capítulo treze

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ARTHUR MAZZA

Fotos no mesmo lugar mas nunca juntos, vídeos que estávamos juntos "sem querer" aparecendo no fundo ou até em reflexos, stories com objetos pessoais no fundo; tudo para engajar nossa história que aos poucos estavam dando certo.

Mas, mesmo gostando de tudo o que está acontecendo, os fãs aumentando, teorias malucas que chegam a ser engraçadas e perguntas atrás de perguntas eu não consigo esquecer daquele olhar de medo que estava estampado no rosto de Meggie a dias atrás. A forma como aceitou rápido a minha proposta e  sobre suas exigências fizeram um lado meu acordar, um lado que eu nunca pensei que um dia iria transparecer novamente. Meu lado de preocupação e proteção. Todos que podiam ver, podiam perceber que ela não estava em sua melhor fase.

E cara! Eu queria saber o que se passava na sua cabeça. Meu lado curioso gritava em saber o que estava acontecendo.

— Está me julgando de novo — ela riu, pegando sua bolsa que estava sobre minha cama.

Tinha acabado de postar um vídeo falando sobre o novo clipe e por pura conhecidencia havia aparecido alguns objetos pessoas de Meg no fundo.

— Não estava te julgando, nunca fiz isso — me levantei da poltrona andando até ela, observando-a.

Meg, como ela permitiu que eu a chamasse, usava uma roupa simples, talvez, a roupa mais despojada que eu já a vi usando, apenas uma macaquinho preto de alcinhas e um chinelo de dedo. E eu juro que ela estava ainda mais linda e eu não era cego pra não perceber isso.

Não sei se sua profissão ajuda, a postura ou sei lá... Ela estava linda.

— Quer que eu te leve na agência? — perguntei encostando meu quadril na cama, longe dela já que eu percebi durante esses dias que Meggie gosta de ter deu próprio espaço.

— Hoje é seu show, não quero ocupar seu tempo.

— É caminho para a arena, chame Milene que eu te encontro no elevador.

Concordando, ela saiu do quarto e eu aproveitei para pegar meu violão, roupa e avisar o pessoal da banda que era pra estar na arena em meia hora para a passagem de som.

Não demorei para encontrar Meggie e Milene me esperando no elevador. Nos três fomos para o estacionamento onde James me esperava. Eu odiava dirigir então, meu segurança sempre m quebrava esse galho para mim.

Entramos no carro, Milene na frente e eu junto com a modelo atrás.

Enzo já estava lá, resolvendo algumas burocracias e essas coisas de empresário.

Passei o caminho em silêncio apenas ouvindo a conversa dos três, que após as duas garotas descobrirem que James sempre me conheceu e amava fofocar sobre algumas coisas da minha infância se tornaram grandes amigos. Porém, nunca vou esquecer do espanto de Meggie ao ver meu segurança na primeira vez. Foi hilário!

— Te vejo mais tarde? — perguntei, quando o carro parou em frente ao local que Meg iria fazer as fotos para a revista.

Ela me olhou com seus olhos de verão e pareceu ponderar.

— É claro! No show, vou estar lá — sorriu antes de sair do carro com Mili, me despedi uma última vez e olhei para frente vendo o sorriso de James.

— Para de sorrir, menino — fechei a cara para James.

— Vamos logo — cruzei os braços e ele gargalhou dando partida.

— Grande Arthur Mazza — meu contrante veio em minha direção — Sua banda já está em palco, arrumando as coisas pra passar o som.

— Obrigado — sorri — Quanta gente lá fora, não é?

— Você viu? Está dando voltas no quarteirão. Hoje a noite promete — disse, enquanto me guiava até o palco — Sua namorada modelo vem? Quer que eu reserve um lugar especial?

Olhei para ele escondendo o sorriso. Era sempre bom saber que o plano estava ocorrendo como o planejado.

— Ah! Ela não é minha namorada mas, Meggie vai vir sim — estralei os dedos um nos outros  — Separe os dois melhores lugares, bem perto do palco.

— Você que manda!

Ele saiu de perto de mim e eu segui sozinho para onde o resto da banda de encontrava. Louis, o baterista; Gil, o baixista; Bonnie, a guitarrista e Josh que tocava teclado e tinha uma mini mesa de som ao deu lado.

Me aproximei deles cumprimentando um por um. Eu tinha um carinho enorme por eles e conhecia cada um como se fossem minha família, sabia histórias e parentes.

— Onde estava, maninho? — Enzo apareceu nas cortinas com sua camisa polo e calça preta.

— Fui levar as garotas até a agência — revirei os olhos com seu sorriso sacana — Vamos começar!

— Quer dizer que está querendo sugar a fama de outra pessoa, Arthur? — me virei para Bonnie levantando as sobrancelhas.

— Não, Bonnie. Nunca suguei a fama de ninguém, até parece que faria isso — ela riu — E não se mete na minha vida amorosa, pode deixar que eu cuido dela sozinho.

Bonnie e eu já tivemos um caso, um mês no máximo. Pulei fora quando sua crise de ciúme estava começando a sair fora do controle, até das minhas fãs ela tinha ciúme. Ela continuou na banda pois, apesar de tudo a melhor era um arraso e fazia um dos melhores sons que eu já ouvi na guitarra.

Meu irmão diz que ela é um perigo e eu sei disso. Já procurei outro guitarrista mas, até agora só falhei. O que me deixa seguro é o contrato que temos entre nós, assegurando que não vamos vazar informações de ninguém e se causo isso acontecer irá sofrer consequências.

Não que eu desconfie de alguém, porém, eu gostava de estar sempre previnido.

— Ok, chefe — ironizou indo para seu devido lugar.

Enzo se aproximou parando na minha frente enquanto eu afinava o violão.

— Se até o fim do acordo com Meggie, você não se livrar dela eu mesmo me livro — sussurrou — Garota chata!

— Relaxa, Enzo — pedi — Vou dar uma jeito.

— Ok — bufou — Meggie e Milene vão vir?

Assenti e ele sorriu de lado. Enzo havia me contado sobre Milene, e não, ele não havia se apaixonado apenas achou-a "gata". Eu odiava esse jeito dele e por mais que falasse minha opinião sobre seu comportamento, sempre entrava por um ouvido e saia de outro. Ele infelizmente era um caso perdido.

Meu irmão foi para os bastidores depois de me dar algumas informações sobre o show.

Olhei para frente vendo o lugar sabendo que em poucas horas estaria lotada de gente se divertindo.

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