capítulo três

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Voltei com um mísero salgado frito que não mataria minha fome graças a menina bonita que levou minha salada sem trabalho algum

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Voltei com um mísero salgado frito que não mataria minha fome graças a menina bonita que levou minha salada sem trabalho algum. É claro que eu não ia arrumar briga por causa de uma salada mas, eu tinha chegado primeiro e todo mundo viu.

Eu sabia que esses eventos forneciam comida mas, eu simplesmente odiava! Era rançosa, gordurosa e as vezes nem gosto tinha. Eu sempre tinha que dar um jeito de comprar algo ou comer antes de ir, o que era raro de acontecer.

Bati de leve no ombro de James antes de entrar no camarim que tinha meu nome, ainda ficava meio bobo com esses detalhes de plaquinhas e nomes.

Enzo, ao contrário de mim amava essas comidas e aproveitava o banquete como estava fazendo naquele exato momento. Fiz careta e me sentei na cadeira de maquiagem pegando meu celular, apontei para o espelho capturando o momento em uma foto e postando-a nos stories do Instagram. Logo comecei a receber várias notificações, mensagens respondendo a foto e repostagens da mesma.

Enquanto saboreava meu pastel frito, fechei meus olhos girando a cadeira de um lado para o outro em um ritmo de uma música que minha mãe costumava cantar para mim. Era uma música brasileira, já que Solange — minha mãe — era do Brasil. Ela conheceu meu pai em um evento de marketing, e aí já viram, conversa vai, conversa vem até que os dois resolveram juntar as tralhas e irem morar juntos. Meu pai, Brandon nasceu em berço de ouro. Herdeiro de um grande studio de música "V&N music" inicias dos meus avós, criadores de todo o império.

Apesar de ter nascido e crescido nos Estados Unidos, meus pais fizeram questão de eu e meu irmão sabermos a língua de minha mãe desde de pequenos, além de sempre irmos nas férias ao país de sua nascença, o que nos alegrava muito.

A empresa será passada para Enzo quando meus pais partirem dessa para melhor — coisa que quero que demore — porém, por enquanto ele assumiu a posse de meu empresário e aproveita para viajar ao meu lado por diversos países e claro, deixar corações partidos por onde passa.

As batidas na porta me fizeram-me voltar a realidade. Um homem jovem adentrou na sala com um sorriso gigante e eu logo sorri reconhecendo-o de outros trabalhos.

— Kyle! — saldei, levantando-me e abraçando-o.

— Olha só se não é meu cantor preferido — disse, claramente inflando meu ego — Ainda não é sua vez de ser maquiado e nem de vestir o terno magnífico que separei, só vim te avisar que estão te chamando lá na sonoplastia. Só queria te dar um oi!

— Obrigada, já estou indo — ele assentiu e saiu pela porta voltando de onde viera.

Me virei para Enzo que ainda continuava comendo inerte a tudo o que estava acontecendo, revirei os  olhos e sai da sala dispensando a companhia de James.

Bem no fundo, depois do fim das cadeiras almofadadas estava a salinha que controlava o som e as luzes. Bati na porta antes de entrar; Conheci Jerry e Alan que cuidavam de tudo. Os mesmos me explicaram tudo o que iria acontecer e me entregaram o retorno sem fio colocando-o na minha cintura.

— As modelos farão um último ensaio, seria interessante se ficasse para assistir e ver como elas de comportam na passarela para não ficar tão perdido na hora — sugeriu Alan, aceitei e me sentei na cadeira de plástico branco.

Logo, a música que eu iria cantar começou a tocar. Era uma letra que fiz na minha primeira turnê, uma vibe bem Firework da Katy Perry. Falava sobre a vida e suas dificuldade mas, na segunda parte falava sobre as vitórias e alegria que você poderia viver. Um DJ participou da gravação e com aquele toque junto com as luzes perfeitas, dava vontade de sair pulando enquanto cantava.

E não era porque era minha música não, e sim porque foi assim que a imaginei. A escrevi logo após meu sonho ser realizado, queria transmitir alegria ao cantar.

— Você vai ouvir no ponto quando cada uma entrar, para não correr o riso de ser pisoteado ou algo assim ,— assenti rindo.

Olhei para a passarela, o local estava enfeitado com o tema jardim floral. Várias imagens de  flores espalhadas e as luzes com cores típicas iluminavam uma espécie de pergolado flutuante com as mais variadas espécies das plantas.

A primeira modelo entrou, fazendo poses e caroes de dar inveja. A segunda veio, seguida da terceira, quarta, quinta.. e quando veio a sexta eu a reconheci. Era a garota da salada de frutas.

A maioria das meninas, eu conhecia de algumas festas ou até mesmo shows mas aquela eu nunca tinha visto até uma hora antes.

Assim como as outras, ela desfilou com perfeição com um negócio estranho nas costas que fazia parte do figurino. Por céus! Que coisa estranha, parecia até uma rede de pescas flutuante e muito colorida.

Reprimi o riso e a observei voltar, no entanto, ela cambaleou fazendo uma careta de dor e sendo ajudada por outras modelos que estavam perto. Os rapazes que estavam do meu lado também perceberam, desligaram o som e voltaram as luzes ao normal. Jerry, com a ajuda de um microfone e alto-falantes perguntou:

— Está tudo bem?

A modelo, que eu não sabia o nome tampou a boca de uma morena baixinha que estava do seu lado e levantou um braço fazendo um sinal positivo forçando um sorriso. Jerry assentiu e voltou as músicas e luzes.

Sai da sonoplastia e segui até onde as modelos se encontravam, era o caminho mais perto até meu camarim. Cumprimentei algumas garotas, e por alguns segundos meus olhos de cruzaram com a da garota que ainda se encontrava sentada só que, dessa vez com gelo em seu tornozelo.

Devia admitir que ela era muito bonita, principalmente os olhos que tinham um azul vibrante como o céu de verão do país tropical. Me perguntei se valeria a pena usar meu lado sedutor para conseguir um tempo a sós com ela mas, meu lado racional que ainda existia me fez perceber que aquele não era o momento certo. Por isso, com um último olhar lançado voltei a minha caminhada até a salinha onde Enzo se e encontrava ,— dessa vez, não estava comendo.

Me joguei ao seu lado no sofá e ficamos em silêncio. Era um tradição, precisava de pelo menos uma hora de puro silêncio antes de entrar em palco.

 Era um tradição, precisava de pelo menos uma hora de puro silêncio antes de entrar em palco

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