capítulo oito

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— Meg, o cantor está te olhando — Mili me avisou tomando um gole de sua água

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— Meg, o cantor está te olhando — Mili me avisou tomando um gole de sua água.

— Hum — respondi, levando o suco até a boca dando um gole considerável.

— Agora, ele está vindo — disse com naturalidade.

Olhei por cima do ombro vendo ele caminhar em minha direção junto com seu irmão e empresário Enzo. Voltei meu olhar para frente novamente vendo o lugar repleto de câmeras e pessoas famintas por uma boa notícia.

Aos poucos, fui sentindo sua presença atrás de mim. Segurei a respiração não deixando que a sensação de anos atrás me invadisse, sua voz chegou aos meus ouvidos fazendo-me soltar a respiração de uma vez tomando uma pose mais amigável.

— Meggie — disse, baixo ficando ao meu lado sem me olhar — Acabei de ser entrevistado e uma das perguntas foram sobre você. Quem diria que depois de uma semana ainda estaríamos em alta nos assuntos mais falados na internet.

— Espero que tenha negado qualquer boato.

— É óbvio —estalou a língua levando sua bebida até a boca — Só quero que saiba que em qualquer circunstância somos bons amigos e nada mais disso.

— Não somos bons amigos.

— É, eu sei. Finja que somos — olhei para ele.

— É, acho que posso tentar — sorri sem mostrar os dentes.

— Ótimo — disse, colocando o copo em cima da mesa que estava de seu lado.

— Ótimo — fiz o mesmo com meu copo.

Mantemos nosso olhar fixo um no outro como se saísse faisca de nós dois pelas nossas cabeças. Revirei os olhos quando seu olhar desceu, parando na minha boca coberta pelo batom vermelho. Meu olhar também focou em seus lábios quando o mesmo umideceu-os.

— Não vão convencer os abustres que a notícia do relacionamento é falsa se comendo com o olhar — Enzo disse fazendo nós dois dar dois passos para trás.

Milene fez uma careta para o homem alto e forte ao seu lado. Analisou ele por alguns segundos parando o olho na gravata torta, sua mão se fechou em punho e seus olhos me caçaram em puro desespero.

Milene sofre de Transtorno obsessivo-compulsivo e mesmo fazendo o devido tratamento sua obsessão por organização não diminui apesar de já ter controle.

Me afastei de Arthur e peguei a mão da minha amiga, antes de sair dali ela se virou para Enzo quase se coçando para ir lá arrumar ela mesma.

— Ei, sua gravata — apontou chamando atenção de Enzo — Está torta. Muito torta. Arrume, por favor.

— Ah, tá bom. Obrigada — sorriu e se retirou junto com o irmão.

— Está tudo bem? — perguntei.

— Sim, você viu? Eu não meti a mão na gravata dele sem permissão. Consegui só avisar — sorriu contente.

Abracei-a de lado resolvendo que a festa já tinha acabado pra nós.

As horas pareciam uma eternidade naquele avião, não via a hora de pousar e finalmente ir para o hotel me preparar para as fotos da marca que me contratara. Seriam duas semanas de puro trabalho, fotos, vídeos e publicações inteiramente focadas pra Areia&Mar — ainda não dava conta de pronunciar o nome da marca perfeitamente.

Agradeci mentalmente quando o avião pousou no Rio de Janeiro, foi questão de minutos para eu tirar o moletom , sentindo o calor entrar em contato com minha pele. Uau! Não estavam brincando quando me avisaram aqui era quente.

O aeroporto estava lotado e segundo Milene era porque nessas semanas haveria um festival de músicas que pessoas do país inteiro viam apenas para ver seus ídolos e aproveitar a festa. "Festa" também me disseram que esse povo ama uma muvuca com música, não preciso ver uma pra saber que era verdade; só de ver as camisas com o rosto das bandas e cantores estampadas nas camisas de adolescentes e adultos já comprovavam esse fato.

Tirei meus óculos escuros encarando uma garota vestindo uma camisa com o rosto do... Arthur? Não tinha certeza e antes que eu pudesse conferir Milene me puxou fazendo-me andar até um carro que a marca proporcionou para mim.

Em vinte minutos cheguei ao hotel que ficaria, era lindo. Segundo o motorista, que se chamava Miguel o lugar se chamava Belmond Copacabana Palace e estaria lotado de gringos como eu. Em poucos minutos eu já sabia o nome de seus filhos e que era divorciado a três anos e que o filho mais velho — João Victor — tinha passado na faculdade de medicina mas, em compensação seu mais novo — Davi — não queria nada com nada da vida.

— Amei ele! — exclamei, ao sair do carro indo para o saguão.

— Gosta de falar, não é? — Milene comentou em meio ao riso — Gente boa.

— Qual nossa rotina? — perguntei, entregando minha identidades e de Mili para a balconista que logo as devolveu entregando-me as duas chaves.

— Teremos o dia de hoje como descanso. A primeira reunião será amanhã pela manhã — assenti recebendo ajuda para levar as malas.

Agradeci dando uma gorjeta para o homem depois de agradece-lo. Me despedi de Mili que ficaria ao quarto do lado e entrei no meu correndo para abrir as portas que davam acesso á sacada. Suspirei vendio a vista maravilhosa, bem na minha frente a praia de águas azuis faziam um constraste mais que perfeito com o céu azul das sete da manhã. Isso que era paraíso!

Me enfiei debaixo d'água colocando uma roupa e avisando Mili que iria descer para o restaurante comer alguma coisa.

O bom de ser modelo era que, apesar de muitas pessoas serem ligadas no mundo da moda muitas não reconheciam os rostos das modelos permitindo que nós andássemos tranquilamente sendo reconhecidas raramente.

Peguei algumas comidas que eram normais para mim e me sentei em uma mesa mais afastada. Revirei os olhos vendo um celular apontado em minha direção sem discrição nenhuma. Levei um pedaço de bolo até a boca sentindo-o derreter.

— Oi! — levantei meu olhar para o loiro todo tatuado que segurava seu prato de comida — Posso me sentar com você?

Assenti alegre por ter achado alguém que falava minha língua.

— Meggie Slow, não é? A modelo? — perguntou se sentando ao meu lado levando uma fruta até a boca — Eu estava no seu último desfile.

— Sério? — sorriu de canto concordando — Como se chama?

— Louis — estendeu a mão pegando-a minha.

Louis se mostrou ser um cara legal, conversamos e comemos durante bom um tempo sobre assuntos banais. Percebendo que o salão do restaurante estava se esvaziando nos levantamos indo para a área externa do hotel, onde tinha alguns sofás e com a vista para o mar.

 Percebendo que o salão do restaurante estava se esvaziando nos levantamos indo para a área externa do hotel, onde tinha alguns sofás e com a vista para o mar

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