ARTHUR MAZZA
4 meses para o fim do contrato.Joguei a carta, a última, vencendo o jogo.
Sorri convencido, encostando minhas costas no sofá, olhando a mesinha cheia de cartas. Passei a mão por meus cabelos antes de levantar os olhos para Meggie que olhava para as cartas de boca aberta.
- Você está roubando! - acusou-me colocando suas cartas sobre a mesa, levantando seus olhos azuis para mim.
- Não, não estou - menti, na verdade havia umas cinco cartas debaixo de mim - Você não sabe jogar.
A modelo encheu a boca de ar, claramente chateada. Meggie se levantou ajeitando a regata azul claro e o short branco. Caminhou até a poltrona se sentando e encarando o violão que estava do seu lado.
Com o olhar curioso, se virou para mim novamente.
- Como começou a cantar? - passei a mão por minha nuca, olhando o instrumento.
- Uma amiga me incentivou - contei - Quase me obrigou, na verdade.
Ela sorriu, doce. Meggie estava sem maquiagem mostrando suas pintinhas que tinha por todo o rosto, quase invisíveis.
- Imagino que seja uma pessoa muito boa - comentou, não quis responder - Posso?
Assenti quando dela apontou para o violão. A loira de levantou e pegou o instrumento voltando a se sentar com ele. Me remexi, ansioso pelo o que estava a vir. Ela sorriu para mim, ao posicionar os dedos e começar a tocar uma música que eu conhecia, era wherever you will go - The Calling.
- Ultimamente, venho me perguntado
Quem estará lá para ocupar meu lugar?
Quando eu me for, você precisará de amor - estreitei os lábios.E eu jurando que ela iria cantar como uma sereia.
Mas não atrapalhei, deixei-a cantar por mais que fosse a pior coisa que eu já tivesse ouvido. Porém, os sorrisos que ela dava era uma das coisas mais belas que eu já tinha visto. Como isso era possível?
Quando ela finalmente parou de cantar, me olhou com um sorriso que eu retribui carinhoso. A modelo guardou o violão e se sentou animada novamente. Seria muita maldade dizer que ela era péssima cantando?
Nossos sorrisos sumiram quando ouvirmos a voz de Enzo, vindo do corredor. Arregalando os olhos, Meggie se levantou de desesperando.
- Ele não ia chegar em duas horas? - sussurrou, olhando de um lado para o outro.
Enzo não podia a ver aqui!
Me levantei e consequentemente as cartas foram reveladas. Meggie abriu a boca perplexa, apontando para elas e depois para mim.
- Seu... - corri até ela colocando o dedo em seus lábios.
- Shhi, depois você me xinga - a puxei para o armário que ficava entre as camas e abri para ela.
- Não vou entrar aí - a porta fez barulho - Ok, me ajuda.
Ela se sentou e eu ajudei levando suas pernas para dentro do armário de madeira cheio de toalhas e lençóis. Lancei um último olhar antes de fechar a porta quando a do quarto foi aberta. Me encostei na madeira olhando o meu irmão.
Enzo me olhou com o cenho franzido, tentando disfarçar me joguei na cama.
- Que cara de espanto é essa?
- Nada, não é nada - dei de ombros - O que faz aqui? Não era pra estar em uma reunião?
- Esqueci um documento, coloquei-o dentro da gaveta do armário - meu coração errou uma batida quando ele colocou a pasta em cima da poltrona e começou a caminhar em direção onde Meggie estava.
Segurei a respiração vendo-o se baixar até última gaveta pegando o tal documento. Ok, estava tudo bem.
Enzo se levantou e apontou para a porta e riu.
- Já viu o que tem aqui? - pisquei um par de vezes, olhei para a garrafinha de lado que estava do meu lado - Uma funcionária é sua fã e deixou umas coisas aqui. Fui pegar uma toalha hoje cedo e ela tinha sua cara estampada.
Enzo pegou no puxador também de madeira. Me perdoe, irmão.
Levei a água até boca, colocando uma quantidade exagerada e forçando uma risada fazendo todo o líquido voar na camisa branca dele, por sorte não pegou no documento.
- Ficou doido, Arthur?
- Me desculpe - ri - Onde já se viu? Uma toalha com minha cara?
Meu irmão trincou a mandíbula, soltando o documento e segundo até o banheiro onde trocou de roupa e voltou até o quarto, ainda com o olhar de canrracudo. Um último olhar foi me lançado antes dele sair me xingando baixo.
Eu pagaria caro por isso.
Esperei alguns minutos antes de ir até o armário, liberar Meggie. Abri a porta e vi a tal segurando a toalha com minha cara, como Enzo havia dito.
A mesma cobria a boca com o pano - que ainda não acreditava ter meu rosto nele - ela nem se mexeu quando a tirei de dentro do armário, como se estivesse em choque. Preocupado, sentei-a na cama.
- Meggie - chamei - Está tudo bem?
Devagar, ela moveu os olhos até mim tirando a toalha do rosto que provavelmente usou para não fazer barulho. Um sorriso começou a surgir em seus lábios.
- Isso foi a coisa mais legal e insana que já vivi - disse, pausadamente - Me senti uma criminosa.
Franzi o cenho.
- Foi por pouco - disse, baixo - Foi perigoso.
Me aproximei mais dela, parando a sua frente.
- Tem certeza que está bem? Acho que a adrenalina te faz mal - ela me acertou com a toalha, fazendo-me rir.
- Posso ficar com ela? - apontou para a toalha - Tinha quantos anos? Uns 20?
Peguei da mão dela, olhando melhor aquela imagem. A foto do meu primeiro álbum que eu jurava que estava maravilhoso usando roupas pretas com uma jaqueta colorida e topete. Como meus pais deixaram eu fazer isso?
- Você fica fofo com topete, vai - a modelo comentou e eu coloquei a toalha atrás de mim - Prometo que não mostro para ninguém.
Neguei, dando passos para trás até alcançar a outra cama que ficava do outro lado do armário.
Ela se levantou e literalmente desfilou até mim.
Me sentei na cama, sem lugar para ir ou talvez porque eu não consegui tirar os olhos da mulher a minha frente.
Surpreendendo-me, quando chegou até mim se inclinou quase me beijando; apenas passando bem perto, um leve roçar de lábios que me permitiu sentir o seu cheiro. Jogando totalmente baixo, beijou minha orelha descobrindo o ponto que me desmontava.
Aproveitando isso a seu favor, pegou a toalha da minha mão e saiu correndo até a porta dando um tchauzinho com a mão antes de sair do quarto.
Ela ia me pagar!
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Tudo Pela Fama. {completa}
RomanceO quão longe você iria por causa de fama? Meggie e Arthur, dois astros no mundo da influência e totalmente diferentes se vêem no meio da maior fofoca do momento. Os dois, que são seriamente obcecados pelo trabalho se dão conta de que a história in...