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Mães e crianças miúdas acenaram, nas margens de Loch Duich, para Morrighan quando ela se aproximou da entrada da vila movimentada, homens e mulheres para lá e para cá, gritando ordens, cheiro de fumaça cinza que espiralava das chaminés dos telhados de palha.

Ela meneou a cabeça com um sorriso, a cabeça latejando de um lado como se em resposta do esforço ao lutar com os bestiais.

Morrighan engoliu em seco. Quando atravessara a ponte de pedra, deixando para trás a fortaleza de ônix, esperava que os monstros que havia abatido junto aos seus homens estariam ainda lá – contudo, ela recebeu blocos de metal entalhado com símbolos e figuras, da linguagem das bestas. Pegaria o lobo-negro maior que havia matado para levar ao rosto faminto para aliviar a dúvida que crescia como ervas daninhas numa terra mal cuidada.

Morrighan desceu de Nimue, guiando a égua por entre os homens e mulheres que a cumprimentavam. Não havia nenhum sinal de seus homens rondando entre os caldeirões das velhas que preparavam um guisado de coelho quando eles voltavam das batalhas. Seus olhos decaíram à casa mais extensa no fim da vila, uma janela aberta, e ela viu movimentação ali.

Morrighan emitiu um tsc, conduzindo Nimue ao estábulo, preparando aveia quente, afagando sua crina sedosa e lhe deu um beijo na testa, deixando-a se alimentar. Saiu do estabulo, rumando para casa, respirando fundo. Seus homens estariam lá dentro debatendo sobre alguma coisa – era sempre assim quando algo acontecia, reunindo-se com Cailean e Naomhán, e ninguém menos que Lorde Conall para ficar informado antes que a própria Morrighan. Era uma brincadeira há muito antiga entre os dois, saber as notícias primeiro.

Porém, as notícias se transformaram demais para que brincassem como uma filha de dez anos e um pai sem papas na língua mesmo diante de sua mulher.

O estomago de Morrighan queimou; ela precisava comer nem que fosse uma costela de coelho.

Ela empurrou a porta de madeira pesada da casa, a lufada quente da lareira afugentando o frio de seu rosto, sendo recebida por olhares apreensivo de seus homens, aflitos de Naomhán e impassíveis de Conall.

— Outra reunião de família? – ela fechou a porta atrás de si.

— A rainha enviou um pedido para que fosse bisbilhotar aquela fortaleza, Morrighan? – bradou seu pai, as sobrancelhas franzidas, a barba comprida loira desbotada. – Você não tem mais quinze anos, mo nighean-

— A próxima excursão para Kyle of Lochalsh seria daqui quinze dias – Morrighan franziu o cenho, cruzando os braços, os olhos correndo pelos homens. – A preocupação aqui não parece ser esta.

— O clã MacLean nos enviou uma mensagem – disse Naomhán, os cabelos loiros amarrados molhados pela bruma. – O levante de Knox está se movendo para Skye.

Their war, our curse - FBTG Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora