cabelo. Antes que eu pudesse terminar a porta do camarim foi aberta e Arthur entrou segurando duas camisas.

— Vermelha ou amarela? — perguntou colocando cada uma em frente seu corpo.

— Amarela — ele jogou a vermelha sobre o sofá e vestiu a que eu disse.

O cantor veio na minha direção me afastando da frente do espelho para se olhar. Eu sabia que ele era vaidoso e nesses últimos dois meses eu descobri que era bem mais do que eu já conhecia. Sempre de pele e cabelo hidratados e seu guarda-roupa diria que era duas vezes maior que o meu.

Nesses últimos tempos aproveitamos para nos conhecer ainda mais. Claro que já sabíamos muito coisa um do outro mas nos limitavamos em falar. Agora, não colocavamos limites em nossas conversas. Falávamos sobre a infância — preferia falar só coisas boas — e raramente falávamos sobre futuro.

— Está me olhando assim por quê? — perguntou, se virando para mim.

— Acho que a vermelha ficaria melhor — fez cara de desânimo.

— Sério? — assenti, ele bufou mas foi até a camisa trocando-a.

Se virou para mim, fazendo pose. Me aproximei ajustando-a nos ombros e deixei um beijo em sua bochecha.

— Bem melhor — ele sorriu.

— Obrigado. Vou até o sonoplasta pegar os microfones — disse e saiu do camarim.

Voltei a me arrumar para o show que ele insistiu paga eu assistir. Estávamos em um festival de músicas em New York e por incrível que pareça na mesma tenda onde havia sido o desfile da marca La Belle e onde eu conheci Arthur.

Estava sentada no sofá colocando meus coturnos quando a porta foi aberta novamente, pensei que fosse Mili mas na verdade era Bonnie.

— Oi — sorri.

Eu sabia da história dela com Arthur e também sabia das intenções dele e de Enzo de a mandarem embora da banda, o que eu achava um disperdiço já que a garota tinha talento.

— Posso entrar? — assenti e ela caminhou até o sofá, ficando do meu lado — Olha eu só quero deixar uma coisa bem clara para você.

Fiquei séria.

— Eu amo a minha carreira mas que tudo. Sim, já tive um caso com Arthur e já até falei mal de você — Bonnie se remexeu —Mas quero que saiba que eu nunca vou me rebaixar ao nível de estragar o relacionamento de outra pessoa. Pode ficar tranquila em relação a isso.

— Nunca achei que você pudesse fazer algo do tipo, Bonnie.

— Não? Todos acham que eu seria capaz de ser a vilã da história — riu sem graça — Posso te pefir um favor?

— Claro, se eu puder atender.

— Quero continuar tocando, cara, eu amo essa banda. Por favor, tente convencer Artur a me deixar.

Tentei não demostrar pena, eu sabia que o cantor já planejava tirar ela da banda desde os caso deles, quando ela demonstrava ciúme. Mas, ela parecia ter mudado não é? Algo me dizia que ela não era alguém pra eu me preocupar.

— Vou convesar com ele, mas não garanto nada.

Bonnie assentiu, agradecendo saiu da sala dizendo que precisaria afinar a guitarra. A acompanhei até os fundos do palco onde a família Mazza estava toda reunida e minha mãe também. Minha mãe me abraçou de lado. Ela já estava melhor e fez uma grande amiga. Ela e Solange se aproximaram e vivem conversando através de ligações.

Todos nós fomos para uma parte reservada na área vip quando Arthur disse que começaria o show. Milene não pode vir, problemas na família, ou melhor, com o pai e Enzo estava atrás das cortinas como sempre ficava, ouvir dizer que ele já está em busca de um bom empresário para Artur já que vai assumir o comércio da família mais cedo que o esperado.

As músicas começaram e nem preciso dizer que a energia da plateia foi surreal. A todo o momento. Eles não perdiam a energia em nenhum momento, nem mesmo quando Arthur colocou o violão nas costas e olhou em minha direção dizendo:

— Fiz uma música recentemente pra alguém especial, muito especial — as pessoas gritaram e assobiaram — Na verdade, eu sempre tive um esboço da letra mas me faltava inspiração. Posso afirmar que encontrei o que faltava quando a conheci.

Mordi a bochecha. Ele não está fazendo isso, estava?

— Meggie, meu amor, pode subir aqui?

James surgiu atrás de mim, levando-me até Arthur que estendeu a mão para mim, ele olhou para minhas mãos trêmulas e me puxou para perto dele e a meio da gritaria sussurrei:

— Maluco — ele sorriu, me dando um beijo na testa.

— Pra quem não sabe, essa é Meggie Slow. A modelo mais gata que já vi e minha namorada — o céus, eu devo estar vermelha como pimentão — A gente namora a.. sete meses?

Olhou para mim, assenti. Nosso pequeno segredo.

— Minha inspiração — disse antes de entregar o violão para um organizador e pegar o microfone nas mãos.

Com um sinal, a guitarra começou a tocar. Olhei para Bonnie que sorriu e logo foi acompanha pelos outros instrumentos. A voz de Arthur chegou aos meus ouvidos:

— Sem avisar, você saiu das nuvens mostrando todo o seu brilho.
Me pegou de surpresa.
Fazendo me apaixonar sem perceber.
Minha musa, minha lua — mordi o lábio inferior, levando a mão até o colar que ainda usava.

Tudo desapareceu. Éramos somente eu e ele.

— Você é a dona de todas minhas borboletas, arrepios e desejos.
Minha musa, minha lua.
Sempre te amei e estou te falando agora.
Quero ser sol, seu céu, seu mar.

Arthur se aproximou, segurando meu rosto com apenas em uma mão. Olhando nos meus olhos, continuou:

— Lua, eu preciso de você aqui
Quero ser seu céu, seu sol e seu mar
Promete que vai ser só minha
E eu serei só seu — senti meus olhos começaram a lacrimejar.

O cantor fechou os olhos. A melodia se tornou mais calma.

— Você será o brilho da minhas trevas
Irá controlar minha maré
E eu... Vou te sustentar
E te fazer única, minha inspiração, minha musa.
Minha doce lua.

O abracei quando acabou. Voltamos ao show, palmas, gritos. Barulho. Mas a única coisa que importava era ele que me apertou forte, deixando um beijo no meu ombro.

Me afastei e ele colocou o microfone no próprio bolso. Sussurrou:

— Aceite ser minha lua, Meggie — pediu, tão doce que fez meu coração se derreter.

— Só se você for meu sol, céu mar — ele sorriu, tomando meus lábios em um beijo fazendo um explosão de barulhos acontecer.

— Vou ser seu tudo. Prometo.

Estão sentindo o cheirinho de fim de história?

Tudo Pela Fama. {completa}Onde histórias criam vida. Descubra agora