Olhei uma última vez para trás, vendo Meggie voltar para o elevador. Suspirei, passando a mão no cabelo.
Ela estava certa, droga!
Não era segredo pra ninguém que eu gostava de uma farra, gostava de estar sempre acompanhado e que aproveita muitas situações ao meu favor. Relacionamentos por contrato era uma delas. Mas eu nunca tinha assinado um contrato que não permitia que isso acontecesse. Eu admito e reconheço que sou uma pessoa "carente", não gosto de estar sozinho por isso o histórico horrível com inúmeras ex-namoradas.
E a lista iria aumentar daqui alguns meses.
Mesmo assinando o contrato com Meggie eu sempre manti o pensamento de estar com ela, pelo menos durante um tempo, sem sentimento. Assim como foi com as outras.
No entanto, eu nunca havia sentindo aquilo só com um beijo.
Talvez fossem as emoções a flor da pele, a raiva de alguém que eu ainda não conhecia. Era uma reação normal de qualquer pessoa com cérebro, a garota foi tocada — não sabia até onde — mas isso já bastava para a raiva me consumir e meu instinto protetor aparecer.
Anne sempre reclamava desse meu lado, dizia que ela dava conta de se defender. Eu sabia que dava, sabia que ela era capaz. Mas, eu gostava do sentimento que de apossava de mim quando eu conseguia afasta-la de algo que a fatia mais e amava ver seu sorriso de agradecimento.
Na dia seguinte, fomos para o Studio em horários diferentes mas isso não impediu que eu sentisse uma fincada no peito quando vi-a passar pela porta indo para o camarim.
Não falei com ela até o fim do dia, ignorei qualquer assunto que não fosse o clipe. Eu não conseguia parar de pensar no beijo e no quanto eu queria outro mas, meu interior dizia que foi erro aquilo ter acontecido e que nunca deve se repetir. No entanto, meu outro lado, aquele que estava a muito tempo escondido só queria ficar perto, ser amigo e aproveitar sua companhia.
E claro, que não podia faltar meu lado inseguro. As perguntas que rodava minha cabeça era se ela sentiu tudo aquilo que eu também senti, o formigamento, a sensação de arrepio e se ela tinha gostado tanto quanto eu. Apesar de pedir para que eu esquecesse — coisa que não ia fazer — eu sentia que ela tinha sentindo as mesmas coisas que eu.
Eu só queria uma companhia, uma amiga com algo a mais. Mas, eu acho que poderia conceder seu pedido e esquecer.
— Perdido em pensamentos, menino? — olhei para James, fazendo-me perceber que eu estava parado em frente a porta depois de chegar das filmagens.
— É.. estou — suspirei, encostando-me na parede ao lado — O que acha de Meggie, James? — perguntei, já que ele sempre me dava bons conselhos.
— Ela é uma boa menina — disse, por fim sorrindo.
— É, ela é — contive um sorriso.
— Por que não investe? Mentiras podem se tornar verdade — revirei os olhos com tanto clichê.
— Estamos lidando com sentimentos, James. Acho que não é tão fácil assim — me encostei na porta, respirando fundo.
— Acho que você está com medo — olhei pra ele, levantando uma sobrancelha.
— De que?
— Bem, de várias coisas. Medo, insegurança, achar que não é bom o suficiente para ela... Ainda ama outra pessoa.
Fiquei alguns segundos em silêncio, perdidos em meus próprios pensamentos.
— Anne — sorri.
— Já faz anos, Arthur
— Mas ainda dói e eu acho que... Não conseguiria amar outra pessoa como amei-a — admiti, pela primeira vez em voz alta.
— E vai deixar doer pra sempre? Deixa o passado virar apenas uma lembrança, você a amou mas ela se foi — colocou a mão no meu ombro — Tenho certeza que ela ficaria feliz vendo você cumprir a promessa.
— Promessa — ri sem ânimo — Aquilo foi uma baboseira. Esse negócio de encontrar alguém tão especial que iluminará minha vida como a lua faz com as noites... Ela tinha que ser minha lua — falei, com a mente vagando no dia de sua morte.
— Mas não foi, ela é a estrela que sempre brilhará mais em sua vida. No entanto, você sabe que tem alguém que te iluminará por completo. Assim como a lua — riu, mostrando todos os dentes brancos.
— Mas eu e Meggie estamos juntos apenas por... Dinheiro, fama — dei de ombros — Talvez ela goste de outra pessoa ou não quer saber de nada além do nosso propósito do contrato.
— Por que não pergunta a ela? — levantei meu rosto para ele que apontou em direção ao elevador.
Os olhos de verão se encontraram com os meus e eu fiz de tudo para ignorar a batida fora de compasso do meu coração. Qual é, foi um beijo de nada!
Eu não ia me apaixonar por ela, não ia deixar esse sentimento me tomar e ter meu coração aos pedaços novamente. Por pura covardia, medo de aceitar o que estava se formando dentro de mim eu recuei. Como uma criança assustada.
A última coisa que vi antes de entrar foi seu sorriso para mim. Me deitei na cama, agradecendo pelo quarto estar vazio. Virei minha cabeça para a janela, olhando as estrelas e em meu secreto pedi ajuda a elas.
Era óbvio minha atração por Meggie mas eu sabia que não era paixão. É como todas as outras, avisou meu subconsciente.
Mas merda! Eu queria muito provar de seus lábios novamente mesmo sabendo de tudo que estava em jogo... A fama, a grana, os fãs. Eu geralmente tinha tudo o que eu queria, não era atoa que eu tinha a fama de persistente.
Uma ideia surgiu em minha mente... Talvez desse certo, e eu conseguiria as duas coisas. Fama e Meggie durante cinco meses.
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Tudo Pela Fama. {completa}
Любовные романыO quão longe você iria por causa de fama? Meggie e Arthur, dois astros no mundo da influência e totalmente diferentes se vêem no meio da maior fofoca do momento. Os dois, que são seriamente obcecados pelo trabalho se dão conta de que a história in...